quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Soberba Tentação - Divulgação

Título: Soberba Tentação (Trilogia Tentação 2)
Autor: Andreia Ferreira
Editora: Alfarroba Edições
Edição: Julho 2012

Sinopse: Depois de descobrir que o sobrenatural não representa um medo irracional e que as criaturas caminham lado a lado com os humanos, Carla tem de enfrentar as consequências do seu envolvimento com o Caael.
Os demónios já deixaram marcas na vida da Ana e da Raquel e a Carla começa a sentir algumas dificuldades em encontrar-se.
Entre lacunas na memória, sentimentos e novas preocupações, surge uma existência virada do avesso com a linha da vida mais ténue do que nunca.
Com a ausência do Caael, assomam revelações que levantam um plano ancestral de uma disputa entre iguais. A Carla vê-se num tabuleiro de xadrez, como um rei isolado, com a rainha a jogar contra ela.


Preço: 10€ (a partir de)
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Blog da Autora, Wook, Bertrand, entre outros.

Visitem também o site da trilogia, o autor no Goodreads, o seu perfil no Facebook.

Booktrailer:

::Conto:: The Seduction of Lady Marikova

"The Seduction of Lady Marikova", de Parvati K. Tyler (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (em inglês):
High Gothic Erotic retelling of Vlad Tepes' seduction of his first wife, the Lady Marikova.
Podem ler o conto, gratuitamente, aqui.

Opinião:
Num conto curto, normalmente, há pouco espaço para grandes desenvolvimentos, especialmente a mais que um nível. Neste, contudo, o desenvolvimento não acontece a nenhum nível. Nas personagens, é quase zero, e nem falemos do romance, que acontece do nada.

Já a nível de prosa, a escrita da autora até é agradável, mas não sobressai, e as cenas picantes estão curiosas mas não são fabulosas.

Não é um conto que se distinga, por razão alguma. As personagens são esquecíveis, o tema já foi usado milhões de vezes e as situações também são tudo menos inovadoras.

Ou seja, é um conto que se lê, mas que se esquece rapidamente, e que parece trilhar caminhos tão comuns que, mesmo tendo em conta que a autora se quis inspirar nas história de Drácula e Vlad o Empalador, pisam os limites para a falta de imaginação.

Fome Assassina - Divulgação

Título: Fome Assassina
Autor: Ágata Ramos Simões
Edição: Fevereiro 2013

Sinopse: Sabine sabe que é um ser imortal, mas por não possuir memórias antigas desconhece a idade que tem. Desconfia, não obstante, que vive há milhares de anos. Ela anota os seus sonhos em diários secretos pois são esses sonhos que lhe fornecem informação sobre a sua identidade há muito esquecida. Sabine é um ser imortal cuja fome a impele ao consumo de seres humanos. É, aliás, assim que consegue sobreviver. Além de si, Sabine conhece apenas mais outro imortal: Castro. Costuma questioná-lo sobre o que eles são, a sua raça e a origem dela, porém Castro nunca responde. Sabine alberga a desconfiança de que ele sabe mais do que conta e que nunca partilhará com ela o que sabe. Um dia capturam-na e ela está em risco de morrer quando alguém a ajuda. Quem será esta pessoa? E quais são exactamente as suas intenções?

Preço: 2,99$ (USD)
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Smashwords, Amazon,
 
Visitem também o perfil no goodreads e o blog do autora, onde poderão encontrar muitos outros ebooks disponíveis. Ágata Ramos Simões é também a autora de "Sr. Bentley - o Enraba Passarinhos" (Saída de Emergência) e publicou vários contos em antologias nacionais.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Beijo das Sombras

"O Beijo das Sombras (Academia de Vampiros 3), de Richelle Mead (Editora Contraponto)

Sinopse:
A Primavera chegou à Academia de São Vladimir, e Rose Hathaway está quase a graduar-se. Chegou também o momento em que Rose tem de lidar com os seus pensamentos cada vez mais sombrios, o seu comportamento errático, e pior que tudo, ela acha que anda a ver fantasmas... Tudo isto porque teve de matar os seus primeiros Strigoi.
E enquanto Rose põe em dúvida a sua própria sanidade mental, novas complicações se avizinham: Lissa recomeça as experiências com a sua magia, o seu inimigo Victor Dashkov pode ser posto em liberdade, e a relação proibida de Rose e Dimitri aquece mais uma vez. Mas quando uma ameaça mortal que ninguém podia prever transforma todo o seu mundo, Rose terá de arriscar a própria vida e escolher entre as duas pessoas que mais ama.


Opinião (audiolivro):
Voltei à academia de vampiros, já com alguma saudade e, finalmente, vi alguns dos meus anteriores dilemas resolvidos.
O enredo, desta vez, atreve-se por lugares inexplorados e surpreendente. Nem sempre imprevistos, mas há que dar parabéns à autora por se ter atrevido a apostar em certos ... acontecimentos. Mas já me estou a adiantar, pois grande parte dessas coisas acontece apenas no fim deste livro. No início, infelizmente, o livro irritou-me de sobremaneira. A Rose estava insuportável, a Lissa continuava uma egoísta mascarada de boazinha, que só via os seus problemas (juro que desde o segundo livro que não percebia como estas duas se podiam considerar as melhores amigas do mundo) e, bem, o livro chegou a exasperar-me em certos momentos. No entanto eu sabia que devia haver uma explicação para tudo aquilo e, neste aspecto, a autora não desiludiu. De forma bem estruturada e integrada na trama do livro, ficamos a saber porque Rose anda insuportável, porque parecia estar a ficar louca, entre outras coisas igualmente fascinantes.
A nível de enredo o livro está bastante bom, embora seja de prever o final, há que dizer que eu não acreditava que a autora se atrevesse a fazer o que fez. O futuro é incerto, com certeza!

As personagens tiveram, neste volume, um maior desenvolvimento que no anterior, a todos os níveis. A mentalidade de Rose foi mudando ao longo do livro, de forma realista, sem pressas. Eddie, Christian, Adrian e Dimitri tiveram tratamento semelhante, apenas Lissa ficou igual a si mesma, como provou aquela conversa que ela teve com a Rose no final do livro. Espero que esta lacuna seja tratada nos futuros números da saga (ainda faltam 3).
Também gostei muito do desenvolvimento amoroso. Finalmente o triângulo faz sentido (Dimitri, Rose, Adrian) e, acho que pela primeira vez, leio um livro em que estou a torcer um bocadinho pelos dois homens de forma quase igual. Até mesmo a relação da Lissa e do Christian se manteve interessante ao longo do livro.

A escrita da autora continua igual e, sinceramente, gosto mais do tom nestes livros do que nos da Dark Swan, talvez porque a acho mais próxima da mentalidade de adolescente quase adulto.

Em suma, este livro começou um pouco azedo mas, aos poucos, foi melhorando, até terminar em grande. A promessa do que está para vir é, talvez, o maior feito do livro pois este alterou tudo! Mal posso esperar para saber o que se segue.


Narração (Khristine Hvam): 
Mais uma vez, Khristine Hvam não esteve à altura do desafio.A sua voz é demasiado pesada para fazer de adolescente e a narradora não possui a ginástica vocal que lhe permitiria dar vida às restantes personagens, especialmente as masculinas, que ou pareciam velhas irritadas, ou mulheres a tentarem fazer-se de homem. Não recomendo o audiolivro, embora ele não estrague o livro.

::Autor:: Richelle Mead

Biografia (via Contraponto):
Richelle Mead é uma leitora voraz, fascinada por mitologia e folclore. Autora reconhecida tanto pelo público como pela crítica na área da fantasia urbana para adultos, esta sua nova série, Vampire Academy, encontra-se já publicada em todo o mundo, tendo alcançado os lugares cimeiros das listas de best-sellers internacionais.

