quarta-feira, 29 de maio de 2013

Um Blues Mestiço

"Um Blues Mestiço", de Esi Edugyan (Porto Editora)

Sinopse:
Se não contares a tua própria história, alguém o fará. E possivelmente fá-lo-á mal...
Paris, 1940. Em plena ocupação alemã, Hieronymous Falk, um jovem e brilhante trompetista de jazz, é detido num café, desaparecendo completamente de circulação. Tinha apenas vinte anos, era cidadão alemão e... negro.
Cinquenta anos depois, Sid, antigo companheiro de banda e única testemunha desse fatídico acontecimento, ainda se recusa a falar do assunto. No entanto, quando Chip, outro ex-companheiro, lhe mostra uma misteriosa carta que recebeu de Hieronymous, vivo e de boa saúde, Sid enceta uma dolorosa viagem ao passado. Da agitação dos bares clandestinos da Berlim do início da Segunda Guerra aos salões de Paris, irá reviver a paixão pela música, a camaradagem e a luta diária de então, mas também as invejas, as traições em nome da arte e o sentimento de culpa...
Um romance extraordinário sobre o mundo do jazz, mas também sobre os limites da amizade, o racismo e a fragilidade dos que vivem à margem.


Opinião:
Já há algum tempo que não me custava tanto terminar um livro. E foi com pena, acreditem. A premissa para este livro é muito boa e, bem vistas as coisas, a história central é interessante, mas o problema reside na prosa.
Antes de mais, convém dizer que li o livro em inglês, e não foi fácil. Já li centenas de livros em inglês e nunca tive grandes dificuldades, mas este testou a minha paciência. Acontece que o livro está escrito num tom afro-americano, que tem tudo a ver com os Blues e o Jazz, mas que me irritou profundamente. Especialmente porque notava mais o 'sotaque' no texto corrido, do que nos diálogos, o que, verdade seja dita, não faz sentido nenhum!


O que gostei mesmo neste livro, foi o facto de falar de um tipo de descriminação nazi que raramente é mencionada. A caça aos pretos. Ora, sendo que este foi um tema que sempre me interessou, estava entusiamadíssima com este livro. E, em parte, recebi o que procurava. A autora fala da segunda guerra, fala da perseguição aos pretos alemães, da dificuldade de sair do país (ou mesmo dos países), do constante medo de serem apanhados. E nisso o livro saiu-se bem.
Mas apesar do tema sensível e das mil e uma possibilidades da premissa, a autora não conseguiu surpreender e, pessoalmente, achei que as personagens tinham falta de carisma, de algo único, de ... personalidade. Não é que fossem todas iguais, mas eram demasiado lineares.

Mas o pior, para mim, foi mesmo a prosa. A autora perdia demasiado tempo a descrever cenas sem interesse, que pouco ou nada faziam para impelir a história seguir rumo, e depois, nas cenas em que realmente o leitor poderia ter interesse, ela saltava a acção, completamente. Isto aconteceu várias vezes! Era como se autora fugisse aos momentos que realmente poderiam marcar a diferença. Inacreditável!
Outra coisa inacreditável foi a forma como a autora escolheu, quase no fim do livro, revelar o que tinha acontecido aos antigos membros da banda. E contou-nos isto em dois parágrafos. Preciso dizer mais alguma coisa?
Passou o livro inteiro a mostrar-nos cenas sem grande interesse, e quando revela algo tão importante e tão passível de criar simpatia, escreve-o em dois parágrafos desprovidos de sentimento. muito mau!

Fora isto, o final foi bastante bom e quase poderia redimir o livro, mas não foi o suficiente.

"Um Blues Mestiço (Half Blood Blues)" não é um livro mau, mas também não e um livro bom. Peca pela colecção de cenas extensas sem grande importância, e pela imensidão de cenas interessantes que falha em explorar. Ainda assim, o tema é muito interessante e gosto da forma como a autora abordou o jazz. Não posso dizer que aconselho a leitura, mas poderá ser um livro curioso para quem goste de jazz.

