quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lover Avenged

"Na Sombra da Vingança (Irmandade da Adaga Negra 7)", de J.R. Ward (Contraponto)

Sinopse (em inglês):
Caldwell, New York, has long been the battleground for the vampires and their enemies, the Lessening Society. It's also where Rehvenge has staked out his turf as a drug lord and owner of a notorious night club that caters to the rich and heavily armed. His shadowy reputation is exactly why he's approached to kill Wrath, the Blind King and leader of the Brotherhood.
Rehvenge has always kept his distance from the Brotherhood-even though his sister is married to a member, for he harbors a deadly secret that could make him a huge liability in their war against the lessers. As plots within and outside of the Brotherhood threaten to reveal the truth about Rehvenge, he turns to the only source of light in his darkening world, Ehlena, a vampire untouched by the corruption that has its hold on him-and the only thing standing between him and eternal destruction.

Opinião (li o livro em Inglês, "Lover Avenged"):
O Rehvenge, assim como o Phury (do Na Sombra do Amor * Lover Enshrined) nunca foi uma personagem que me interessasse muito nesta saga, mas como gosto de ler as sagas por ordem, não havia como fugir a este livro.
Embora não de forma tão denotada como no volume anterior, também neste livro a autora deixou um pouco de parte o casal principal (e só espero que não aconteça o mesmo nos livros seguintes). Apesar de o Rehvenge ter tido até bastante desenvolvimento e a Ehlena não ter sido propriamente esquecida, fiquei com a sensação de que a relação entre os dois precisava de muito mais desenvolvimento, pois temos muitas cenas com eles separados, mas poucas com eles juntos o que torna o final um pouco duvidoso.

Mas vamos por partes.
A história progride de forma muito interessante, introduzindo novas situações que tenho a certeza que são o pilar para os próximos livros. Gostei da parede relativa à comunidade Sympath, mas sinceramente queria ter sabido muito mais sobre eles. O pouco que sabemos é através do Rehvenge e não é nada de específico.
A autora voltou a dar grande destaque a todas as personagens, mas as mais destacadas neste volume foram o Wrath, o John e a Xhex. Pessoalmente gostei de voltar a ler sobre o Wrath e do que isso significou para ele, para a Beth, para a Irmandade e para a história (adorei o cão). A história da Xhex também me agradou, mas em contrapartida o John foi uma decepção. Aquele que era o único homem mais sensível e acessível da Irmandade, passou a ser uma besta como tantos outros. Na minha opinião teria sido muito mais interessante se ele tivesse ultrapassado o que se passou com mais garra e não virando as costas ao Thor e depois andar a *SPOILER* 'deitar-se' com tudo o que é gaja.
Outra coisa que não gostei mesmo nada foi a decisão de autora se repetir. Não em termos factuais, mas de enredo. Primeiro foi a Bella raptada (no 2º livro), depois o Rehvenge e a Princesa (neste livro) e agora a Xhex, que ainda por cima, claramente, vai ser salva pelo Jonh, tal como a Bella foi pelo Zsadist. Será que a J.R. Ward ficou sem ideias? Existiam tantas formas de desenvolver o relacionamento dos dois. Para quê repetir-se?

Por outro lado, o romance principal pareceu-me pouco mais que ameno e sinceramente algumas partes não me convenceram, especialmente no final. Acho que os dois precisavam ter tido mais tempo juntos e não tanto separados para que a relação fosse mais plausível.

A escrita da autora continua igual. Muito acessível e cheia de nomes de marca (então quando o Rehvenge entrava em cena é que era!), mas felizmente neste volume o número de siglas irritantes diminuiu drasticamente (e como isso me alegrou).

Em suma, apesar de todas estas queixas gostei deste volume. Não foi o melhor da saga, mas também não foi o pior e o facto de autora não saturar o leitor somente com o romance central, é para mim uma mais valia.
Fica a vontade de ler o próximo (Lover Mine) e a esperança que o John seja então uma personagem mais agradável do que foi neste volume (volta John!).