Livros que li do autor:
Vampire Academy / Academia de Vampiros (1) - opinião
Frostbite / Beijo Gelado (Academia de Vampiros 2) - opinião
Shadow Kiss / Beijo das Sombras (Academia de Vampiros 3) - opinião
Blood Promisse / Promessa de Sangue (Academia de Vampiros 4) - opinião
Spirit Bound (Academia de Vampiros 5) - opinião
Last Sacrifice (Academia de Vampiros 6) 
Vampire Academy BD - opinião
Frostbite BD - opinião
Storm Born (Dark Swan 1) - opinião
ShadowKiss BD - opinião
Dark Swan - Storm Born 1 (novela gráfica) - opinião
Dark Swan - Storm Born 2 (novela gráfica) - opinião
Dark Swan - Storm Born 3 (novela gráfica) - opinião
Dark Swan - Storm Born 4 (novela gráfica) - opinião



Livros editados em Português:
Academia de Vampiros, Editora Contraponto (2009)
Beijo Gelado, Editora Contraponto (2010)
Beijo das Sombras, Editora Contraponto (2010)
Promessa de Sangue, Editora Contraponto (2011)

A visitar: Site Oficial, Blog da Autora, Facebook, Twitter, Contraponto (editora portuguesa), blog Academia de Vampiros, Novela Gráfica da Academia de Vampiros,

Floresta de Livros no Livros & Blogues

A Rute Canhoto entrevistou-me, enquanto autora do Floresta de Livros, para a rubrica Livros & Blogues. Obrigada Rute!

Floresta de Livros no blog de Rute Canhoto


Já visitaram o blog da Rute? Já conhecem o seu livro, Perdidos?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Urbania - Divulgação

Título: Urbania
Autor: Carlos Silva
Edição: Fevereiro 2013

Sinopse: Que influência terá sobre Lisboa a cidade em movimento, onde os sonhos e a lucidez se vendem como um mero produto? As duas cidades estão em rota de colisão e Hugo sabe que é a única oportunidade de alguma vez conseguir passar de uma para a outra, mas para isso terá de compreender o que os Lobos lhe dizem. Um romance sobre ciclos que se cruzam e entrecruzam, onde a única constante é a mudança.

Preço: 1,99€ (lançamento)
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Smashwords

Visitem também o site do autor, o autor no Goodreads, o seu perfil no Facebook.

Booktrailer:

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Summer Knight

"Summer Knight (The Dresden Files 4)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal) 


Sinopse:
Ever since his girlfriend left town to deal with her newly acquired taste for blood, Harry Dresden has been down and out in Chicago. He can’t pay his rent. He’s alienating his friends. He can’t even recall the last time he took a shower. 
The only professional wizard in the phone book has become a desperate man. 
And just when it seems things can’t get any worse, in saunters the Winter Queen of Faerie. She has an offer Harry can’t refuse if he wants to free himself of the supernatural hold his faerie godmother has over him — and hopefully end his run of bad luck. All he has to do is find out who murdered the Summer Queen’s right-hand man, the Summer Knight, and clear the Winter Queen’s name.
 It seems simple enough, but Harry knows better than to get caught in the middle of faerie politics. Until he finds out that the fate of the entire world rests on his solving this case.

Opinião (audiolivro):
Este quarto volume da saga Dresden Files (Ficheiros de Dresden) começa com o protagonista de rastos, num estado verdadeiramente deplorável, coisa que se compreende quando o terceiro volume teve o final que teve. Mas embora seja compreensível o seu estado, acho que o leitor também sente, tal como as restantes personagens, vontade de esbofetear o Dresden e dizer-lhe para erguer a cabeça. Felizmente não ficamos muito tempo a desejar fazê-lo, pois cedo ele volta aos velhos hábitos e à velha pobreza.
Dresden irá sofrer as consequências do seu ataque à corte de vampiros (no volume 3) e perderá o apoio do White Council (que nunca foi muito, para começar), mas também existem aqueles que estarão sempre dispostos a ajudá-lo e, claro, aqueles que parece que estão a ajudar, mas no fim só estão é a empatar. Neste ponto o autor brilhou, pois conseguiu várias vezes dar reviravoltas ao enredo, muitas que nunca me passariam pela cabeça.

Apesar de a meio ter achado o livro um pouco parado e sem 'norte', rapidamente a história voltou a brilhar, o que fez seguir com muita atenção as aventuras do Dresden. Em termos de enredo, acho mesmo que este é o melhor livro até agora. Os conflitos estão muito bem feitos e, como sempre, não se foca apenas uma coisa, mas em vários, mantendo o leitor ainda mais agarrado às páginas.
Há que referir também que a luta no hiper-mercado foi espectacular!  A Murphy esteve tão bem e o Dresden, mais uma vez, surpreendeu. Adoro as lutas do autor, a forma como as descreve e  imaginação que transborda delas.

As personagens, uma vez mais, estiveram excelentes, tanto as velhas como as novas. Surpreendentemente gostei muito da aparição de uma determinada personagem do passado de Dresden (uma muito especial). Também o antigo mestre do Dresden (Ebenezar) foi uma personagem curiosa no início do livro. E os vilões foram igualmente bem explorados, o que dá uma outra profundidade à narrativa. Também gostei muito da Meryl e só tive pena que não tivesse aparecido mais vezes.

A escrita do autor mantém-se muito boa, agarrando o leitor e emergindo-nos na cabeça do Dresden (e que peculiar cabeça esta é). Como já referi, as cenas de acção estão excelentes e embora eu ache que o autor é um pouco exaustivo de mais a descrever a aparência das novas personagens (especialmente se forem femininas e esculturais), também entendo que isso faz parte da narrativa em primeira pessoa e, consequentemente, advém da personalidade do Dresden.

Em suma, este foi mais uma excelente aventura deste feiticeiro detective. E, pessoalmente, achei que foi o melhor até agora.
Será que alguma vez estes livros vão ser publicados em português (a série de TV parece ter tido mais sorte, já que está à venda em DVD)?

Narração (James Masters):
Acho que o James Masters esteve bastante melhor neste livro do que no anterior (em que parecia quase aborrecido em certas partes) e conseguiu um excelente trabalho narrativo, mantendo-me concentrada e agarrada à trama.

Capa:
Pela primeira vez mostro três capas, isto porque as acho todas excelentes. A primeira é para mim a que tem a verdadeira estética de Dresden Files, embora seja a que menos diz sobre a história. A segunda é simplesmente muito bonita e tem tudo a ver com a história. Já a terceira (aqui do lado esquerdo) é a mais simples, mas também é muito agradável e eu gosto muito do simbolismo.

::Autor:: Jim Butcher

Biografia (via goodreads): 
Jim Butcher nasceu em 1971, no Missouri, Estados Unidos da América. Jim Butcher é um autor best-seller do New York Times, mais conhecido pela sua série de fantasia urbana, The Dresden Files (Os Ficheiros de Dresden). É também autor da série Codex Alera.
Além de escritor, é um entusiasta das artes marciais, com experiência em vários estilos, incluindo Ryukyu Kempo, Tae Kwon Do, Gojo Shorei Ryu e Kung Fu.
Presentemente vive ainda no Missouri, na companhia da sua esposa, o seu filho e o seu feroz cão de guarda.

Livros que li do autor:
Restoration of Faith (Dresden Files 0,5 - conto) - opinião
Storm Front (Dresden Files 1) - opinião
Fool Moon (Dresden Files 2) - opinião
Grave Peril (Dresden Files 3) - opinião
Summer Knight (Dresden Files 4) - opinião
Death Masks (Dresden Files 5) - opinião
Welcome to the Jungle (BD) - opinião
Even Hand (conto in Dark and Stormy Knights) - opinião

Livros editados em Português:
 -nenhum- (mas, impressionantemente, temos cá a série de TV baseada nos Dresden Files.)

