quarta-feira, 28 de março de 2012

Alan Moore's Writing for Comics

"Writing for Comics", Alan Moore (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Um pequeno livro em formato comic-book (com poucas páginas) em que Alan Moore (o celebrado autor de "Watchmen", "V de Vendetta", "Swamp Thing", entre outros) fala da sua experiência enquanto guionista de BD e dá algumas dicas sobre a arte de escrever BDs.

Opinião:
Neste pequeno fascículo (quase não se lhe pode chamar livro) Alan Moore fala um pouco sobre todo o processo de criação de um guião.
Apesar de este processo ser bastante pessoal e limitado à forma de trabalhar do autor (e consequentemente poderá não ser interessante para todos os guionistas/escritores), confesso que gostei muito.
É pequeno, conciso mas tem vários pontos de interesse, em que destaco a secção da construção de mundos, da caracterização de personagens e da transição de vinhetas/pranchas.

Apesar de claramente estar direccionado a autores de BD, este livro poderá ser também uma leitura interessante para escritores de prosa e até mesmo para quem não escreve e apenas aprecia a arte da BD.
Talvez por ser curto (apesar de limitado a nível de abrangência) torna-se uma leitura fácil e divertida. Percebe-se a paixão de Alan Moore pela a arte dos quadradinhos e isso passa para o leitor.

Em suma, apesar de se tornar demasiado curta e de cingir á visão do autor (ou não fosse o título "Alan Moore's Writing for Comics") é uma leitura muito interessante com alguns pontos excelentes e algumas técnicas que pretendo reproduzir (nomeadamente a parte da interiorização e caracterização das personagens). Fiquei com vontade de ler mais, apesar de achar que se fosse mais abrangente poderia chegar a um público mais vasto, não deixa ainda assim de ser um manual de dicas de referência para quem pensa aventurar-se na escrita de guiões para a nona arte.

Ilustrações (Juan Jose Ryp):
Num estilo muito americano o artista apresenta-nos uma excelente capa que demonstra perfeitamente o tema do 'livro', sem o auxílio do título,
Já as ilustrações interiores, apesar de igualmente interessantes, muitas vezes nada têm a ver com o texto associado o que cria uma certa discrepância.

2 comentários:

  1. na minha opinião, além de conciso achei ser denso!
    Houve ideias que passaram-me ao lado; mas é curioso que ele tenha optado por uma narração em vez de, digamos, uma demonstração.

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  2. Rui,
    Denso não sei se seria o termo que usaria.
    Pessoalmente gostei da escolha da escrita em narrativa. Talvez se o livro fosse maior me incomodasse, mas como é pequeno achei que ficou interessante e diferente.

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