Capa, Design e Edição:
A minha capa é a da direita e acho que tem o ambiente certo para o romance. Não é nada que fique na memória, mas funciona bem. Já a capa portuguesa me agrada bastante mais. É simples, eficiente e cria uma história por si só.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Mapa do Tempo

"O Mapa do Tempo (Trilogia Victoriana 1)", de Félix J. Palma (Editorial Planeta)

Sinopse:
Londres, 1896. Inúmeros inventos convencem o homem de que a ciência é capaz de conseguir o impossível, como o demonstra o aparecimento da empresa Viagens Temporais Murray, que abre as suas portas disposta a tornar realidade o sonho mais cobiçado da humanidade: viajar no tempo, um anseio que o escritor H. G. Wells tinha despertado um anos antes com o seu romance A Máquina do Tempo. De repente, o homem do século XIX tem a possibilidade de viajar até ao ano 2000, e é o que faz Claire Haggerty, que vive uma história de amor através do tempo com um homem do futuro. Mas nem todos querem ver o amanhã. Andrew Harrington pretende viajar até ao passado, a 1888, para salvar a sua amada das garras de Jack, o estripador. E o próprio H. G. Wells enfrentará os riscos das viagens temporais quando um misterioso viajante chegar à sua época com a intenção de assassiná-lo e roubar-lha a autoria de um romance, obrigando-o a empreender uma desesperada fuga através dos séculos. Mas que acontece se alterarmos o passado? É possível reescrever a história?

Opinião (audiolivro):
Comentar este livro é difícil. Por um lado adorei o enredo e as suas personagens, amei a forma como o autor escolhei encadear a história e como manipulou o leitor. Mas, por outro lado, achei que o livro se estendeu demasiado, que o narrador contava coisas que não 'lembravam ao diabo' nem interessavam a ninguém, e que, claramente, só lá estavam para 'encher chouriços'.
Daí que, ainda hoje, me seja difícil decidir até que ponto gostei deste livro.

A história é soberba. Está muito bem estruturada e está sempre a testar a percepção do leitor. Raramente existem momentos mortos, e quando os havia, eram rapidamente ultrapassados. O que mais gostei foi mesmo o jogo que o autor fez com o leitor. Tão depressa acreditava que realmente as viagens no tempo existiam, como pouco depois já achava que eram impossíveis, e depois voltava a acreditar. Muito bom!
Foram duas as coisas que não gostei. Uma não gostei mesmo, outra desgostei por razões que se prendem com a minha forma de ver a literatura, e não porque o autor a tivesse usado mal.
A primeira tem a ver com os já mencionados 'tempos mortos'. Por vezes o narrador punha-se com descrições de não-cenas que podiam começar engraçadas, mas inevitavelmente acabavam por aborrecer rapidamente. Como quando duas personagens estavam a envolver-se romanticamente num quarto de uma estalagem, e o narrador decidiu pôr-se a descrever o corredor e o dono da estalagem, que nunca mais apareceu na história, nem teve a mais pequena relevância.
Bem sei que isto se prende com o estilo da história, mas não gostei.
O segundo ponto tem a ver com o facto de o autor usar figuras histórias no seu romance. E se algumas não me incomodam nada, por o seu papel ser relativamente ténue, já outras me incomodaram por serem, bem ... principais. Refiro-me especificamente ao H.G.Wells. Sim, o escritor!
Ok, há que admitir que o autor o usou de forma soberba, mas continuo a achar que teria tido o mesmo impacto se a personagem se chamasse George Bennet, ou outro nome qualquer. Isto porque o autor tomou milhentas liberdades com a vida e personalidade do escritor, acabando por o tornar seu, e assim corrompendo-o, a meu ver. Bem, provavelmente sou das poucas pessoas que pensa assim, mas não gosto de ver pessoas já falecidas retratadas assim (ficticiamente, com tantas liberdades históricas pelo meio). Faz-me impressão.

E por falar em personagens, neste livro temos um enorme rol de personagens fantásticas. Quase todas acabaram por se destacar, de uma forma ou de outra, e é impossível escolher uma favorita.

A prosa do autor é linda e muito evocativa. Agarra o leitor e não o larga. E este livro é muito grande! Eu não o li, verdade! Ouvi-o. Mas isso não me impediu de desfrutar da escrita do autor e, não fossem pelas cenas desnecessárias que de vez em quando surgiam, este poderia mesmo ter-se tornado um dos meus livros favoritos.

Ou seja, como vêem estou dividida. Gostei muito da histórias, ou melhor dizendo, das histórias; das personagens e da escrita do autor, mas algumas coisas impediram-me de realmente amar este livro. Ainda assim, aconselho toda a gente a ler/ouvir este belíssimo livro. Vale a pena!