A visitar: Site Oficial, Facebook, Twitter, Goodreads, Dresden Files Wikia

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

The Werewolf Pack

"The Werewolf Pack", antologia organizada por Mark Valentine, com contos de Captain Frederick Marryat e Sir Gilbert Campbell e Count Stenbock e B. Fletcher Robinson e Mrs. Hugh Fraser e Andrew Lang e F.J. Harvey Darton e Barry Pain e Saki e Bernard Capes e Vasile Voiculescu e Steve Duffy e Gail-Nina Anderson e R.B. Russell

Sinopse (inglês):
The wolf has always been a creature of legend and romance, while kings, sorcerers and outlaws have been proud to be called by the name of the wolf, it's no wonder, then, that tales of transformation between man and wolf are so powerful and persistent.

Opinião:
Tratando-se, este livro, de uma antologia, vou primeiro analisar cada conto individualmente.

"The White Wolf of the Hartz Mountains", de Captain Frederick Marryat
A história no geral é interessante e tem bons conflitos. Gostava de ter sabido mais sobre a origem dos lobos, pois nada concreto foi explicado, mas gostei do final.

"The White Wolf of Kostopthin", de Sir Gilbert Campbell
A história central é muito similar à do primeiro conto. Tanto que achei que se perdia alguma notoriedade por estarem seguidos. No entanto, dos dois, prefiro este, por haver um pouco mais de profundidade das personagens. No entanto a nível de explicações relativas aos lobos, este é ainda mais vago o que não abona seu favor.

"The Other Side (a Breton Legend)", Count Stenbock
Este conto destaca-se pela escrita, fulgurante e muito rica. Por momento parecia que estava  ler versos e não desviava os olhos das linhas. Um conto muito veloz que gostei mas cujo final foi muito confuso. Ainda assim, a história por trás dos lobos está bem desenvolvida e as imagens que o conto evoca são muito vivas.

"The Terror in the Snow", B. Fletcher Robinson
Esta história parece saída de uma aventura de Sherlock Holmes ou coisa parecida. No seu todo, acaba por ser interessante, mas a forma como está contada tira-lhe interesse e chega a ser aborrecida. O início é absolutamente dispensável. Não esta lá a fazer nada, literalmente. Depois temos grandes descrições que pouco ou nada nos dizem e por fim as conclusões do detective que surgem do nada, já que pistas o leitor nunca as recebe. Eu gosto de um bom mistério, mas o autor tem de dar pistas ao leitor (falsas e verdadeiras). mantê-lo no escuro é como tratá-lo por burro. Não gostei deste conto, embora tenha gostado do crime em si e achado que a história é curiosa.

"A Werewolf of the Campagna", Mrs. Hugh Fraser
Este conto é diferente porque tem duas veias narrativas, duas histórias diferentes que se unem de forma estranha e ilógica. Sozinhas, são ambas interessantes e bem escritas; juntas, não fazem sentido. Assim fica um sentimento ambíguo em relação ao conto como um todo.

"The White Wolf", Andrew Lang
Gostei muito deste conto, no início, já que está contado como se de uma fábula se tratasse, como uma espécie de conto de fadas (espécie de "Bela e o Monstro") que me cativou muito e se mostrou bastante simbólico. No entanto a parte final é tão ridícula, tão sexista, que tira mérito ao resto do conto. Apesar disso gostei da leitura, mas aquele fim estragou tudo.

"The Boy and the Wolves", or the Broken Promisse, Andrew Lang
Mais uma vez contado num tom de quase fábula, a ideia central é muito boa e gosto do tom do conto, mas achei que lhe faltava alguma profundidade.

"William and the Werewolf", F.J. Harvey Darton
Um dos meus contos favoritos de toda a antologia por ter uma história tão completa e abrangente. Contada como se de um conto-de-fadas se tratasse, mas num tom negro e que mantém o leitor agarrado às páginas, curioso sobre como William voltará a casa e como a guerra se resolverá. Para além disso, ao contrário da maioria dos contos da antologia, aqui o lobisomem é na verdade o herói, até mais que William, o que foi uma lufada de ar fresco.

"The Undying Thing", Barry Pain
Uma história com um início muito promissor, mas que cedo se revelou pouco interessante e pouco diferenciada das restantes. O final foi bom mas, demasiadas coisas ficaram por esclarecer.

"Gabriel-Ernest", Saki
Um mistério bem explorado, com boas descrições das emoções e uma reviravolta bem feita, no entanto o conto foi curto demais e não me permitiu desfrutar da escrita tanto quanto gostaria.

"The She-Wolf", Saki
Esta história teria funcionado muito melhor se o autor tivesse ocultado a verdade do leitor até ao final. Revelando o segredo do truque antes de este acontecer, tirou qualquer interesse que o acontecimento pudesse ter e arruinou o conto.

"The Thing in the Forest", Bernard Capes
Uma espécie de fábula, bem escrita, com suspense e com um final bem conseguido. Não há muito mais a dizer, já que é bastante curto.

"Among the Wolves", Vasile Voiculescu
Apesar do início mais calmo, o final deste conto foi excelente. Gostei muito do conceito e da forma como o autor o apresentou.

"The Shades of The Wolf", Ron Weighell
No conto de B. Fletcher Robinson eu falava no Sherlock Holmes, e aqui está ele em pessoa! Como trabalho baseado no de Sir Arthur Conan Doyle, está muito bom e mantém o mesmo ambiente que os contos originais, mas ainda assim não gostei particularmente do final. O meio foi bom e a escrita está competente, mas o final foi anti-climático.


"The Clay Party", Steve Duffy
Estranhei o início mas rapidamente o relato, em forma de diário, foi-se tornando mais e mais intenso, mais e mais interessante, até que o climático final chegou e me apanhou de surpresa. Apesar de um início fraco, este foi um dos melhores contos da antologia.

"The Tale Untold", Gail-Nina Anderson
Num tom muito diferente de todos os outros contos, este acabou por ser um dos mais curiosos e, diria até, divertido (o único, neste caso). O narrador fala para o leitor como se fosse seu amigo e fala de algo que muitos leitores de fábulas já se questionaram: Qual o passado destas personagens? Qual o seu futuro? Apesar de ter gostado, achei que podia ter sido ainda melhor.

"Loup-garou", R.B. Russell
Uma ideia rebuscada mas muito bem escrita e que mantém o leitor agarrado às paginas. Uma daquelas histórias que nos deixam a pensar e que não se revelam por completo mas que o que deixam em aberto, fazem com mestria.

Esta é, certamente, uma colectânea de terror, disso não há dúvida. Aquele terror de antigamente, primordial, muitas vezes inculto e fruto da ignorância. No entanto não posso deixar de notar muitos padrões repetidos em vários contos, que cortaram na diversidade e no prazer que a leitura dava. Muitos contos começavam com longos monólogos introdutórios que nada mais faziam que dar ao leitor um relato exacto de quem era quem, onde estava quem e porque aquela história ia ser contada. Depois de dez contos assim, começou a chatear, especialmente naqueles que divagavam e aborreciam. Também não posso deixar de reparar que muitos dos lobos eram mulheres, vingativas e dissimuladoras, ou homens postos de parte pela sociedade ou abandonados pela família.
É uma antologia curiosa e com alguns bons trabalhos de autores que desconhecia completamente, mas faltou-lhe mais diversidade.

Capa, Design e Edição:
Para se enquadrar na colecção "Tales of Mystery & Supernatural", esta capa acaba por ser muito genérica e pouco apelativa. Gostei no entanto do pormenor do relevo (quase imperceptível) da caveira, que faz parte da colecção e não está directamente ligado ao livro.
A Nota introdutória foi muito esclarecedora e gostei de ler sobre estes autores desconhecidos, pelas palavras do organizador na colectânea, Mark Valentine.
No interior o livro é bastante simples, mas permite uma boa leitura.