Capa (versão inglesa), Design e Edição:
Gostei do detalhe dos olhos lilás na capa, mas não percebi porque é que neste livro não têm um casal na capa, como nos anteriores. Acaba por destoar um pouco do resto da saga.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Criaturas Maravilhosas (parcial)

"Criaturas Maravilhosas (Caster Chronicles 1)" de Kami Garcia e Margaret Stohl (1001 Mundos)

Sinopse:
Lena Duchannes é diferente de qualquer pessoa que a pequena cidade sulista de Gatlin alguma vez conheceu. Ela luta para esconder o seu poder e uma maldição que assombra a família há gerações. Mas, mesmo entre os jardins demasiado crescidos, os pântanos lodosos e os cemitérios decrépitos do Sul esquecido, há um segredo que não pode ficar escondido para sempre.
Ethan Wate, que conta os meses para poder fugir de Gatlin, é assombrado por sonhos de uma bela rapariga que ele nunca conheceu. Quando Lena se muda para a mais infame plantação da cidade, Ethan é inexplicavelmente atraído por ela e sente-se determinado a descobrir a misteriosa ligação que existe entre eles.
Numa cidade onde nada acontece, um segredo poderá mudar tudo.

Opinião Parcial (audiobook):
Em 2010 este foi um dos primeiros livros que tentei escutar (em audiolivro), mas porque naquela altura a minha capacidade de concentração não estava muito apurada, acabei por o deixar de parte, mantendo sempre a lembrança de que tinha gostado do pouco que escutara. E foi por isso que este ano regressei ao audiolivro, contando terminá-lo pois sabia que já conseguia escutar um livro inteiro sem me distrair e esquecer de detalhes (não de seguida, que são muitas horas).

Por isso foi com gosto que pus os auscultadores e tornei a ouvir a voz de Kevin Collins, acompanhada por ocasionais músicas (relacionadas e intrínsecas à narrativa) e efeitos sonoros (que, acreditem, davam outra vida à narração).

Infelizmente isto não foi suficiente para me manter agarrada à história e acabei por abandonar a 'leitura' depois de 1/4 do livro estar escutado.

A história é a mais típica que se vê nos romances fantásticos para jovens-adultos nos dias que correm, só que com os papeis invertidos. Em vez de ser o rapaz o novo e misterioso aluno na escola, é a rapariga. A cidade é pequena e toda a gente sabe da vida de toda a gente e, claro, como não podia deixar de ser, a nova rapariga é vista com maus olhos assim que chega. Pior ainda ... a cidade toda vira-se contra ela logo no primeiro dia, sem nenhuma razão aparente.
Apesar de o mistério ter algumas coisas interessantes e de ao menos o sobrenatural parecer ser diferente do comum (não devem ser vampiros nem lobisomens), tudo o resto na história é banal e já foi repetido milhares de vezes, o que e cansou rapidamente.

As personagens não são melhores que a história. Embora o Ethan pareça interessante, também parece perfeito demais (enquanto os outros jovens todos olhavam para a Lena e pensavam "sexo" ele pensava "ela viajou pelo mundo e deve ter muito para me contar". A sério? incredulidade ao máximo.
Mas pior que isto é o facto de ele não achar nada estranho quando coisas fora no normal começam a acontecer, como sendo: a Lena a controlar o tempo, ele e a Lena a falarem telepaticamente, as viagens ao passado. Para quem sempre tinha vivido uma vida normal, ele levou tudo muito bem, sem sequer parar para pensar: "Mas que m#$& está a acontecer?" (como qualquer pessoa 'normal' faria).
A Lena por sua vez, pelo menos na parte do texto que ouvi, é uma personagem sem grande personalidade e, sinceramente, não me cativou de todo.
O Tio Macon, a Amma  e o pai do Ethan, pareciam, de longe as melhores personagens, mas não foram suficientes para me manter no livro. E não posso deixar de referir, uma vez mais, que a cidade toda devia estar cheia de gente má, porque parecia não haver ninguém a gostar da Lena. Impressionante!