Narração (James Langton):
O narrador deve ter sido escolhido a dedo para este livro, pois não se podia pedir alguém mais apropriado. A voz de James Langton está em perfeita sintonia com o narrador de "O Mapa do Tempo" e dá gosto ouvir este audiolivro.
Mesmo não tendo grande ginástica vocal para entoar diferentes personagens, sendo que o livro é muito narrativo, ele saí-se muito bem em quase toda a história.
Recomendo a versão audiolivro, se tiverem oportunidade de a adquirir.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Two Moons of Sera 1

"Two Moons of Sera - Volume 1", Parvati K. Tyler (ainda não disponível em Portugal)

Sinopse (inglês):
In a world where water and earth teem with life, Serafay is an anomaly. The result of genetic experiments on her mother's water-borne line Serafay will have to face the very people responsible to discover who she really is. But is she the only one?

Opinião (ebook):
Sabe bem ler uma história que nos remete um pouco para a infância, para os contos de fada, para a imaginação. "Two Moons of Sera" não é uma história infantil, mas tem aquela mágica das fábulas e não deixa de ser um pouco inocente.
A premissa é curiosa, embora um pouco mal explorada. Temos criaturas marinhas, espécies de sereias (mas que podem ser bem perigosas) e temos os humanos, que tanto parecem ser bárbaros, como mostram ter tecnologia muito avançada.

O principal ponto fraco do livro, é mesmo a construção do mundo. Isto porque a autora nunca é muito clara em relação à cultura de nenhum dos povos. E o leitor não sabe muito bem porque os humanos e as criaturas do mar estão em disputa. pelo menos não neste primeiro livro. E é possível que isso seja explicado nos restantes (são 4, no total), mas deveria haver mais informação nesta primeira parte.


A história é simples: rapariga conhece rapaz, rapariga gosta de rapaz, rapaz gosta de rapariga, e depois tudo descamba quando eles se vêem envolvidos numa guerra. Como vêem, a premissa é simples, mas a escritora consegue torná-la interessante, muito graças à Serafay, que é uma protagonista que dá vontade de apoiar.
Outro problema com a história, e a sua credibilidade, parece no momento em que eles conhecem outros humanos. Temos humanos com tecnologias avançadas, que são organizados o suficiente para saberem que equipas estão em que terrenos, mas depois basta a Serfay dizer-lhes que ela e Tor estão a viver na floresta, sozinhos, há mais de um ano, e eles acreditam? Nem confirmam nas bases de dados, e não questionam mais que o básico. Impossível! A minha credulidade tem limites e o livro, para mim, perdeu muitos pontos a partir desta fase.
Eu entendo o que a autora quis fazer: mostrar-nos o lado dos humanos, mas ao menos podia ter-se esforçado para tornar os acontecimentos mais credíveis.

A nível de personagens, posso dizer que Serafay e Tor estão bem construídos e, juntamente com o Elgon (o cão que não é bem cão), acabam por dar vida à história. No entanto existem certos pormenores de construção das personagens, que eu acho que sõ imperdoável. Senão vejamos: nas primeiras vezes que Tor e Serafay se encontram, fica claro que Tor não fala, só grunhe. O leitor entende que ele compreende as palavras, mas que não as fala há muito tempo e por isso lhe custa comunicar. Até aqui, tudo bem. Mas depois acontece que Tor e Serafay passam um dia juntos e no fim desse dia ele já fala com naturalidade. Ora, eu sou crente mas nem tanto! Está bem que quem já sabia falar, só precisa relembrar, mas não é num dia que se passa de grunhidos para palavras coesas.
A autora, depois disso, continua a fazer com que ele não fale em certas alturas, mas é raro e ele passa logo a falar muito bem. Não faz sentido!

Já no que diz respeito à escrita da autora,  e porque já disse quase tudo que tinha para dizer, tenho apenas que acrescentar que tende a ser muito literal e não confia muito no discernimento do leitor para descobrir certas coisas sem que tenha de se lhe espetar as coisas na cara. Não fiquei grande fã da escrita, confesso, mas também não foi algo que me repelisse.

Mas apesar de todas estas falhas, gostei desta história e fiquei com vontade de ler o resto, até porque é impossível não querer continuar, já que este não é tanto o primeiro de 4 livros, mas a primeira de quatro partes e não faz sentido ler a primeira se não se lerem as restantes porque se fica na corda bamba. Posso mesmo dizer que a primeira metade deste livro foi fabulosa, e a segunda foi fraca! Não há melhor maneira de definir esta história, para já.

Capa, Design e Edição:
Tendo lido a versão ebook deste livro, posso dizer gostei do uso de cabeçalhos a separar os capítulos (que não eram numerados), a formatação também estava bem feita, o que permitiu uma boa leitura no meu Kindle 3. A capa está gira e enquandra-se muito bem com a história.

