terça-feira, 19 de agosto de 2014

Linhas Cruzadas (antologia)

"Linhas Cruzadas", de Gina Sacramento, Agustina Bessa-Luís, Júlia Pinheiro, Laurinda Alves, Luís Filipe Silva, Manuel João Ramos, Maria Manuel Ramos Pinto, Miguel Esteves Cardoso , Miguel Vale de Almeida, Rui Henriques Coimbra, Rui Zink, Sérgio Coimbra, Alice Vieira, Vicente Maria / Maria Vicente, Carlos Quevedo, Daniel Tércio, Francisco d'Orey, Helena de Sacadura Cabral, João Barreiros, Joao Miguel Fernandes Jorge (Portugal Telecom)

Sinopse:
Antologia que reune contos de vários autores portugueses.

Opinião:
Como já devem saber, eu adoro antologias de contos! Permitem-me conhecer novos autores e podem conter pequenas histórias fascinantes. E há, nas antologias, um sentimento de aventura, já que sabemos, há partida, que iremos encontrar contos que adoraremos e outros que odiaremos. Raras são as antologias que são totalmente boas e, até hoje, não encontrei nenhuma que considerasse uma perda total. Há sempre uma quantidade significativa de bons textos.
E com estas ideias em mente, comecei a ler "Linhas Cruzadas" que se auto-intitula de "Uma antologia de contos PT". Pois, é aqui mesmo, neste subtitulo, que se prende a minha maior decepção com este pequeno livro: este não é uma antologia de contos! É uma antologia de textos mas nem todos, e diria mesmo que nem a maioria, são contos. Muitos são crónicas, opiniões ou ensaios.
Eu nunca gostei de crónicas, assim como não sou grande fão de não-ficção, mas, noutras circunstâncias, talvez este pequeno facto nem me tivesse incomodado, só que acontece que no momento em que decidi ler esta antologia eu queria mesmo CONTOS. E foi grande a minha decepção.

Há, como em todas as antologias, excepções. Descobri apenas uma nova autora cujo trabalho pretendo revisitar em breve: Alice Vieira. Mas também revi outros já conhecidos, como João Barreiros, Luís Filipe Silva e Rui Zink (embora este último não me tenha conseguido cativar). Mas, não querendo menosprezar as crónicas/memórias, tenho de dizer que apreciei as de Carlos Quevedo e Maria Manuel Ramos Pinto.
Os melhores, a meu ver, foram mesmo os da Alice Vieira, que me surpreendeu.

No geral esta antologia decepcionou-me e não me marcou na positiva. O facto de alguns autores parecerem forçar-se a escrever sobre os telefones e as comuncações, não ajudou a que todos os textos tivessem qualidade, mas alguns foram bem conseguidos.
Sinceramente, esperava mais mas consegui ler alguns textos muito interessantes, com conceitos promissores.

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