A escrita das autoras era adequada ao público (Jovem-adulto) mas focava-se demasiado em pormenores como: a roupa que as personagens vestiam, as músicas que elas escutavam, ou seja ... coisas um pouco banais. No entanto isso não me incomodou muito. Até gostei do tom narrativo utilizado, mas a história em si não tinha quase nada que me fascinasse.

Em suma, este foi um livro que me decepcionou bastante. De tanto ouvir falar neste "Criaturas Maravilhosas" esperava algo diferente, mais único e não mais uma história repetida em mil outros livros, onde os protagonistas (coitadinhos) são enxovalhados por uma cidade inteira e o protagonista normal aceita tudo o que é anormal como se não fosse nada de mais.
Ainda assim, se forem ler esta história eu aconselho o audiolivro que está muito bom (mas nem isso salva a história).
Eu queria muito gostar deste livro, mas não consegui e depois de 4h20 a escutar o audiolivro, mais de 1/4 da história passada, desisti porque tenho livros melhores para ler/escutar e sabia que, caso tivesse lido o livro em versão física, há muito que o tinha largado.

Narração (Kevin Collins):
O narrador consegue dar vida ao texto, tanto na narrativa como nos diálogos, onde se esforçou por dar um sotaque muito interessante às personagens. Os efeitos sonoros na versão audiobook estão também muito bons (os trovões, os pesadelos, etc) e a música (16 moons) também está bastante atmosférica (embora a minha versão favorita seja a do trailer alemão).
Posso dizer convictamente que, não fosse pela narração do Kevin Collins, eu teria abandonado esta leitura muito antes. E isso já diz tudo. Infelizmente nem isso é suficiente para salvar uma história cheia de 'lugares comuns'.

Booktrailer (português) e vejam também o trailer alemão que vale a pena:
Criaturas Maravilhosas - www.wook.pt

domingo, 20 de maio de 2012

O Diabo dos Anjos

"O Diabo dos Anjos", de L.C. Lavado (ainda não publicado)


Sinopse:
Numa viagem a Itália que tem tudo para ser perfeita, um Livro transforma-se num desastre que traz anjos à Terra, um gato com estranho senso de humor, novas dores de cabeça para Henrique, mais loucura a Amanda e uma missão celestial que é apenas o início dos problemas para os dois.
Henrique e Amanda nada têm em comum... excepto 17 anos das suas vidas selados com uma promessa de aventura..
Depois de oito anos de silêncio o acaso volta a juntar-lhes o caminho.
Henrique olha com receio os dias fora das paredes seguras da Universidade e Amanda esvanece-se no tumultuo de um grupo de amigos problemático.
É hora de viver a aventura e ambos encontram um no outro o pretexto que procuram para adiar decisões e contornar o futuro mas em troca recebem tudo o que não pediram e aprendem que o futuro é inevitável.

Opinião (ARC (Avanced Reading Copy)): 
Esta opinião baseia-se na versão não-final do livro, que ainda não está lançado no mercado, daí que possa não corresponder ao produto final quando este for lançado para o grande publico. Por favor tenham em conta este facto ao lerem esta opinião.

Este livro começa com bastante exposição, deixando que o leitor conheça as personagens antes de a verdadeira acção começar, no entanto este período do livro estende-se tanto que, quando finalmente chega a trama central do livro esta é atirada sem pára-quedas e sem qualquer base na nossa direcção. Na primeira parte do livro temos a descrição da vida normal (mais que normal) das personagens e nenhum indício de que possa haver algo mais. Depois temos a viagem para Itália (que surge tão depressa quanto desaparece, infelizmente) onde tudo se deslinda e um misterioso livro é encontrado. Até aí não há grandes problemas de credibilidade, mas assim que as personagens regressam a Portugal, tudo acontece. E quando digo tudo, é mesmo TUDO. Na parte final do livro mil e um mistérios são introduzidos, mil segredos são revelados e a história torna-se uma grande salsada.
Há potencial na história, e a 'mitologia' central está até muito interessante, mas a falta de balaço entre as diferentes partes do livro e a completa omissão de pistas no início do livro e até quase metade do mesmo, fazem com que seja difícil ao leitor aceitar o que acontece no final.

