domingo, 12 de junho de 2016

Grave Doubts & Heaven Sent

Como tenho uma edição que contém os livros 5 e 6 da série The Mediator da Meg Cabot decidi opinar os dois ao mesmo tempo. Até porque os li quase de seguida. E fica o aviso que uma das opiniões será maioritariamente má.

"Grave Doubts / Haunted (The Mediator 5)", de Meg Cabot
Esta foi a minha segunda leitura deste livro este ano, isto porque a primeira foi em versão audiolivro editada, ou seja, era uma leitura da história só com as cenas mais fulcrais, deixando de lado grande parte do livro. Como só me apercebi disto no final decidi ler depois a versão em papel, visto que a tinha em casa.
Não passou assim tanto tempo desde que eu li o quarto livro da série mas neste quinto pareceu-me que a Suze regrediu como personagem e tornou-se mais adolescente, não tanto de 16 anos com a experiência que ela adquiriu, mas mais a Suze do primeiro livro: liderada por hormonas, algo irracional e pouco prática. Este comportamento afastou-me um pouco, mas por outro lado divertiu-me. Algumas  das alhadas em que ela se meteu porque era teimosa  foram divertidas: como quando ficou com os pés assados porque usou sapatos novos e depois decidiu ir para casa a pé.
Por outro lado a sua crescente atracção pelo Paul, embora justificável no sentido em que ela é uma adolescente e o Jesse a tem andado a ignorar, realmente não soou totalmente plausível. Quanto mais não seja pelo facto de o Paul, até aqui, não ter nada senão atrapalhar a vida da Suze e das pessoas com quem ela se preocupa. Por isso, não, eu não fiquei convencida pelas várias cenas entre a Suze  e o Paul.
Gostei do mistério por detrás do poder dos mediadores e de o facto de Paul ser manipulador a ponto de conseguir enganar a Suze. A adição do avô do Paul na história também foi uma boa jogada.
No entanto senti a falta do Jesse na maioria do livro, Ele esteve muito ausente, apenas tendo mais peso no final do livro.
Também achei que tudo aconteceu demasiado depressa, sendo que apenas uns dias passam entre o início e o fim deste livro. Acho que a trama teria ganho algo em dar mais espaço de tempo entre os acontecimento.
Por outro lado a única história de fantasmas neste livro foi posta muito de parte e achei que tinha potencial para ser algo mais do que realmente foi. Qual era a probabilidade de o fantasma só fazer mal ao irmão quando estava junto da Suze. Muito conveniente!

Em suma, este não foi o meu livro favorito da série mas teve alguns momentos bons. O Paul, em especial, foi uma personagem que me impressionou.

"Heaven Sent / Twilight (The Mediator 6)", de Meg Cabot
Para dizer a verdade eu nem sei bem por onde começar.
Estava tão ansiosa por terminar uma série que eu gostava tanto de ler que, quando chegou o desfecho, eu não compreendi como foi possível falhar de forma tão grande.
Se bem que, bem vistas as coisa, o quinto livro já indicava que as coisas iam descarrilar.

E antes que os fãs da série me digam que eu estou a ser cruel, a verdade é que eu não consegui digerir o poder que é revelado que os mediadores têm neste livro. Não faz sentido absolutamente nenhum! E o facto de, ao contrário do que foi dito à Suze e ao Paul, o uso de tal dom nem sequer lhes ter causado nenhuma sequela (mesmo quando eles o usaram durante quase dois dias seguidos) realmente tornou tudo ainda menos credível. mesmo tendo em conta que se trata de uma ficção tão aberta a novidades. Há limites!

Especialmente quando se percebe que esta artimanha apenas foi criada com um propósito:  arranjar uma maneira destrambelhada de a Suze poder ficar com o Jesse. Isto foi ainda pior que a maneira que a J.R. Ward inventou para a Jane e o Vishous ficarem juntos (em Na Sombra do Sonho).

Mais uma vez o Paul foi a estrela aqui. A única personagem consistente ... até ao fim onde a consistência se perde para o redimir.

Por outro lado a trama neste livro é super-previsível. Meu Deus! Foi mesmo muito mau. Nenhum dos livros anteriores era assim tão óbvio. Não que os mistérios fossem muito grandes mas pelo menos havia sempre alguma expectativa. Aqui? Nada! E, pior que isso, é que a Suze está completamente fora de sintonia e não percebe as coisas mais óbvias. Regressão total da personagem.

Para dizer a verdade, as únicas duas coisas que eu gostei neste livro foram: A relação da Suze com o pai, especialmente aquele final; e, claro, o facto de a Suze ter ficado com o Jessse, embora a forma como tal aconteceu tenha sido ridícula, o romance foi fofo.

Em suma, não achei que este fosse um final merecedor para uma série tão divertida. O poder dos Shifters caiu do nada e foi uma artimanha muito pouco convincente. Não gostei!

Nota: Entretanto saíram mais duas instâncias da série Mediator, uma noveleta (Proposal) e um romance (Remembrance)

Sem comentários:

Enviar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails