sábado, 30 de abril de 2011

Becoming

"Becoming", de Kelley Armstrong (ainda não publicado em Portugal)

Esta novela gráfica é uma prequela para Bitten, o primeiro livro da saga Women of the Otherworld, de Kelley Armstrong.

Argumento (Kelley Armstrong)
A história desta pequena Bd está bastante bem conseguida, com momentos de acção, outros de drama, com poucos diálogos, mas todos significativos.

Arte e Cores (Xaviere Daumarie(Angilram))
 Bastante dinâmica, num estilo um pouco realista e bastante bem conseguido, os painéis estavam muito bons e acompanhados de cores interessantes, que deram ainda mais vida à história.

Em suma, esta é uma excelente forma, que a autora arranjou para captar ainda mais leitores  para a saga. Está excelente como chamariz, deixando no ar uma curiosidade iminente, que exige a leitura do livro. A arte está também excelente e parece-me perfeita para o tipo de história.
Gostei muito e pretendo em breve ler Bitten, pois quero saber o que aconteceu a Elena depois de "Becoming".

Podem ler esta história gratuitamente aqui.

Homecoming

"Homecoming", de Patricia Briggs e David Lawrence (ainda não publicado em Portugal)

Esta  novela gráfica é uma prequela para a saga Mercedes Thompson, que tem início no livro "O apelo da Lua" (opinião). A história é original e escrita pela autora (Patricia Briggs), adaptada depois por David Lawrence.

Argumento (Patricia Briggs / David Lawrence)
Sendo esta uma colaboração com a autora, nota-se que o compasso da história é relativamente semelhante ao dos romances. A história central está interessante, tem bastante acção, e os diálogos estão bem conseguidos, embora por vezes  decisão da sequência dos acontecimentos não tenha sido a melhor (refiro-me particularmente ao segundo capítulo)
No entanto tenho que apontar uma falha, um pouco grave a meu ver, que se tornou notória em certas partes da história. Refiro-me às inconsistências narrativas com o primeiro volume da saga. Sendo esta uma prequela, deveriam ter tido um pouco mais de cuidado em não se estar a desmentir. Exemplo: O Adam só disse à Mercy que o Marrock lhe pediu para tomar conta dela no 1º volume (O Apelo da Lua); o Sebastian nunca disse a outro vampiro que a Mercy era uma Caminhante; e por fim, tanto quanto me recordo, foi a Mercy que encontrou a gata, e não o Adam que lha ofereceu.
Isto seria 'desculpável' se a própria autor não tivesse trabalhado nesta novela gráfica.
É claro que são pontos que facilmente podemos ignorar, mas achei bem apontá-los.

Noutra nota, os apontamentos finais que o David Lawrence fazia em todos os capítulos (4) estavam bastante interessante e tinham um certo ambiente descontraído.


Desenho e Cores (Francis Tsi / Amelia Woo)
Adorei e arte de Francis Tsi logo nas primeiras páginas, o traço simples, a escolha das cores e o estilo de pintura quase tradicional, deram a toda a Bd um ambiente fantástico. Simplesmente adorei. A acção também estava bem retratada e as personagens eram bastante distintas, assim como os lobos.
Amelia Woo, que desenhou e pintou os últimos dois capítulos, conseguiu captar muito bem o estilo do seu antecessor, fazenndo com que o choque artístico quase não se fizesse sentir, conseguindo ainda assim dar-lhe um toque muito pessoal. A única coisa que tenho a dizer contra, é o facto de não ter conseguido distinguir muito bem os lobos uns dos outros, primariamente porque ela escolheu dar-lhes a todos a mesma cor de pêlo. Fora isso, está um  trabalho exemplar.
Foram ambos fantásticos artistas, que captaram -a meu ver- muito bem o ambiente dos romances.


Em suma esta novela gráfica está bastante bem conseguida, mas em termos de enredo talvez apele mais a quem não conhecer os romances, pois todos os já leitores da saga, verão algumas inconsistências que poderão ou não enervar. Contudo, graças ao facto de mostrar um passado desconhecido das personagens, será uma leitura interessante para os fãs.
Em termos visuais está brilhante, num estilo que condiz muito bem com o tom desta e das restantes histórias da saga, tanto com a arte de Francis Tsai, como com a de Amelia Woo.
Para os que não conhecem, poderá também ser um bom ponto de partida.

