quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Visions of Heat

"Visions of Heat (Psy-Changeling 2), de Nalini Singh (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (em Inglês):
Used to cold silence, Faith NightStar is suddenly being tormented by dark visions of blood and murder. A bad sign for anyone, but worse for Faith, an F-Psy with the highly sought after ability to predict the future. Then the visions show her something even more dangerous - aching need... exquisite pleasure. But so powerful is her sight, so fragile the state of her mind, that the very emotions she yearns to embrace could be the end of her.
Changeling Vaughn D'Angelo can take either man or jaguar form, but it is his animal side that is overwhelmingly drawn to Faith. The jaguar's instinct is to claim this woman it finds so utterly fascinating, and the man has no argument. But while Vaughn craves sensation and hungers to pleasure Faith in every way, desire is a danger that could snap the last threads of her sanity. And there are Psy who need Faith's sight for their own purposes. They must keep her silenced - and keep her from Vaughn...

Opinião:
Nem sei muito bem o que dizer em relação a este livro. Tinha gostado muito do primeiro volume desta saga, "Slave to Sensation", e por isso esperava algo de especial neste segundo volume. Infelizmente os meus piores receios confirmaram-se.
Não é que livro seja mau, mas também não é bom. Mas vamos por partes.

O enredo em si é  relativamente forte. Temos uma protagonista, a Psy (seres com capacidades mentais acima do comum, que não têm sentimentos, por forma a serem mais eficazes) Faith, firme e decidida, que por medo de perder a sanidade e por ser bastante inteligente e perspicaz, decide pedir ajuda à única Psy que acredita que a pode ajudar. Essa Psy é a Sascha (a protagonista do livro anterior).
Ao longo da história vamos descobrindo vários factores importantes, relativamente aos Psy e as NetMind (algumas das minhas cenas favoritas foram à custa desta 'entidade') e este foi, sem dúvida, o ponto forte do livro, sendo que nos emergiu totalmente na sociedade Psy, mais ainda do que no volume anterior.

Tenho no entanto que apontar algo que não gostei nada na trama, que foi a facilidade e a normalidade com que os outros metamorfose aceitaram a presença da Faith. Não a conheciam, não sabiam quais as intenções dela, mas mal o Vaughan a trouxe para junto deles, nenhum protestou. Tão mau!

A história amorosa, por si só, é bastante corriqueira e tem poucos precalços, mas as decisãos da Faith e as descobertas que ela faz, acabam por ser crucias para a saga, abrindo novas portas para os volumes que se seguem. No entanto, sendo este um romance, na sua essência, a relação entre a Faith e o Vaughan tem pouco impacto e pouco conflito. Já para não falar que, mesmo em termos do que os rodeia, só mesmo no fim é que somos introduzidos a factores realmente importantes, sendo que no início estamos apenas a conhecer os protagonistas e pouco mais. Ainda assim, convém referir que este romance não é 'instantâneo' e vai-se desenvolvendo aos poucos (como já tinha acontecido no primeiro livro), o que torna a relação bem mais credível.
O que para mim foi muito difícil, foi engolir a facilidade com que a Faith aceitou o lado assassino do Vaughan. O que poderia ter sido o ponto de partida para algum conflito e consequente dinâmica no casal, acabou antes mesmo de ter começado.

Em termos das personagens, posso dizer que a Faith foi, de longe, a que mais se destacou, mostrando ser uma protagonista forte e com a qual é fácil sentir afinidade. Já o Vaughan (que é o protagonista) foi bastante mal exposto e, no final fica a sensação de que ele pouca personalidade tem para além do horror da morte da irmã. E já que toco no tópico da irmã, tenho de referir que esta autora tem uma estranha tendência para matar as irmãs de toda a gente (no livro anterior foi uma, e outra quase morreu, neste livro foram mais duas). Será trauma? Quem sabe ...
Outras personagens também merecem ser mencionadas: o pai da Faith, que me deixou bastante intrigada e do qual espero ler mais muito em breve; também a Sascha teve alguma relevância neste volume e foi bom vê-la com o Lucan ao longo da história (gosto de ler sobre o que se passa depois de os casais ficarem juntos).

A escrita da autora continua bastante boa e gostei especialmente de como ela explicou o interior da PsyNet. Só há uma coisa que me irritou um pouco a escrita da autora: a insistência em acompanhar sempre as linhas de diálogo com alguma frase e movimento, normalmente são os homens a mexerem no cabelo das mulheres, as mulheres a esfregarem-se no peito dos homens e etc. Compreendo que os casais de metamorfos sejam bastante afectuosos (e a utora explica que eles sentem necessidade constante de toque), mas é demais! Chegou mesmo a irritar-me porque quebrava a fluidez dos diálogos.

Em suma, este foi um livro curioso, no conteúdo da saga, e valeu pela protagonista (Faith), mas que pecou por não inovar em relação ao volume anterior, sendo que a relação amorosa pouco se diferenciou da de "Slave to Sensation", tornando o romance repetitivo.
Vou ler o terceiro volume, já que os papéis se invertem no volume seguinte e espero sinceramente que a autora consiga inovar, pois esta saga tem muito potencial e é uma pena que se fique pela banalidade.


Capa:
Não gosto nada das capas americanas desta saga e esta não é excepção (podem ver aqui). A capa inglesa (a retratada acima) é bastante mais sólida e intrigante. Contudo, há que referir isto, o homem da capa não tem nada a ver com o Vaughan (que tem cabelos loiros compridos e olhos cor de âmbar). Assim sendo perde pontos pela total falta de atenção aos detalhes.

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