Booktrailer:

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Vida aos Quadradinhos - Abril

Mais um mês terminado, mais algumas BDs lidas. Excelentes leituras, de trabalhos que já conhecia, e algumas novas descobertas; outros que me decepcionaram, mas no geral foi um bom mês para os quadradinhos. E vocês? O que leram este mês?


- Hush Hush, de Becca Fitzpatrick e Jennyson Rosero
Sem nunca ter lido o romance que inspirou esta BD, comecei a ler esta Novela Gráfica sem saber virtualmente nada sobre a história ou as suas personagens, e acredito que isso foi uma coisa boa.
A história em si, fluiu bem durante toda a BD, embora as aulas de Educação Sexual se prolongassem mais do que deviam (a autora não arranjou melhor maneira para eles interagirem e se conhecerem, que não através das aulas de Educação Sexual? A sério?) e aquela cena inicial no passado tivesse ficado por esclarecer, e daí tenha parecido absolutamente desnecessária. Algo cujo único propósito pareceu ser mostrar o Patch em tronco nu (diria mesmo, quase todo nu). Enfim, acredito que essa cena tenha alguma relevância nos volumes futuros, mas como ficou sem seguimento neste primeiro volume, acabou por ser palha (eye-candy for the fangirls).
Tendo dito isto, eu compreendo que o primeiro volume seja apenas uma introdução, embora me pareça que poderia ter acontecido mais nas 120 páginas que esta BD ocupou.

Gostei da arte, apesar de por vezes o estilo não estar tão apurado em todas as vinhetas. E, como já mencionei a cena a nível de enredo, há também que referir que a cena inicial, a nível de arte, apesar de apelativa, não deixa de ser ... estranha. Senão, analisemos, o Patch aparece em tronco nu, com umas calças tão descidas que não escondem (ou não deveriam esconder) nada. Por isso, das duas uma, ou o Patch não tem partes masculinas (o que faria sentido, se ele é verdadeiramente um anjo), ou ele devia etsar imensamente desconfortável naquelas calças. Também notei que alguns desenhos da Nora são feitos com o mesmo propósito, de fazer a persoangem sexy, sem qualquer razão aparente.
No geral gostei de ler esta BD e pretendo ler o segundo volume. As personagens estavam bem expostas, as cenas bem encadeadas e a história (apesar de ter pouco de original), ao menos parece focar-se bem nos protagonistas e a Nora é, para já, uma rapariga que parece ter mais juízo que outras protagonistas de histórias semelhantes (*coff*Bella*coff*). Assim sendo, recomendo a leitura aos fãs da série e a quem tenha curiosidade.

Por último fica um agradecimento à Sea Lion Comics que me disponibilizou a BD para leitura.


- Gakuen Alice capítulos 138 a 142, de Tachibana Higuchi
Muito aconteceu nos últimos volumes de Gakuen Alice e este arco da história termina de uma forma que me aperta o coração, enquanto fã da série. Sabem aquelas histórias que parece que finalmente vão virar para o melhor e de repente tudo fica ainda pior que antes? Pois Gakuen Alice faz isto constantemente, mas fá-lo tão bem, que não consigo largar a série.
Depois de tão trágico final, as coisas acalmaram um pouco mas quem segue a história sabe que será sol de pouca dura e eu mal posso esperar para saber o que se segue. Se não conhecem este manga, experimentem!

- Gaia -webcomic- fim cap. 2 e início cap. 3, de Oliver Knörzer e Powree
Quanto mais leio esta BD, mais admiro a arte. As personagens têm traços simples mas distintivos e os fundos são belíssimos, além das cores que são lindas.
Mas mais que a arte, a história está muito bem aprofundada, apresentando personagens ricas e interessantes, assim como um enredo bem estruturado e que mantém o leitor ligado à história. Aconselho a lerem!

- The Young Protectors - webcomic - pág. 28 a  62 (+8), de Alex Woolfson e Adam DeKraker e Veronica Gandini
Apesar de não ser tão bom como o Artifice (do mesmo criador), The Young Protectors não é mau. A arte é muito boa e a história, embora se estranhe um pouco certas cenas, acaba por ser agradável. Atenção que esta BD, tal como o Artifice é shounen-ai, ou seja, retrata relações homossexuais (não explícitas). Tenho de admitir, no entanto, que não sinto que os dois protagonistas tenham química e isso é mau, e já por várias vezes ponderie deixar de ler esta BD. A única razão porque não o fiz é por querer mesmo descobrir se o Destroyer está mesmo interessado no nosso herói, ou se só está a brincar com ele.

- Morning Glories 1, de  Nick Spencer e Joe Eisma
Aqui está uma BD que me apanhou de surpresa! Adorei este primeiro volume. A arte não é extraordinária, mas é bastante boa, depois de nos habituarmos. A história central é excelente, cheia de reviravoltas, segredos, e excelentes personagens que foram muito bem desenvolvidas (umas mais que outras, mas quase todas tiveram os seus momentos).
Não posso dizer muito mais sem estragar a surpresa mas estou desejosa de ler o segundo volume e tentar descobrir mais pistas para desvendar o segredo da academia. Só espero que não decepcione!
E fica também um apontamento para as belíssimas capas do Rodin Esquejo.

- House of Night: Legacy (House of Night 1 a 5), de P.C. Cast e Kristin Cast e Joëlle Jones e Karl Kerschl
Tendo apenas lido as primeiras páginas de Marcada, o primeiro livro da série Casa da Noite (House of Night), não posso dizer que tinha muita curiosidade nesta adaptação a BD. No entanto, achei que podia dar uma segunda oportunidade a esta série, se fosse em BD e assim fiz.
Mal sabia eu que, na verdade, esta Novela Gráfica não adapta o primeiro livro, mas antes ilustra uma história original, passada algures antes ou a meio do segundo volume (já não me recordo ao certo qual dos dois é).
Assim sendo, fiquei meia perdida logo no início. Esta BD foi claramente feita para quem é fã da série, pois pouco explica do que são os vampyros (sim, é assim que lhes chamam, e não me perguntem porquê), como são escolhidos, ou como aquelas personagens ali foram parar.
Felizmente, como eu já tinha lido alguma coisa, não me encontrei totalmente à deriva.
Confesso que não achei grande mérito nesta BD. A história (central) é praticamente inconsequente, cheia de clichés e sem grandes acontecimentos dignos de nota. As personagens (os jovens) são aborrecidos, uni-dimensionais e não me deixaram qualquer vontade de ler a série. Portanto, como chamariz para a série, esta BD falhou redondamente. Contudo, houve algo que gostei, e que fez com esta BD não fosse uma completa perda de tempo: as histórias do passado dos Vampyros.
Apesar de eu ter achado um pouco ridículo o facto de as autoras parecerem tentar passar a mensagem que toda e qualquer mulher de relevância na história do mundo, ou na mitologia, ter sido uma vampyra (e porquê só mulheres, já agora?), gostei bastante de como adapatarm as histórias e criaram algumas cenas muito interessantes.
Já para não falar do belíssimo trabalho que os ilustradores fizeram nestas histórias, usando em cada uma das quatro, um estilo diferente, tanto no desenho como na pintura. Trabalhos belíssimos e que se mostraram fiéis às histórias/tempos originais.
E já que falo na arte ... bem ... sinto-me dividida, pois se em momentos  arte é de cortar o fôlego, noutros é absurdamente amadora. E não há explicação para isto, já que se trata do mesmo ilustrador. Uma última nota para as belíssimas capas.
Enfim, para fãs da série, é provável que seja uma leitura recomendável, mas para os restantes, não vale a pena.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Resultado do Passatempo

Ontem terminou o passatempo "Angel Gabriel - Pacto de Sangue".
Foram 133 participações! Obrigada a todos!

E agora há que anunciar os vencedores:
nº 22 - Vera Neves
nº 72 - Paulo Teles
nº 120 - Carina Monteiro

Parabéns aos três!

Mas não terminei. Lembram-se que eu disse que quanto mais divulgassem, mais hipóteses tinham de ganhar? Pois bem, a minha intenção com este passatempo era também espalhar a palavra sobre o meu romance e por isso reservei um exemplar especial para a pessoa que mais divulgou. E essa pessoa foi:

nº 80 - Vítor Frazão

Parabéns!

Entrarei em contacto com os quatro para receberem o vosso exemplar.
E, claro, obrigada a todos os que participaram. Lembrem-se que o meu romance, "Angel Gabriel - Pacto de Sangue", está disponível por apenas 2,30€ (ou 2,99 USD) em todos os grandes distribuidores de ebooks. Aqui ficam algumas lojas
- Smashwords (vários formatos);
- Amazon US, UK, DE, FR, ES, IT, JP, CA, BR;
- Kobo Portugal (o ereader da Fnac);
- iTunes store (Apple);
- Livraria Cultura;
- Indigo;
- Diesel Ebook Store;
- Directamente da autora: anacorvonunes@gmail.com (indiquem formato desejado).

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