A nível de personagens, gostei especialmente da Haari, e apesar de não ter gostado especialmente dos protagonistas achei que tanto o Henrique como a Amanda estavam muito bem explorados e verossímeis. Outras personagens que se destacaram foram o Colopatrian e o Rui, apesar de no final este último ter perdido qualquer credibilidade que até aí tivera. Em contrapartida todas as outras personagens eram muito uni-dimensionais, em especial a Isabel (irmã de Amanda) que é possivelmente uma das personagens mais vazias que já li.

A escrita da autora é adequada a um público jovem. Não entra em grandes floreados, usa um pouco de nomes de marca (que eu, pessoalmente, detesto, mas que a muitos não incomoda) e não se perde em deambulações sem sentido. No entanto senti que lhe faltava algo mais que a distinguisse. Algo de pessoal.
Confesso que no início o li o livro com muita vontade, mas à medida que nada acontecia na primeira parte e depois tudo aconteceu na terceira parte, fui ficando com menos entusiasmo até chegar ao final com vontade de desistir (isto aconteceu a cerca de 20 páginas do fim, daí que tenha continuado até ao final). Isto aconteceu porque a autora deixou todos os problemas para solucionar nas últimas páginas, o que não me pareceu convincente.

Em suma, foi um livro que, no geral, não me desagradou até estar próxima do final. As personagens, apesar de não ter simpatizado com quase nenhuma, foram um dos pontos fortes da narrativa, assim como a 'mitologia'. No entanto há muito espaço para melhorar, depois de uns quantos ajustes.

Capa (Derek Murphy):
Adoro a capa! Assim que a vi pensei: "Wow! Parece profissional e com um capa destas vai vender livros como pãezinhos quentes." Além de extremamente apelativa a capa está adaptada à história (embora só o percebamos muito depois do meio do livro).
Já disse que adoro esta capa?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Fenda

"A Fenda" de Doris Lessing (Editorial Presença)


Sinopse:
Imagine uma comunidade pré-histórica exclusivamente constituída por mulheres, que não conhecem homens nem deles têm necessidade, e que funciona de forma quase idílica. Imagine agora tudo o que poderá implicar para esta tribo o nascimento de uma criatura estranha: um bebé do sexo masculino. Esta é a premissa de que Doris Lessing parte para reflectir sobre um dos temas que mais a inspiraram ao longo da sua carreira: as relações entre ambos os sexos e como afectam toda a nossa vida. Com este livro, porém, Doris Lessing vai ainda mais longe, ao fazer também um retrato de uma beleza desconcertante da natureza simultaneamente transitória e imutável dos seres humanos, com os sentimentos de ambição, vulnerabilidade e incompletude que a caracterizam.

Opinião:
Antes de começar tenho de dizer que acho que nunca li um livro com tão má classificação (2,7/5) no Goodreads! E chegada ao fim da leitura fiquei sem perceber o porquê de este livro estar tão mal classificado. Não que tenha entrada para a lista de meus livros favoritos, mas está certamente longe de ser dos piores.

A leitura deste livro há muito que me intrigava, tanto pela premissa como pelo facto de a Doris Lessing ter ganho o Nobel da Literatura no ano em que publicou este livro (além deste prémio ganhou muitos outros com a sua extensa obra). Daí que as minhas expectativas tenham estado em alta até que vi a classificação no Goodreads e fiquei apreensiva. Como tinha seleccionado este livro para a Leitura conjunta do Clube de Leitura de Braga, cheguei mesmo a ficar apreensiva quanto às opiniões finais (o que, de certa forma, se veio a confirmar pois tivemos opiniões bastante diferentes).

