quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Lisboa no Ano 2000

"Lisboa no Ano 2000 - Uma antologia assombrosa sobre uma cidade que nunca existiu", organizada por João Barreiros, com contos de A.M.P. Rodriguez, Ana C. Nunes, Carlos Silva, Guilherme Trindade, João Ventura, Joel Puga, Jorge Palinhos , Michael Silva, Pedro Afonso, Pedro G.P. Martins, Pedro Vicente Pedroso, Ricardo Correia, Ricardo Cruz Ortigão, Telmo Marçal.

Sinopse:
Bem-vindos à maior cidade da Europa livre, bem longe do opressivo império germânico. Deslumbrem-se com a mais famosa das jóias do Ocidente! A cidade estende-se a perder de vista. O ar vibra com a melodia incansável da electricidade.
Deixem-se fascinar por este lugar único, onde as luzes nunca se apagam, seja de noite, seja de dia. aqui a energia eléctrica chega a todos os lares providenciada pelas fabulosas Torres Tesla.
Nuvens de zepelins sobem e descem com as carapaças a brilhar ao sol. Monocarris zumbem por todo o lado a incríveis velocidades de mais de cem quilómetros à hora. O ar freme com o estímulo revigorante da electricidade residual. Bem-vindos ao século XX!
Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos.


Opinião:
Demorei o meu rico tempo a ler a antologia da qual também faz parte um conto meu, mas deixem-me explicar-vos porquê: a antologia é bastante volumosa e eu decidi ler espaçadamente os contos, entre outras leituras. Podia tê-la lido toda de uma vez, mas não quis. E agora finalmente terminei.

Lisboa no Ano 2000 é um reinventar da capital portuguesa, como esta teria sido imaginada pelos autores do final do século XIX (com a monarquia ainda no poder e a electricidade como fonte de energia única). João Barreiros deu as regras e os outros autores exploraram os seus limites.

Fiquei agradavelmente surpreendida com alguns dos contos. Tive a oportunidade de conhecer, pessoalmente, quase todos os escritores (ou mesmo todos, se não estou em erro) e a grande maioria das histórias da antologia estão muito boas. Todas muito imaginativas.
Como em quase todas as antologias, existem uns contos que gosto mais que outros; os meus favoritos foram:  "Dedos", A.M.P. Rodriguez; "Energia  das Almas", João Ventura; "A Rainha", Pedro Vicente Pedroso; "Taxidermia", Guilherme Trindade; "Ex-Machina", Michael Silva; "Chamem-nos Legião", João Barreiros.

Podem ver as opiniões individuais nos posts que fiz para cada um dos contos:
"O Turno da Noite", João Barreiros- opinião (na Bang! 10)
"Venha a Mim o Nosso Reino", Ricardo Correia - opinião
"Os Filhos do Fogo", Jorge Palhinhos - opinião
"Dedos", A.M.P. Rodriguez - opinião
"As Duas Caras de António", Carlos Eduardo Silva - opinião
"Electro-dependência", Ana C. Nunes (o meu conto)
"Nanoamour", Ricardo Cruz Ortigão - opinião
"Energia  das Almas", João Ventura - opinião
"Fuga", Joel Puga - opinião
"Tratado das Paixões Mecânicas", João Barreiros - opinião
"O Obus de Newton", Telmo Marçal - opinião
"Ex-Machina", Michael Silva - opinião
"A Rainha", Pedro Vicente Pedroso - opinião
"Taxidermia", Guilherme Trindade - opinião
"Quem Semeia no Tejo", Pedro G.P. Martins - opinião
"Coincidências", Pedro Afonso - opinião
"Chamem-nos Legião", João Barreiros - opinião

Em suma, Lisboa no Ano 2000 é uma antologia surpreendente, cheia de histórias imaginativas. Uns contos agradaram-me mais que outros, como sempre acontece, mas recomendo vivamente. E, claro que, esta opinião é independente da minha participação na mesma.
Já agora, se leram ou lerem a antologia, agradecia que deixassem comentários a dizer o que acharam dela num todo e também do meu conto. :)

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