terça-feira, 16 de agosto de 2011

Agnes and the Hitman

"Agnes and the Hitman", de Jennifer Crusie e Bob Mayer (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Agnes Crandall’s problems are rolling to a boil. First, a dog-napper invades her kitchen, seriously hampering her attempts to put on a wedding that she’s staked her entire net worth on. Then a man climbs through her bedroom window to save her. “Shane” (no last name) may be Agnes’s hero, but he’s also a professional hitman—so he’s no stranger to trouble himself…
Between a rival who wants to take him out and an uncle who may have lost five million bucks in Agnes’s basement, Shane’s plate is plenty full. Soon Agnes and Shane are tangled up with the lowlifes after the money, a gang of Southern mob wedding guests, a dog named Rhett, and—most dangerous of all—each other.

Opinião:
Estive relutante em ler este livro, porque as primeiras páginas não me cativaram e cheguei mesmo a ficar confusa com o que se estava a passar, mas não quis desistir tão facilmente e continuei a ler.
Este livro é um exemplo perfeito de comédia de situação, pois os personagens são todos muitos sérios, mas tudo o que lhes acontece é tão patético que só dá vontade de rir.
Fez-me lembrar um pouco o One for the Money, na medida em que apesar de as protagonistas serem muito diferentes, acabam por ser igualmente sarcásticas com a vida. (ou será que é a vida que é sarcástica para com elas?). No entanto, este "Agnes and the Hitman" consegue ser bem mais disparatado que o livro da Janet Evanovich.

Há tantas tramas entre-cruzadas, que chegamos a uma altura e ficamos baralhados. Mas os autores fazem-no tão bem, e de forma tão descabida, que a confusão acaba por ser uma catarse à loucura toda que se passa neste livro. A história é tão louca, tão cheia de acontecimentos, que damos por nós a pensar que se tal acontecesse mesmo (e que nunca aconteceria) a personagem principal chegava ao fim e tinha um colapso mental. Nada menos seria de esperar. Acreditem, tudo o que possam imaginar que aconteça neste livro, acontece e ainda muito mais.
Assim, a história é completamente louca, com pitadas de humor (se não contarmos com a própria comédia de situação), personagens bastante diferentes do habitual (nenhum pode ser considerado normal) mas que têm uma vida muito própria e dão uma outra riqueza à história.
A Agnes é uma doida varrida, acho que não me lembro duma personagem mais tolinha que esta e que ao mesmo tempo consiga parecer tão normal. Quer dizer ... a rapariga já atacou três namorados/noivos com cutelaria e tachos. Nada mais normal, certo?
O Shane é estranhamente sedutor e cativante, o que é curioso, já que ele é um hitman (assassino contratado). Fiquei muito surpreendida quanto aos desenvolvimentos desta personagem, tanto quanto ao seu passado, como especialmente porque através do livro o vimos evoluir e pareceu muito natural.
Outras personagens memoráveis são o Carpenter, o Joye, a Lisa Livia e, claro, a tresloucada da Brenda.

Quem ler este livro, não vai é acreditar na quantidade de assassinatos e assassinos que se encontram neste livro (quase que parecem cómicos). Ele são raptores de cães, assassinos contratados, pessoas sub-contratadas pelos sub-contratados, agentes secretos, mulheres ciumentas, etc. Enfim ... uma salsada!

Tenho também de dizer que as descrições de comidas me faziam água na boca. É que a Agnes é uma cozinheira e ela estava sempre a preparar alguma coisa. Parecia tudo tão apetitoso (e calórico!, ou não fosse a Agnes uma fã de manteiga). Estava eu a ler e a minha barriga a dar horas, só de pensar.

Em suma, este é um livro diferente do que costumo ler, que mistura na perfeição mistério, thriller e nonsense (que é como em diz, maluquice total), além de uma boa pitada de romance.
Gostei muito da leitura, pois deu-me bons momentos, e embora a conclusão de uma das tramas principais fosse fácil de antever (ou não fosse o/a assassino/a completamente óbvio/a), já uma outra trama paralela foi bem mais surpreendente.
Recomendo a quem queira algo de diferente e não se importe em ter uma protagonista que parece não ter os parafusos todos (a Agnes é muito fixe!), além de uma role de personagens completamente doidas.

Capa:
A capa é simples, e À moda americana, tem o título e o nome dos autores a ocuparem mais espaço que a imagem, mas aquela meia-cara que ali está é um retrato bem fiel da caricatura da Agnes (que a descreveu como sendo cabeçalho da sua coluna "Cranky Agnes" (no jornal). É mesmo o estilo da protagonista! Ainda por cima, nalgumas das edições, há pequenos flamingos na capa. Win! (só quem lê é que percebe o porquê dos flamingos, mas é de rir).
E claro, sou bastante unilateral no que diz respeito a combinações preto-branco-vermelho, por isso gosto.

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