quinta-feira, 22 de maio de 2014

The Death Cure

"The Death Cure (The Maze Runner 3), de James Dashner (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (Brasil):
Por trás de uma possibilidade de cura para o Fulgor, Thomas irá descobrir um plano maior, elaborado pelo CRUEL, que poderá trazer consequências desastrosas para a humanidade. Ele decide, então, entregar-se ao Experimento final. A organização garante que não há mais nada para esconder. Mas será possível acreditar no CRUEL? Talvez a verdade seja ainda mais terrível... uma solução mortal, sem retorno.

Opinião (audiolivro):
Este é o terceiro e último livro da série The Maze Runner (opinião do primeiro e segundo) e eu estava ansiosa por descobrir o desfecho.

O conceito desta série é bastante bom e tinha 'pano para mangas', no entanto, e para meu grande desagrado, demasiadas respostas ficaram por responder. Isto porque o protagonista nunca chegou a recuperar a memória, o que debilitou a informação a que o leitor tinha acesso. Isto, para mim, foi um dos grandes fracassos do livro. Caros autores, se levantam as questões, por favor certifiquem-se que vão respondê-las.

Neste livro os Gladers conseguem escapar das instalações da WICKED, e de forma muito fácil por sinal. Como é que ninguém suspeitou disso. Hem, Thomas? O Jorge aconteceu de estar lá e de saber pilotar, e de ter documentos falsos e ... preciso continuar? Enfim, é caso para dizer que o autor não foi muito bem sucedido nas suas escolhas, ou pelo menos a camuflá-las. Enquanto o Thomas ignorava os sinais, eu, enquanto leitora, só pensava "onde está o Thomas do livro 1?". Aquele que questiona tudo, que consegue descortinar o que é suspeito e confiar em quem na verdade o vai ajudar, em vez do contrário.
Mas depois de escaparem vão para uma cidade, supostamente normal, onde a doença foi contida e as pessoas vivem normalmente. Isto é sol de pouca dura! Dois ou três dias depois vai tudo pelo cano abaixo. Assim sem mais nem menos. As pessoas desaparecem, os infectados tomam conta da cidade e isto nunca é verdadeiramente explicado. Parece que a barragem rebentou e ninguém deu por nada.
E já repararam que não páro de me queixar? Isto é porque fiquei mesmo decepcionada com o livro mas ... Aha! Há um mas ... eu gostei do final. A sério que gostei! Foi exactamente o tipo de final que, segundo o desenrolar do livro, eu achei que fosse mais apropriado. Era a única solução, a única 'cura' possível. Não gostei foi do que aconteceu à Teresa, deixando o caminho livre para a Brenda (eu bem que nunca gostei dela). Outra coisa que gostei foi do que se passou com o Newt. Foi bem conseguido e trouxe emoção às páginas.

Falando de personagens, só gostei mesmo da Teresa, do Gally, Newt, Minho (lê-se Min-ho; era giro se fosse mesmo minho). O Thomas, que tinha sido o meu favorito no primeiro, foi uma grande decepção. Enfim, fez exactamente o que os outros queriam que ele fizesse.

A escrita do autor, como já vem sendo hábito, é muito directa, pouco detalhada e demasiado apressada, demasiado voltada para a acção. Não gostei da prosa, confesso, e quando estava perto do fim só pensava: "Este não pode ser o último livro! Como vão resolver tudo neste espaço?", e a  verdade é que não resolveram. Noutra nota, o Thomas dormiu que se fartou neste livro. Sheesh!

Em suma, The Death Cure trouxe um desfecho satisfatório à trilogia mas, o livro em si, é muito fraco. Ficou demasiado por saber e o protagonista perdeu toda a força que tinha até aqui. Não gostei do livro mas gostei do desfecho. Valeu pela resolução.

Narração (Mark Deakins):
Mais uma boa narração, que conseguiu dar um pouco mais de vida à trama, apesar de continuar a não conseguir vozes femininas muito convincentes.

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