Mas aqui apenas posso falar da minha opinião e aqui fica ela:
A história em si é narrada quase como um artigo jornalístico, tentando apoiar-se em "factos" mas ainda assim tomando algumas liberdades históricas. E se por um lado isto faz com que nos pareça mais verossímil a existência de um tal passado, também acaba por distanciar o leitor da trama central impedindo que crie um elo com os acontecimentos e também com as personagens que são, até certo ponto, indistintas umas das outras.
Pessoalmente isto não me incomodou, até porque se lê quase como um ensaio mitológico, mas senti falta de uma maior proximidade com os acontecimentos.
Por outro lado temos, para além da história central sobre como o mundo começou com as mulheres, temos também a história do narrador, um homem que vive na Roma Antiga e que protagoniza (ou narra) algumas das melhores partes do livro, talvez porque nestas partes existe uma maior proximidade (são história pessoais).
A história em si tem pontos altos e pontos baixos. Algumas cenas parecem desencadear-se a passo de caracol, enquanto outras passam a correr, mas no geral pareceu-me que a história estava muito bem encadeada e pensada, com algumas parte muito bem conseguidas.

Apesar da premissa do livro, achei sinceramente que esta história não era feminista (ou não tanto como esperava) o que veio a mostrar-se uma mais-valia. Aqui tanto as mulheres como os homens como têm falhas grosseiras, produto da mentalidade e vivências da época e dessa forma não senti que a autora estivesse a ser mais ou menos depreciativa com qualquer dos sexos. No entanto esse parece não ser o consenso geral, já que por norma os homens parecem sentir que este livro é feminista (verdade ou não?).

Das personagens quase nada poderá ser dito pois há excepção de uma ou outra que se destacam, a história é contada com um sentido de comunidade e não de um ser único o que é compreensível mas que não permite um conhecimento profundo das personagens que protagonizam algumas das maiores mudanças. Nem Horsa, Maronna, Astre ou a Maire podem ser consideradas personagens, já que o próprio narrador diz que estes são nomes que podem (e devem) significar várias pessoas ao longo das Eras, o que as torna indistinguíveis umas das outras.

Em suma, foi um livro cuja leitura me agradou e se mostrou mais interessante do que esperava (depois de ver aquela classificação depreciativa). Apesar de sentir que teria gostado muito mais do livro caso o tom narrativo não fosse tão impessoal, também foi isso em parte que me manteve atenta á leitura, já que o interpretei quase como histórico e não fantasia. A história em si também tem algumas mensagens curiosas e nas quais vale a pena reflectir, tanto para as mulheres como para os homens. Definitivamente este livro não é tão mau como o pintam e tem algumas partes muito curiosas.

Tradução (Alice Rocha):
A tradução deste livro está, a meu ver, bastante bem conseguida. Especialmente em relação aos termos e denominações dos povos (Fendas e Esguichos) mas não só.
Foi um livro cujo trabalho de tradução permitiu uma boa leitura e por isso não tenho nada a apontar.

Capa, Design e Edição:
Apesar de um pouco genérica, confesso que gosto bastante desta capa, não só porque se enquadra com a história mas porque ao ser simples é bastante evocativa e simbólica.
A edição está cuidada e o design interior está simples mas bastante eficiente, especialmente na medida em que fizeram distinção das 'história' e dos 'relatos' da vida do narrador, o que muito apreciei.

domingo, 6 de maio de 2012

2º Encontro do Clube de Leitura de Braga

Ontem, dia 5 de Maio de 2012, pelas 15 horas, na Bertrand de Braga (Avenida da Liberdade), teve lugar o 2º Encontro do Clube de Leitura de Braga.

O livro em discussão neste segundo encontro foi "A Fenda", de Doris Lessing (opinião em breve).

Contamos com a presença de alguns novos leitores e outros que já tinham aparecido no 1º encontro. Algumas pessoas não tinham terminado a leitura do livro e outras nem tinham sequer lido a obra mas apareceram na mesma, o que muito nos agradou.
Espero que se tenham divertido e tenham passado uma tarde em boa companhia, pois certamente foi isso que eu achei.

Tivemos opiniões bastante diversas o que tornou a conversa ainda mais interessante. Foram, na minha opinião, duas horas bem passadas, com pessoas interessadas e participativas.
Espero contar com a vossa presença no próximo encontro, marcado para dia 2 de Junho, pelas 15 horas.