Nota: Um grande obrigada à Ana Cláudia Silva, que me emprestou este livro.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Clube de Leitura de Braga - Divulgação

Para a leitura de Fevereiro do Clube de Leitura de Braga, foi escolhido o livro "A Conspiração dos Fidalgos" de Alexandre Rocha.
Este livro será discutido no 2 de Março, às 15h, na Bertrand de Braga (Avenida Street Fashion), e contará com uma sessão de autógrafos do autor, pelas 16h30.
Sinopse:
A trama passa-se sobre um período dado das Histórias de Portugal e do Brasil, entre os séculos XVIII e XIX, em que o autor compõe personagens, reconstituiu cenários e atmosferas entrelaçando factos e fantasia no decurso da narrativa, destacando da sombra o herói Miguel Herculano. A vida na casa senhorial é tratada, lado a lado, e com o mesmo pormenor da vida na sanzala afro-brasileira. Definindo-se, a cada capítulo, esta personagem vem levantar grandes questões que chegam a tocar o leitor de hoje. Por outro lado, é envolvido na famosa «Conspiração dos Fidalgos» da corte de D. João VI.

Sites: Blog, Facebook,

Booktrailer:

Nas Teias do Poder - Divulgação

Título: Nas Teias do Poder
Autor: Fernando Gil Teixeira
Editora: Chiado Editora
Edição: Novembro 2012

Sinopse: Já imaginou o que seria juntar Ken Follett a José Saramago? Pois bem, é exactamente nessa linha que Fernando Gil Teixeira se enquadra neste romance. Uma epidemia nacional evitada por um médico que teve de enfrentar as manhas do sistema político português, epidemia essa apenas pretexto para lembrar uma antiga história de amor transformada numa obsessão consumida por vingança, na qual não existem limites. Tudo é válido para recuperar a dignidade. Um jogo psicológico macabro e alucinante que se alia a um desenrolar policial para formar um romance vibrante e apaixonante. Nas teias do poder não existem regras nem condições. Vence aquele que mais segredos esconder de baixo do tapete da sua vida.

Crítica:
“A dedicação e o empreendorismo de alguém tão jovem como Fernando Gil Teixeira podem ser uma verdadeira inspiração para os mais velhos.” by Pedro Chagas Freitas

 “Fernando mostra que sabe desenvolver a trama com coerência nos tempos da acção e no movimento das personagens, decorando os cenários com a imaginação anunciadora de um escritor em potência.” by Laurent Filipe “

A sua forma de escrever é como um flash fotográfico que nos permite visualizar a cena completamente, tal como quando ouvimos João Villaret dizer a Procissão.” by Ricardo Peres

Preço: 11,00
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Chiado Editora, FNAC, através do Autor,

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A Invenção de um Conto de Fadas - Divulgação

Título: A Invenção de um Conto de Fadas
Autor: Manuel Alves
Edição: Fevereiro 2013

Sinopse: Quantas maneiras diferentes há para dizer que se ama alguém? E quantas maneiras há de o mostrar? Esta é a história de cinco relacionamentos que se cruzam no tempo e em idades diferentes. O amor de Pedro e Aninhas é a fantasia mais jovem de todas e começa, naturalmente, com uma discussão de crianças. O amor de Agostinho vive apenas das memórias de uma vida inteira, que já só existe no passado e nos livros que empresta aos vizinhos na esperança de os ensinar a serem felizes. As outras três histórias moram todas no mesmo prédio. João e Isabel, dois adolescentes apaixonados desde crianças, vão separar-se pela primeira vez. Ângela e Manuel vivem a incerteza dos namorados que não são namorados, na descoberta do melhor que podem ser um para o outro. Rosário e Aníbal vivem sufocados num casamento de quase vinte e cinco anos, que necessitará de provas de amor para continuar a existir. Seria bom que todas essas histórias fossem verdadeiros contos de fadas. É preciso ..

Preço: $1,99 (dólares americanos, mas podem pagar em euros)
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Smashwords

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Jesus Cristo bebia berveja

"Jesus Cristo bebia cerveja" de Afonso Cruz (Alfaguarra)


Sinopse:
“Parece que a morte vem sempre à tona da água.”, frases como estas marcam o tom do novo e esperado romance de Afonso Cruz.
Com a originalidade que o caracteriza, Afonso Cruz, constroí uma narrativa de personagens singulares e marcantes, numa terra quase imaginária, que é o Alentejo.
Uma pequena aldeia alentejana transforma-se em Jerusalém graças ao amor de uma rapariga pela sua avó, cujo maior desejo é visitar a Terra Santa. Um professor paralelo a si mesmo, uma inglesa que dorme dentro de uma baleia, uma rapariga que lê westerns e crê que a sua mãe foi substituída pela própria Virgem Maria, são algumas das personagens que compõem uma histórica comovente e irónica sobre a capacidade de transformação do ser humano e sobre as coisas fundamentais da vida, como o amor, o sacrifício e a cerveja.
Este livro inclui a oferta do mini-western A morte não ouve o pianista.


Opinião:
Apesar de já ter lido alguns contos e um livro do autor, não sabia muito bem o que esperar deste "Jesus Cristo bebia cerveja", já que era o primeiro trabalho de Afonso Cruz que leio sem ter fantasia pelo meio. É ficção na mesma, mas num registo um pouco diferente.

No início adorei este livro; a forma como estava escrito, as suas personagens e as suas mentalidades de habitantes de aldeia (fora os que se armavam em filósofos); mas depois, aos poucos, o livro foi descendo de nível até se tornar num estudo de sexismo e mentalidade retrógrada. Isto teria sido bem mais interessante se não fosse levado a extremos.
A cerne da história é boa, o seu início é fabuloso e o seu fim é mais que digno (excepto aquele último capítulo que foi um pouco demais). Por outro lado, do meio para a frente, a história tornou-se banal e revoltante. Uma revolta que não é das boas.
Lembro-me que foi mais ou menos este o sentimento com que fiquei em relação a Os Livros que Devoraram o Meu Pai, do mesmo autor, o que poderá indicar um padrão, para mim enquanto leitora.

Em relação à personagens, as pequenas coisas que as distinguiam no início do livro, foram-se perdendo lá pelo meio, até que, já muito perto do final, elas se foram misturando e transformando numa massa indistinta de homens tarados e mulheres badalhocas (perdoem-me os termos). Mas, tal como em relação à trama, também no fim muitas das personagens se redimiram e voltaram a separar-se da personalidade una.

Uma coisa que me incomodou um pouco ao longo do livro, foi a falta de definição temporal. Por um lado temos coisas bastante modernas e, por outro, as personagens comportam-se como se fossem dos anos 60 ou antes. Não parece verossímil que seja moderno mas também não parece ser de há umas décadas atrás e essa indecisão não joga a favor do livro.
A escrita do autor agradou-me, pois é crua, por vezes até desconfortável, mas também muito própria. No entanto acho que divagou demasiado em filosofias e os diálogos transformavam-se quase sempre em monólogos existencialistas, fosse qual fosse a personagem em cena, o que era no mínimo estranho.

O pequeno conto que acompanha o livro, e cuja edição foi um pequeno mimo, está engraçado e lê-se bem depois de saber a influência que teve no livro principal. Contudo foi um pouco curto demais.

Em suma, este livro leu-se muito bem e teve momentos absolutamente excepcionais, mas também teve alguns que me fizeram bradar aos céus. É um livro interessante, mas não é tão bom como o início prometia, nem tão bom como o final merecia.

Capa, Design e Edição:
A capa parece ter sido propositadamente criada para chamar a atenção. Em conjunto com o título (que, aliás, pouco tem a ver com a história, o que acaba por ser negativo), acaba por ser um chamariz ao debate. Não sou fã da capa, mas também não desgosto.
No interior temos letras bem granditas, num livro que se lê muito bem. o trabalho de design não é digno de nota mas também não merece reprovação.

