quarta-feira, 29 de junho de 2011

Storm Born

"Storm Born (Dark Swan 1)", de Richelle Mead (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:´
Eugenie Markham is a powerful shaman who does a brisk trade banishing spirits and fey who cross into the mortal world. Mercenary, yes, but a girl's got to eat. Her most recent case, however, is enough to ruin her appetite. Hired to find a teenager who has been taken to the Otherworld, Eugenie comes face to face with a startling prophecy--one that uncovers dark secrets about her past and claims that Eugenie's first-born will threaten the future of the world as she knows it.
Now Eugenie is a hot target for every ambitious demon and Otherworldy ne'er-do-well, and the ones who don't want to knock her up want her dead. Eugenie handles a Glock as smoothly as she wields a wand, but she needs some formidable allies for a job like this. She finds them in Dorian, a seductive fairy king with a taste for bondage, and Kiyo, a gorgeous shape-shifter who redefines animal attraction. But with enemies growing bolder and time running out, Eugenie realizes that the greatest danger is yet to come, and it lies in the dark powers that are stirring to life within her...

Opinião:
Tendo lido a primeira e segunda parte da adaptação a novela gráfica, antes mesmo de começar a ler o livro, reconheci de imediato várias cenas e diálogos (assim como trechos narrativos), o que quer dizer que, para já, a novela gráfica está a fazer um óptimo trabalho de adaptação do original.

Em termos de história, penso que a autora construiu muito bem o mundo que explora. A narrativa tem altos e baixos, por vezes surpreende, outras nem tanto, mas o passo da história está muito bem pensado e raramente há tempos mortos. Adorei o humor que a autora integrou no meio da narrativa (mais especificamente em vários diálogos).
O enredo não é extraordinário, mas entretém, e o fim, em especial, conseguiu surpreender (tanto na positiva, como na negativa). Tenho de confessar que a revelação final do verdadeiro vilão me surpreendeu (embora o traidor fosse fácil de descobrir). A autora poderia ter seguido o caminho mais fácil, mas decidiu não o fazer e conseguiu espantar um pouco o leitor com o desenrolar da acção e a promessa de conflito que fica no ar.

*Spoiler* Houve uma cena em particular que me deu voltas ao estômago (no muito mau sentido), que foi quando a Eugenie entrou no Unbderworld e depois se submeteu ao pai. Acho que a autora aí exagerou. Não descreveu, mas a mera ideia foi demasiado ... nojenta. (arrepios)
Noutra nota, relativa ao final, achei o sacrifício da Eugenie forçado. Porque acharia ela que a vida do Kiyo valia mais que a dela. Ela nunca disse que o amava, então porque daria a vida por ele? Não faz sentido. *Fim de Spoiler*

Estranhamente não houve tanto sexo quanto seria de temer com um premissa deste tipo, o que foi refrescante, digamos assim. Quando comecei a ler, esperei o pior, mas felizmente a autora conseguiu uma dose equilibrada de sensualidade e acção, assim como uma predominância do desenvolvimentos das personagens.

*Spoiler* Uma coisa que não gostei foi quando a Eugenie começou a dizer e a exigir que o Kiyo confirmasse que lhe pertencia. Não gosto desse possessivismo nos alpha-males, e agora descobri que também não gosto nas mulheres. São ideias minhas, mas não percebo a quase 'obsessão' neste tipo de literatura, em proclamar que alguém pertence a outro: «You're mine!».  A sério, não compreendo. *Fim de Spoiler*

As personagens são muito interessantes e estão todas bastante bem desenvolvido, o que por norma é descorado em romances paranormais com premissas tão 'sexuais'. Nota-se que a autora compreendia cada uma das suas personagens, mesmo as mais insignificantes, e dessa forma conseguiu dar-lhes vida e torná-las únicas (o que não quer dizer que sejam agradáveis, a maior parte das vezes). As minhas favoritas foram a própria Eugenie, o Dorian, e o Volusian. Também gostei da Maiwenn e do Kiyo, mas tanto como os outros três.

Em termos de escrita, notei que a autora, apesar de usar uma linguagem acessível e dinâmica, se coibia de dar detalhes sobre coisas que (pelo menos para mim) seria interessantes de ser explicadas (e diria mesmo obrigatórias). Por exemplo: como Eugenie entreva no Otherworld, ou mais pormenores sobre a hipnose que ela fez a si mesma (e que me pareceu pouco plausível). A grande excepção foi durante a viagem da Eugenie ao Underworld, onde a autora usou de todos os detalhes possíveis, transmitindo imagens fantásticas e pormenorizadas que levaram o leitor a percorrer os caminhos de um local intangível.

Em suma foi uma leitura agradável, que conseguiu surpreender-me várias vezes, e que se mostrou mais do que a premissa prometia. No entanto não conseguiu superar as 'prisões' do género e ainda estou à espera de algo mais e de menos facilitismos em termos de romance. Infelizmente o triângulo amoroso que se avizinha, apesar de soar interessante, promete previsibilidade. Irei ler o segundo volume e continuarei a seguir a adaptação a novela gráfica (que para já está a ser excelente).


Capa:
Não gosto de nenhuma das capas deste livro, pela simples razão que não são nada fiéis à personagem principal. O fundo está interessante e tem tudo a ver com a história, mas a capa não deixa de ser pouco menos que mediana.

1 comentário:

  1. Ainda bem que foi uma leitura agradável... também tenho os dois primeiros da série para ler, mas com romances paranormais nunca sei o que esperar. O_o

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