O livro escolhido para a próxima leitura é "Os Malaquias" de Andréa del Fuego (Prémio Literário José Saramago 2011).

Empowered - Volume 1

"Empowered 1" Adam Warren (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (em Inglês):
Not only is costumed crimefighter "Empowered" saddled with a less-than-ideal superhero name, but she wears a skintight and cruelly revealing "supersuit" that only magnifies her body-image insecurities. Worse yet, the suit's unreliable powers are prone to failure, repeatedly leaving her in appallingly distressing situations... and giving her a shameful reputation as the lamest "cape" in the masks-and-tights business. Nonetheless, she pluckily braves the ordeals of her bottom-rung superheroic life with the help of her "thugalicious" boyfriend (and former Witless Minion) and her hard-drinking ninja girlfriend, not to mention the supervillainous advice from the caged alien demonlord watching DVDs from atop her coffee table... From Adam Warren - writer/artist of the English-language Dirty Pair comics (the original "Original English-Language Manga" before OEL was cool), and writer of Livewires, Gen13 and Iron Man: Hypervelocity - comes Empowered, a butt-kicking, bootylicious superhero lampoon that raises the bar for long-john lust and low-brow laughs. Remove all previous notions of superhero entertainment from your puny mind... and prepare to be Empowered.

Opinião:
Quando comecei a ler esta banda desenhada esperava algo divertido e satírico. Não saí gorada.
"Empowered" é uma espécie de 'gozo' com as bandas desenhadas sobre super-heróis e fá-lo muito bem.
A primeira parte deste volume é constituída por pequenos capítulos (2-4 páginas), quase como tiras cómicas, onde a nossa super-heroína, Empowered, se vê em todo o tipo de alhadas por culpa do seu 'poder', que não é bem um poder mas antes um fato que lhe confere ditos poderes, mas que se rasga tão facilmente como fica sem 'bateria'. Isto, como será de prever, significa que são mais as vezes que ela é derrotada (e feita prisioneira) do que as que acaba salvando o dia.
Depois deste primeiros capítulos mais curtos, começamos a ter histórias mais compridas e com seguimento. Aparece o interesse amoroso, a rival, a melhor amiga e o vilão que se muda lá para casa (talvez este último não seja assim tão comum).

Apesar de ter gostado muito desta BD também lhe vi várias falhas, a começar por uma certa repetição, que se a princípio é engraçada, depois de algum tempo começa a cansar. Também o romance chegou a um momento que pensei que aquilo ia estragar tudo (por ser demasiado), mas depois o autor lá resolveu a situação.

A arte é belíssima! E o traço esboçado (ou não fosse a BD finalizada a grafite) dá-lhe um ar soberbo que eu adoro. As personagens estão bem caracterizadas e certamente que os leitores masculinos vão gostar de ver as heroínas, mas as leitoras que descansem pois não é em excesso (muito).

No geral, "Empowered" é exactamente o que promete: diversão. E por isso não peca.
Recomendo a quem esteja à procura de algo que mostre o outro lado dos super-heróis, quem goste de uma boa sátira e quem aprecie uma arte muito bonita e com um traço que não é nem americano, nem manga, misturando os dois muito bem.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Clube de Leitura de Braga - Maio

Amanhã, dia 5 de Maio, pelas 15 horas, realizar-se-á na Bertrand de Braga (Liberdade Street Fashion) o 2º encontro do Clube de Leitura de Braga, coordenado por mim, o Ângelo Marques e o Manuel Cardoso.

O livro em discussão é "A Fenda" de Doris Lessing.


Apareçam, mesmo que não tenham lido o livro ou estejam ainda a lê-lo. Serão bem-vindos!


terça-feira, 1 de maio de 2012

Compras - Abril 2012

Finalmente um mês em que posso mesmo dizer que me contive (muuuito!).
Só comprei três livros, bem, na verdade dois, porque um tinha sido pré-encomendado mas só chegou este mês.
 
- Lover Reborn, J.R. Ward;
- O Heróico Major Fangueira Fagundes, de Luís Novais [opinião aqui];
- O Segredo mais Escuro, Gena Showalter



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