Nota: Já repararam que o título pode ser diminuído para Jesus Cristo b.c. (before christ)? Hehe! Terá sido propositado? E como notou o Manuel Cardoso no encontro do Clube de Leitura de Braga, Afonso Cruz fica a.c., o que é ainda mais curioso.

::Autor:: Afonso Cruz

Biografia (via goodreads):
Afonso Cruz nasceu em 1971, na Figueira da Foz e estudou nas Belas Artes de Lisboa, no Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e na António Arroio. É escritor, músico, cineasta e ilustrador.
Escreveu seis livros: A Carne de Deus (Bertrand), Enciclopédia da Estória Universal (Quetzal - Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2010), Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Caminho - Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2009), A Contradição Humana (Caminho - Prémio Autores 2011 SPA/RTP; escolha White Ravens 2011; Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2011) e A Boneca de Kokoschka (Quetzal), O Pintor Debaixo do Lava-Loiças (Caminho). Participou ainda nos livros Almanaque do Dr. Thackery T. Lambshead de Doenças Excêntricas e Desacreditadas (Saída de Emergência), O Prazer da Leitura (FNAC/Teodolito) e O Caso do Cadáver Esquisito (Associação Cultural Prado).
Ilustrou, desde 2007, cerca de trinta livros para crianças, trabalhando com autores como José Jorge Letria, António Torrado, Alice Vieira. O livro Bichos Diversos em Versos foi seleccionado pela Biblioteca Internacional de Juventude /White Ravens 2010 e Galileu à Luz de uma Estrela ganhou o Prémio Ler/Booktailors 2011 - Melhor Ilustração Original. Também tem publicado ilustrações em revistas, capas de livros e publicidade.
Em 2007 gravou um disco (Homemade Blues) com a banda de que é membro, The Soaked Lamb, para o qual compôs todos os originais, escreveu letras, tocou guitarra, harmónica, banjo, lap steel, ukulele e cantou. Em 2010, lançou um novo CD, Hats and Chairs, apenas de originais e com vários convidados.
Trabalhou como animador em vários filmes e séries tais como A Maravilhosa Expedição às Ilhas Encantadas; pilotos de A Demanda do R, Toni Casquinha, Óscar, As aventuras de João sem Medo; e vários filmes de publicidade.
Fez layouts para alguns episódios da série Angelitos e realizou vários filmes de O Jardim da Celeste, Rua Sésamo e Ilha das Cores.
Juntamente com mais duas pessoas, realizou uma curta-metragem chamada Dois Diários e um Azulejo, que ganhou duas menções honrosas (Cinanima e Famafest), um prémio do público e participou em diversos festivais internacionais. Também foi o realizador de O Desalmado e da série Histórias de Molero (uma adaptação do livro de Dinis Machado, O Que Diz Molero). Para publicidade destaca-se a campanha Intermarché onde realizou mais de duzentos filmes durante os anos de 2006 e 2007


Livros que li do autor:
Os Livros que Devoraram o meu Pai - opinião
Jesus Cristo bebia cerveja - opinião
As Cidades do Segundo Esquerdo (conto) - opinião
As Mãos e as Veias (conto) - opinião

Livros editados em Português:
A Carne de Deus, Bertrand Editora (2008)
Enci­clo­pé­dia da Estó­ria Uni­ver­sal, Livros Quet­zal (2009)
Os Livros que Devo­ra­ram o Meu Pai, Editorial Cami­nho (2010)
A Boneca de Kokoschka, Livros Quet­zal (2010)
A Contradição Humana, Editorial Cami­nho (2010)
O Pintor Debaixo do Lava-Loiças, Editorial Cami­nho (2011)
Enci­clo­pé­dia da Estó­ria Uni­ver­sal - Recolha de Alexandria, Alfaguara (2012)
Jesus Cristo Bebia Cerveja, Alfaguara (2012)
Bang 13, Saída de Emergência (2012)
A Queda de Um Anjo, Diário de Notícias (2012)
Assim, mas sem ser Assim, Caminho (2013)
O Livro do Ano, Objectiva (2013)
Enci­clo­pé­dia da Estó­ria Uni­ver­sal -  Arquivos de Dresner, Alfaguarra (2013)
Granta 1, Tinta-da-China (2013)
O Cultivo de Flores de Plástico, Alfaguarra (2013)
Para Onde vão os Guarda-Chuvas, Alfaguarra (2013)
Microenciclopédia de micro-organismos, microcoisas, nanocenas e seus amigos de A a Z, Associação Cultural Prado (2013)
A Misteriosa Mulher da Ópera, Casa das letras (2013)
Os Pássaros dos Poemas Voam mais Alto, APCC (2014)
Capital, Pato Lógico (2014)
Enci­clo­pé­dia da Estó­ria Uni­ver­sal - Mar, Alfaguarra (2014)

Prémios:
Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, 2009, com Enciclopédia da Estória Universal
Prémio Literário Maria Rosa Colaço, 2009, com Os Livros que Devo­ra­ram o Meu Pai
Prémio da União Europeia para a Literatura, 2010, com A Boneca de Kokoschka
Prémio Autores 2011 SPA/RTP, com A Contradição Humana

A visitar: Site Oficial, Perfil no Facebook 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Perdidos - Divulgação

Título: Perdidos
Autor: Rute Canhoto
Editora: EuEdito
Edição: Novembro 2012

Sinopse: Marina, de 17 anos, leva uma vida monótona e confortável, centrada no objetivo de ter boas notas para entrar na universidade.
Findas as férias de verão, tem início um novo ano letivo que se revela repleto de novidades, entre elas Lucas. A misteriosa figura do aluno desperta-lhe a atenção, apesar da aura obscura que o rodeia. Mais tarde, Joshua junta-se à turma e um turbilhão de sentimentos contraditórios assola Marina, deixando-a confusa e sem saber que caminho seguir. E se fizer a escolha errada?
Em simultâneo, o cosmos da rapariga fica completamente virado do avesso com uma série de inexplicáveis acidentes, que parecem querer colocar um ponto final na sua existência. Afinal, o que se estará a passar? A resposta será uma revelação inesperada, que dará a conhecer ao mundo os Perdidos.
Este é o primeiro volume da trilogia Perdidos, uma série na qual coração e razão entram em conflito. Nem sempre o que gostaríamos de ter é o melhor para nós. Mas e se o que nos dizem não ser bom para nós, é exatamente aquilo de que precisamos? Viver implica correr riscos, demasiado grandes às vezes.

Leiam o prólogo de Perdidos aqui.

Preço: 12,00
Onde é que o livro pode ser adquirido?  EuEdito ou através do Autora.

Visitem também o blog da autora e o seu perfil no facebook.

Booktrailer:

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Incidente no Ártico

"Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2)", de Eoin Colfer (Editora Vogais)

Sinopse:
Artemis Fowl, com apenas 13 anos, é o maior génio criminoso de sempre, responsável por todos os grandes golpes da década. Neste segundo volume, recheado de enigmas e muita ação, Artemis Fowl está a ser perseguido por fadas. A Máfia Russa tem o seu pai preso no Círculo Polar Ártico e exige um resgate.
Protegido por Butler, o seu fiel guarda-costas, Artemis lança-se em seu auxílio, mas acaba detido pela destemida capitã Holly Schort. É nessa altura que Artemis percebe que até o mais malévolo dos génios precisa, por vezes, de ajuda.


Opinião (audiolivro):
Artemis Fowl será a única saga onde eu suporto e até acho plausível, existir uma personagem cujo 'poder' consiste em comer terra para escavar túneis e (atenção que vem aí linguagem nojenta) cagar a dita terra e dar peidos que projectam os inimigos pelo ar. Eu sei, a ideia parece ridícula! Eu pensei o mesmo quando o li no primeiro livro mas, acreditem que Eoin Colfer faz com que funcione. Por mais bizarro que possa parecer.
E agora que tenho a vossa atenção, vamos ao que interessa. Hehe!

