quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eclipse

“Eclipse” de Stephenie Meyer (Edições Gailivro)

Sinopse:
Ao mesmo tempo que Seattle é assolada por uma série de mortes inexplicáveis e um malicioso vampiro continua a sua busca por vingança, mais uma vez Bella encontra-se rodeada por perigo em Eclipse, o terceiro volume da saga de Luz e Escuridão. No centro de tudo, ela é forçada a escolher entre o seu amor por Edward e a sua amizade com Jacob, sabendo que a sua decisão poderá atiçar a luta intemporal entre vampiro e lobisomem. Com o final do liceu a aproximar-se rapidamente, Bella tem mais uma decisão a tomar: vida ou morte. Mas, qual é qual?

Opinião: 

Este livro foi despontante e isso é bastante evidente se tivermos em conta que demorei cerca de cinco meses a lê-lo, enquanto o anterior volume li em 3 dias.
O que mais me desapontou?Comecemos pela Bella, que a cada novo volume fica mais insuportável, irritante e lamechas. Tudo é culpa dela, o mundo gira à volta dela e ELA é o mais importante de tudo para todos. Por isso é que ela se deve sentir culpada por TUDO, mesmo TUDO. É que não há paciência!
Eu sou a favor de personagens diferentes, realistas e afins, mas para personagem principal, é a mais detestável que eu conheço.
Passando à frente ...
Outra coisa que começou mal foi o Edward. Ao principio ele era irritantemente ciumento (nenhuma novidade), depois, de repente e sem explicação alguma ganhou juízo e começou a deixar de ser ciumento (como por milagre) e decidiu deixar a Bella fazer o que bem lhe apetecesse e até foi “cavalheiro” (pois sim … *sarcasmo intencional*) o suficiente para dizer à Bella que ela podia escolher entre ele e o Jacob que ele aceitaria a decisão dela. Que querido! (*sarcasmo intencional*) Ao longo do resto do livro ele foi ficando mais e mais mansinho, menos stalker, menos ofensivo, mas nunca menos manipulador (mais dissumulado).
E uma das outras personagens que acabou arruinada neste livro foi a minha preferida: o Jacob Black. Neste livro o Jacob passou de um adorável rapaz simpático, sorridente e bem … caloroso, para uma besta controlada pelas hormonas e tão ou mais manipulador que o Edward. O problema não foi ele mudar, porque isso seria aceitável, se houvesse RAZÃO para tal, coisa que não houve. Ele simplesmente acordou um dia, de cu virado para a lua (imagino eu) e decidiu tornar-se uma besta (não lobisomem)

Tivemos um pouco mais de informação sobre a Rosalie e sobre o Jasper. Foi interessante, mas nada de especial, e certamente a forma como estas iformações foram narradas, contribuiram muito para o facto de não interessar muito o que estava a ser dito.
Outra das coisas que me fez a dita comichão foi o facto de todos serem burros porque só a Bella, quase no fim do livro é que percebeu quem andava a trás deles, e porquÊ. E não era nada difícil perceber, com a escrita pouco intrigante da autora, foi das primeiras coisas que eu percebi no livro, logo no início.
E já que estamos neste tema. Um dos (muitos) pontos fracos desta saga é a falta de carisma dos vilões e a falta de ACÇÃO. Finalmente tivemos um pouco de acção mas foi tão … básica que mais valia não ter tido nada como nos outros livros. Já para não falar na reacção da Bella, quando a Victoria foi morta, mas não vamos falar da Bella outra vez.

Bem, agora fica a lista do (pouco) que gostei:
- A cena em que a Bella foi ter com o Jacob e ficaram ambos esclarecidos sobre quem ela escolhia. Foi uma cena bonita e quase (quase) me levou às lágrimas.
- As histórias dos Quilluettes (nem sei se é assim que se escreve).
- A cena da chacina daquela pequena vampira que se tinha rendido, mas que acabou por sucumbir sob as mãos impiedosas (ou nem tanto) dos Volturi.
E sim, é isto, só, o que não foi o suficiente para salvar um livro de +600 páginas da desgraça.

Em suma, este livro foi uma decepção. O relacionamento entre a Bella e o Jacob, que supostamente desabrochou neste livro, pareceu falso e forçado. Sinceramente os sentimentos da Bella pareceram-me tudo menos reais. As mudanças de comportamento do Edward foram bem vindas, mas estranhas e pouco credíveis, o Jacob ficou reduzido a um manipulador abusivo, coisa que não lhe assenta nada bem.
Ainda não sei ao certo se me vou martirizar ainda mais com a leitura do quarto livro, mas é provável que sim, porque afinal é só mais um livro e já que comecei a saga mais me vale terminar e poder ter uma opinião definitiva. Mas antes disso ainda vou deixar passar uns tempos. Não tenho pressa em pegar num livro que sei que vai-me irritar muito (porque já sei de umas coisas …).

Primeiramente publicado no Caneta, Papel e Lápis (2009/07/29).

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