Depois dos acontecimentos anteriores, neste livro vemos um outro lado de Artemis Fowl: um lado mais humano, mais vulnerável, mas não menos inteligente. Pela primeira vez, Artemis irá ajudar as fadas e em troca receberá a ajuda daqueles que tramou no volume anterior.
A história deste livro pareceu-me mais interessante que a do primeiro, na medida em que é mais humana, mais motivada e um pouco mais plausível (tirando o facto de os raptores demorarem dois anos a pedir resgate pelo pai dele). Gostei particularmente de todo o desenvolvimento das personagens, em especial do Artemis. Por outro lado achei que os vilões do lado das fadas não foram bem usados, que lhes faltava alguma coerência e menos imbecilidade. Para vilões capazes e arquitectar planos tão perfeitos, conseguiam ser muito burros. Já do lado dos humanos, apesar de um pouco esterotipados, os vilões pareceram-me mais credíveis. Claro que certos acontecimentos pareceram um pouco coincidência a mais, mas nunca de forma a que o leitor se sentisse gozado.

A escrita do autor voltou a agradar-me. Não é que seja excepcional mas, repito, este é o tipo de livro que eu daria a um adolescente na casa dos 12 anos, e que tenho a certeza que ele iria gostar (talvez até mesmo as raparigas). Mas eu, enquanto adulta, não me diverti menos por isso. A trama está bem enredada, as personagens são muito diversas e interessantes de seguir, a escrita é acessível e toda a história é pura diversão.

Em suma, foi mais uma divertida aventura na companhia de Artemis, Buttler, Holly, Commander Root e Foaly. Estou a gostar mais disto do que supunha, não que seja uma obra fenomenal, mas é uma saga que entretém e que não se leva demasiado a sério.

Narrador (Nathaniel Parker):
Mais uma vez, Nathaniel Parker, fez um excelente trabalho na gravação deste audiolivro. A ginástica da sua voz, os sotaques, tudo estava perfeito. Muito bom, mesmo! Se todos os audiolivros fossem assim, eu era uma audioleitora feliz.

::Autor:: Eoin Colfer

Biografia (via infopedia):
Escritor irlandês, Eoin Colfer nasceu em 1968 na cidade costeira de Wexford. Filho de um historiador e de uma atriz, ambos professores e escritores, tomou o gosto pela escrita ainda na escola primária.
Após ter concluído os seus estudos secundários, Eoin Colfer resolveu seguir as pisadas do seu pai, ao ingressar na Escola Normal de Dublin, que o qualificou em 1986 como professor primário.
De regresso a Wexford, começou a lecionar de dia e a escrever nos seus tempos livres, à noite e aos fins de semana. Encontrou ainda possibilidade de se juntar a um grupo de teatro amador, começando como ator, logo como encenador, e por fim como argumentista, chegando a receber alguns prémios pelas suas produções. Fez também parte da Light Opera Society de Wexford.
Casou-se em 1991 e, no ano seguinte, decidiu partir com a esposa para o estrangeiro, pelo que trabalhou durante quatro anos em países como a Itália, a Tunísia e a Arábia Saudita. Retornou à Irlanda em 1996 e em 1997, ano do nascimento do seu primeiro filho, Eoin começou a escrever um romance infanto-juvenil que contava a história de um rapaz irlandês e do seu melhor amigo, um tunisino, e as aventuras em território africano. Intitulado Benny And Omar, este primeiro livro de Eoin Colfer foi publicado em 1998, e muitíssimo bem acolhido pela crítica, chegando a ser traduzido para as principais línguas europeias.
Seguiram-se Going Potty (1999) e uma continuação do seu primeiro trabalho, Benny And Babe (1999). Em 2000 apareceu The Wish List, um romance baseado nas lendas mágicas tradicionais irlandesas e que venceu um prémio literário no ano seguinte.
No ano de 2001 foi publicado o seu maior sucesso, Artemis Fowl, que atingiu um volume de vendas considerável a nível mundial, e cujos direitos de autor foram adquiridos por uma grande companhia da indústria cinematográfica, o que permitiu a Eoin Colfer abandonar a carreira docente para se dedicar em exclusivo à atividade da escrita.


Livros que li do autor:
Artemis Fowl (Artemis Fowl 1) - opinião
Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2) - opinião
O Código Eterno (Artemis Fowl 3) - opinião
The Opal Deception (Artemis Fowl 4) - opinião
The Lost Colony (Artemis Fowl 5) - opinião
The Time Paradox (Artemis Fowl 6) - opinião
The Atlantis Complex (Artemis Fowl 7) - opinião
The Last Guardian (Artemis Fowl 8) - opinião
Artemis Fowl BD - opinião
The Arctic Incident BD - opinião

Livros editados em Português:
Artemis Fowl - O Ouro das Fadas, Dom Quixote (2002)
Artemis Fowl - Incidente no Ártico, Dom Quixote (2003)
A Lista de Desejos, Editorial Presença (2004)
Artemis Fowl (Artemis Fowl 1), Booksmile (2012)
Incidente no Ártico (Artemis Fowl 2), Booksmile (2012)
O Código Eterno (Artemis Fowl 3), Booksmile (2013)

A visitar: Site Oficial, Twitter do Autor, Página de Facebook, Artemis Fowl, Artemis Fowl na Vogais,

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Goor - A Crónica de Feaglar - Divulgação

Título: Goor - A Crónica de Feaglar
Autor: Pedro Ventura
Editora: Bubok
Edição: Janeiro 2013

Sinopse: Durante uma época ensombrada pelo despontar de novos conflitos e intrigas, a enigmática princesa Gar-Dena chega inesperadamente à corte do próspero reino Dhorian, no intuito de avisar o rei Feaglar para um terrível perigo latente que ameaça a liberdade e a própria sobrevivência de todos os Homens. Este será o ponto de partida para os acontecimentos relatados em Goor – A Crónica de Feaglar, que decorrem no período da Guerra dos Sete Reinos.Trata-se de uma fantástica aventura do rei e dos seus companheiros, que os levará aos limites das suas capacidades e aos confins do mundo conhecido, enfrentando inúmeros perigos e a herança de um nebuloso passado que foi propositadamente apagado da memória de todos os povos. O jovem e idealista rei, referido pelas antigas profecias como o Escolhido, terá de superar as suas próprias fraquezas e dúvidas, contrariar um destino sinistro e uma complexa teia de mentiras, urdida desde tempos imemoriais e em que ele próprio está envolvido.Em causa estará o próprio valor intrínseco do Homem e a sua determinação em sobreviver. Esta será uma jornada em que o futuro estará num indeciso limbo e em que tanto a vitória como a derrota podem acarretar um sacrifício demasiado doloroso para aqueles que aceitam o desafio que lhes é colocado.

Crítica:
“Lembro que cando rematei de lér a segunda novela de Pedro Ventura (Goor II – A Crónica de Feaglar, aló polo 2007) puiden dicir sen temor ao ridículo que viña de rematar a millor novela de xénero fantástico da miña vida. Aquela novela era o cabo a unha história de coraxe, aventuras e humanidade que tan só facían desexar lér mais e mais (…)”in Nova Fantasia (Galiza - Espanha)
"Enquanto leitor senti-me verdadeiramente sugado pela história levando a que consumisse cada pequeno passo da narrativa de forma deliciosa...Tem todos os ingredientes: acção, intriga, romance... Se gosta do género, vai adorar este livro. Eu já vou a meio e estou a adorar! A história é fluida e interessante, tendo lugar num mundo imaginário, onde o valor humano tem um papel muito importante. Quem não comprar este livro não sabe o que perde..." in Galeondi - Yahoo (Brasil)

"Goor - As Crónicas de Feaglar I & II são obras inigualáveis. A primeira coisa em que pensei quando terminei de os ler foi "Uau, nunca pensei que houvesse uma obra destas, muito menos escrita por um autor português". (...) Desde cedo entramos num mundo completamente novo. E, apesar de estas duas obras serem classificadas no género Fantástico, desenganem-se se pensam que vão encontrar os seus elementos típicos como fadas, gnomos, elfos, anjos ou vampiros ou o que quer que vos possa passar pela cabeça. Aqui, temos a humanidade dura e crua, onde cada pensamento e acção têm uma intensidade nunca antes expressas desta forma." in Blog Morrighan - Sofia Teixeira (Portugal) 

Preço: 16,00€ (livro), 5,00€ (ebook)
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Bubok ou através do Autor.

Visitem também o site oficial do autor, o seu blog e a página de facebook do livro.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Vida aos Quadradinhos - Janeiro

Porque fazer posts individuais para cada BD não me parece a melhor solução a longo prazo, tendo em conta que algumas são bastante pequenas, vou antes começar a fazer um apanhado mensal das minhas leituras em quadradinhos. Aqui incluirei Banda Desenhada de todas as partes do mundo, incluindo Manga/Manhwa/Manhua, quer seja em álbum, revista, fanzine ou mesmo webcomic. Para cada mês vou também eleger a melhor BD do mês e um pequeno top das melhores leituras.

Comecemos então pela lista de leituras, aos quadradinhos, de Janeiro:

- "The Pale Horse (cápitulo 4 a 7", de Hae-Yun Choo
Comecei a ler este manga no final do ano pssado e adorei. A arte é excelente, as personagens dão vontade de seguir a história e há mistério, magia e vida em todos os capítulos. Nestes que li em Janeiro, novas perguntas se levantam, mais personagens aparecem e a história promete.

- "Naruto (capítulo 616 e 617.)", de Masashi Kishimoto
Quase desde que comecei a ler manga (em 2002), que sigo o Naruto, uma daquelas séries que duram, duram, duram ... tipo as pilhas Duracel. Apesar de longo, para mim Naruto sempre foi uma história a seguir e a mais recente saga não é excepção. Infelizmente, para mim, os mais recentes capítulos não tiveram o impacto que certos acontecimentos deveriam ter. Houve uma morte muito significativa quem, em qualquer outro momento me teria feito chorar que nem um bebé, mas quando aconteceu, eu não senti nada. Achei que não veio no momento certo e com isso fiquei decepcionada. Depois disso, contudo, certas reviravoltas fizeram melhorar a história uma vez mais.

- "O Regresso (O Corvo 2)", de Luís Louro
Não tendo lido o primeiro volume das aventuras deste super-herói lisboeta, não me senti propriamente perdida. Os episódios deste 'herói' sucedem-se com fluidez e muita sátira, o que fez rir várias vezes, no entanto por vezes a história parecia apensa tocada à superfície. Havia tanto para explorar e a ideia que ficou foi que o autor decidiu se aventurar apenas numa ínfima parte que nem sempre era a melhor escolha. Nessa nota, achei o final um pouco absurdo mas não sei se terá a ver com algo que se tenha passado no primeiro volume. 
A arte esteve bem, especialmente os cenários; senti que visitava Lisboa novamente. Por outro lado, as figuras humanas não tinham grande dinamismo o que por vezes parecia estranho. Apesar disso adorei as referências a outros vigilantes mascarados da BD. Muito bom!

- "Hard Boiled (Tomo 2)", de Frank Miller e Geoff Darrow
Fui agradavelmente surpreendida por esta BD. É uma banda desenhada excelente, tanto a nível visual como narrativo.
A arte de Geoff Darrow é simplesmente fabulosa, cheia de pequenos detalhes que me puseram a olhar par as páginas durante muito tempo, especialmente as de página dupla. 
A história em si está também muito bem desenvolvida e, apesar de não ter lido o primeiro volume antes disto, não tive quaisquer problemas em seguir a trama e captar os pormenores aos poucos. Não houve lugar para info-dumps nem explicações desnecessárias, o que muito agradeci. A história, os diálogos e a arte trabalhavam em perfeita harmonia e o resultado só podia ser algo sensacional.
Daria a esta BD 5 estrelas se não fosse por um pormenor: um salto na acção, que ocorre muito perto do fim e que deixou uma lacuna no enredo, como se faltasse um pedaço.

- "XIII - O dossier Jason Fly (XIII 6)", de Jean Van Hamme e William Vance
Este foi o primeiro livro do "XIII" que li e embora não saiba bem quais eram as minhas expectativas, sei que não esperava isto.
A história não é má, de todo, mas por vezes os diálogos diziam coisas desnecessárias, coisas que a arte poderia muito bem mostrar.
A arte em si é bastante competente, gostei muito dos detalhes e do quão 'bonita' era no geral. No entanto achei que os rostos das personagens não tinham grande expressividade.
No geral foi uma leitura agradável mas pouco memorável.


- "Odemira-te nº2", Ana C. Nunes e André Oliveira e Carlos Rocha e Jackeline Atkinson e Joana Afonso e João Pinto e José Joaquim Vaz e Luís Lourenço Lopes e Luís Guerreiro e Pedro Batista e Miguel Marreiros e Paulo Alexandre Marques e Pedro Araújo de Sousa Batista e Rui Lourenço e Sofia Mota
Esta colectânea dos vencedores do Prémio BD de Odemira, contém vários trabalhos interessantes, com estilos e temáticas bem diferentes. Os meus favoritos foram:
- "Civil" de Luís Lourenço Lopes;
- "Stas Fora" de João Pinto e Miguel Marreiros;

- "Ai esta máfia, esta máfia ..." de Carlos Rocha;
- "Jornal da Pena Capital" de José Joaquim Vaz Ferreira;
- "Velha Persistência" de Joana Afonso;
- "O Guia" de Jackeline Atkinson:
 

- "XIII - Mystery - O Mangusto & Irina", de Xavier Dorison e Éric Corbeyran e Ralph Meyer e Philippe Berthet
Depos de ler "XIII O Dossier Jason Fly" e o ter achado apenas pouco mais que mediano, este volume foi uma muito agrdável surpresa.
A primeira história, "Mangusto" está soberba, tanto a nível de enredo como de arte. Fiquei imersa na história e nas personagens desde o início (excepto na transição presente-passado, que poderia ter sido melhor). Ao longo da história o escritor conseguiu fazer-me sentir empatia com um hitman sem escrúpulos, o que foi fascinante.
Já a história de "Irina" não foi tão excepcional, A arte é boa e funciona muito bem com a história mas o enredo não é muito forte. Não é que seja mau, no entanto não é tão bom como o de o "Mangusto". Ainda assim vale a pena ler pois tem algumas cenas muito boas, especialmente depois de a Irina se juntar ao KGB.
Uma nota final para a edição primorosa das Edições Asa em parceria com o Jornal Público.

- "Zona Nippon 1", de Ana C. Nunes e Ana Oliveira e André Lima Araújo e André Oliveira e Arsia Rozegar e Bruno Bispo e Bruno Ma e Carlos Páscoa e Catarina Guerreiro e Fil e Filipe Duarte e Gabriel Martins e Joana Varandas e João Vasco Leal e Paula Almeida e Pedro Carvalho e Rui Alex e Victor Freundt
Apesar de achar que nem todas as histórias tinham grande ligação com a arte ou os temas nipónicos, no geral este volume está muito bom. Para quem não sabe, uma história minha está também incluída, assim como uma ilustração, mas desses não falo. Hehe!
A maioria das ilustrações estavam curiosas e os trabalhos que mais gostei foram:
- "Sohei" de André Oliveira e Pedro Carvalho;
- "O Cabo (The Cable)" de Carlos Páscoa;
- "Tao" de Bruno Bispo;

- "História Silenciosa" de Filipe Duarte;
- "Nómada" de André Lima Araújo.


- "Odemira-te nº1", de Carlos Sousa Rocha, André Oliveira, David Rafael da Silva, Docuroir Rijmond, Guilherme Luís Gamito, Hugo Filipe Vedes, Idálio Loução, Joana Afonso , José Joaquim Vaz Ferreira, José Miguel Rodrigues, Luís Guerreiro, Maria João Careto, Miguel Marreiros, Paulo Jorge Vicente, Ruben Paulino Lopez, Sara Serrão
Este primeiro volume compilatório dos vencedores do Prémio de BD de Odemira não foi taõ bom como o seguinte. Tinha vários trabalhos de menor qualidade mas, ainda assim, encontrei alguns dos quais gostei particularmente:
- "O Estacionamento" de Carlos de Sousa Rocha";
"Sem Título" de Sara Serrão;
"A Flor" de Joana Afonso.


- "Zona Monstra", de Fil, Hugo Teixeira, Daniel "Pezl" Lopez, R2FL Team, Gabriel Martins, André Caetano, César Évora, JCoelho , Manuel Alves, Tiago Pimentel, Filipe Duarte, João Sousa, Locato, J.B. Martins, Rodolfo Buscaglia, Carla Rodrigues, Miguel Santos, André Oliveira, Rui Ferreira, Bruno Bispo, João Amaral, Pedro Carvalho, Vistor Freundt, Diana David, Ricardo Correia, João Raz, André Lima Araújo, Ricardo Reis
Este é possivelmente o melhor número da Zona que li até agora. Está cheio de exclentes trabalhos, tanto a nível de BD, como de ilustração e até mesmo o poema estava muito competente. Uma nota especial para a magnífica capa. As estrevistas foram um bónus interessante também.
As BDs que mais gostei foram:
- "O que é um Monstro" de André Caetano;
- "O meu namorado" de J.B. Martins e Carla Rodrigues;
- "Animália Paris Je t'aime" de André Oliveira;
- "Um por um (One by One)" de André Oliveira e Ricardo Reis;
- "O Poço (The Well)" de Locato Buscaglia e Rodolfo Buscaglia;


- "Zona Negra 2", Fil, André Adónis, Gabriel Martins, Rui Alex, Catarina Guerreiro, Pedro Carvalho, Carla Rodrigues, Locato , Adelina Menaia, Rodolfo Buscaglia, J.B. Martins, João Figueiredo, Miguel Santos, Ricardo Correia, Sónia Brochado, Diogo Campos, João Raz, André Oliveira, Véte, Miguel Gabriel, R2FL Team, Z!, Diana David, Sónia Oliveira, Manuel Alves, Carlos Páscoa, Ricardo Reis, César Évora
Apesar de não ser tão boa como outras Zona que já li, este volume vale por alguns trabalhos de boa qualidade, como sendo: "Empregado precisa-se" de J.B. Martins e Carla Rodrigues; "Bisonte Canibal" de Z!; "A Carniceira" de Carlos Páscoa; "Despertar" de Gabriel Martins e Rui Alex; "Esquizofrenia" de Locato Buscaglia e Rodolfo Buscaglia.
A capa está fabulosa! A entrevista a Manuel Alves está igualmente muito curiosa e consegui rever-me em certas coisas que ele dizia. No interior as melhores ilustrações foram as de  Catarina Guerreiro e Manuel Alves.

- "Sandman - Master of Dreams 1", de  Neil Gaiman, Sam Kieth, Mike Dringenberg and Malcolm Jones III
Depois de tanto ouvir falar de Sandman pela boca de entusiastas de BD de todo o mundo, finalmente peguei na banda desenhada. Infelizmente não fiquei surpreendida e cheguei mesmo a achar este primeiro fascículo um tanto ou quanto aborrecido. A ideia em si é excelente, mas a execução deixa algo a desejar. A arte é muito boa em certos momento mas noutros sobrepõem-se demasiado a si mesma e perde encanto. Vou ler mais alguns fascículos para ver se melhora mas fiquei decepcionada.

- "X-Men - A Saga da  Fénix Negra", de Chris Claremont e John Byrne
Aqui está uma BD que, apesar de todas as expectativas que cirie em seu redor, não decepcionou. Desde muito nova que sou fã dos X-Men e, apesar de nos ultimos anos me ter distanciado um pouco deste universo, sempre tive muita curiosidade sobre as aventuras deste mutantes. A Saga da Fénix Negra era uma das que sempre ouvi falar mas nunca li. 
A história, apesar de ser mais velha que eu, é muito consistente e cheia de reviravoltas. A arte é fabulosa, por vezes chega mesm a ser brilhante, epsecialmente se tivermos em conta quando foi feita (1980), mas o melhor de tudo é que consegue ter uma boa simbiose com o texto. Embora por vezes os diálogos pareçam estranhos, de uma forma que eu acharia má nos tempos modernos, ainda assim não foi de todo muito mau. A narração, apesar de ser muito literal, nunca foi exagerada, mesmo quando quase tentava ser poética.
O que mais gostei foi de perceber que, mesmo quem nunca tivesse tido qualquer contacto com os X-Men, poderia gostar disto e criar um elo com as personagens.
Um excelente livro de banda desenhada que só não é perfeito porque certos diálogos diziam demasiado e eram muito informativos (info-dump). Uma nota especial para a edição portuguesa e a sua introdução; um excelente trabalho!

- "Porno SuperStar (capitúlos 1 e 2)", de Nanami
Antes que me julguem só pelo título do manga, deixem-me contextualizar-vos. Eu estava no Skype, a pôr a conversa em dia, quando vejo que duas pessoas no grupo estavam a falar em Yaoi (manga que se foca na relação entre dois homem; uma relação gráfica e explícita) e no meio daquela conversa aparece um título que foi impossível ignorar: "Porno SuperStar". Fiquei de 'olhos em bico', como se costuma dizer.Mal podia acreditar que tivessem criado um manga (yaoi ou não) com um nome desses. Então, ainda no Skype, uma das pessoas desafiou a outra a ler o dito manga e eu, curiosa e metediça (que a conversa nem era para mim), fui pesquisar o manga e quando o encontrei atrevi-me a lê-lo.
Acreditem, é quase tão mau como o nome sugere. Quem já leu manga não estranhará muito as personalidades das personagens e, especialmente, quem já leu Yaoi, sabe que há quase sempre um macho bruto e um que mais poderia ser uma mulher sem 'espinha', de tão delicado que é.
Juntemos isso tudo à premissa de que o rapazinho sem 'espinha' gosta do actor porno e, num fatídico dia o vê na rua e desata a dizer (gritar, mesmo) que quer perder a virgindade com o dito cujo, e vocês fazem uma pequena ideia do que isto é.
Diálogos absolutamente surreais, coincidências que 'não lembram ao diabo' e um par de personagens que não têm ponta por onde se lhes pegue, é a receita para este manga. Admiro-me como tive paciência para ler até ao final do capítulo dois. Se querem um bom yaoi, leiam o "Seven Days" de Venio Tachibana e Rihito Takarai.


- "Gaia  (Shadowdancers 60 a 81)", de Oliver Knörzer e Powree
Gosto muito deste webcomic porque tem uma história consistente, interessante, uma arte muito bonita e as personagens são muito curiosas de observar. Nas páginas mais recentes temos desenvolvimentos curiosos apesar de haver algumas cenas que estão um pouco exageradas. Estamos numa fase de transição e o que mais se vê é desenvolvimento de personagens, o que é excelente. Recomendo!



Os melhores do mês foram:

1. Hard Boiled 2
2. XIII Mystery - Mangusto e Irina
3. X-Men - A Saga da Fénix Negra
4. The Pale Horse
5. Zona Monstra

Nota: Manga é BD japonesa, Manhwa é BD coreana e Manhua é BD Chinesa. Webcomic é BD publicada na internet, normalmente de forma gratuita. Fanzines são álbuns ou revistas de BD (normalmente com trabalhos de vários autores/artistas) auto-publicados (sem ajuda de  editoras).

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