Nota: Se não estou em erro, a capa do volume é de Dan dos Santos, o mesmo ilustrador dos romances.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Compras - Abril 2011

Felizmente este mês fui mais contida (tinha de o ser), e assim só comprei quatro livros, todos de colecções do jornal Público (pura coincidência):
- Terna é a Noite, de F. Scott Fitzgerald
- Judas, o Obscuro, de Thomas Hardy

BD:
- Max Fridman, de Vittorio Giardino
- Em Busca do Pássaro do Tempo, de Serge Le Tendre / Régis Loisel / Lidwine / Mohamed Aouamri

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Em breve num cinema perto de si


If you could see one book turned into the perfect movie–one that would capture everything you love, the characters, the look, the feel, the story–what book would you choose?

Uma pergunta um pouco difícil, esta.
Não sou necessariamente das pessoas que acha que todas as adaptações d elivros ao ecrã são maus. Já os vi bem bons, por isso acredito que há de tudo. Claro que o livro e o filme/série são dois meios muito diferentes, e por isso há que aceitar que nunca serão um espelho um do outro.

Se pudesse escolher um livro cuja adaptação ao cinema fosse perfeita, talvez escolhesse "Fimrin", de Sam Savage ou então o "A Metamorfose" de Franz Kafka daria um excelente filme, se bem conseguido. Mas também não posso deixar de referir que acho que o manga "Eternal Sabbath" daria um excelente filme, ou mesmo série, pois tem um enredo profundo e cheio de emoções.


Mas um livro que eu penso que daria um filme perfeito é "Neverwhere - a terra do nada", de Neil Gaiman (eu sei que há uma série, mas nunca a vi). Como disse quando li o livro, este está escrito como um guião e é muito visual, de tal forma que como romance não me cativou, mas consegui imaginá-lo como filme.

Outro livro que talvez desse um bom filme, é "One for the Money", de Janet Evanovich.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Apelo da Lua

"O Apelo da Lua (Mercedes Thompson 1)", de Patricia Briggs (Saída de Emergência)

Sinopse:
Mercy Thompson é uma talentosa mecânica de automóveis que vive na zona de Washington. Mas ela é muito mais do que isso: também é uma metamorfa com o poder de se transformar num coiote. Como se não chegasse, o seu vizinho é um lobisomem, o seu antigo patrão um gremlin, e neste momento está a reparar a carrinha de um vampiro. Este é o mundo de Mercy Thompson, um que parece igualzinho ao nosso, mas cujas sombras estão repletas de estranhas e perigosas criaturas da noite. E se até agora Mercy sempre viveu bem nesse mundo, aproxima-se o dia em que a sua preocupação vai ser apenas sobreviver…

Opinião:
Encontrar verdadeiras Fantasias Urbanas (que não ultrapassem o limite do Romance Paranormal) parece cada vez mais difícil nos dias que correm (não que isso seja necessariamente mau). Este "Apelo da Lua" é de verdade uma Fantasia Urbana com muito estilo.

Para começar, gostei muito da sociedade que a autora criou e nos explicou, de forma interessante e nada massuda, ao longo do livro. Tanto os seres, como as regras foram bem pensadas  e doseadas, embora por vezes algumas informações não parecessem pertinentes. O mundo aqui apresentado é credível e bem sustentado, deixando o leitor envolto nos seus mistérios e criaturas.
Embora mais ficado nos lobisomens, neste volume, deixa no ar a expectativa de ver mais de outras criaturas, como os vampiros, os caminhantes e os seres féericos.

Em termos de história, Patricia Briggs conseguiu escrever uma narrativa interessantes, cheia de momentos altos, mas que ao mesmo tempo parecia estranhamente mundana. Não houve cenas irracionais, e tudo parecia bastante terra-a-terra, o que foi uma boa mudança. Pessoalmente gosto mais das coisas quando não são tão apressadas, e as sequências de cenas fazem sentido, assim como a resolução dos problemas. Muitos livros estão tão preocupados com o factor choque, que não dão este ar 'natural'.

No entanto tenho coisas más também a apontar. Um, apesar de o romance não ser central (nem sequer lateral), houve espaço para muitas 'sugestões' e o triângulo (ou será pentágono) amoroso se formar quase logo no início. Isto, mais por gosto pessoal que outra coisa, não me agradou de todo. Sinceramente estou um pouco farta de triângulos amorosos. Infelizmente, como este não era o foco da autora, eu fiquei com a sensação de que não havia ali faísca, e por isso o romance tornou-se ainda menos credível, apesar de a autora bem tentar justificar certos relacionamentos. Simplesmente não funcionou (comigo).

Quanto às personagens, não vou julgá-las muito a fundo, porque sei que este é o primeiro volume e são-nos apenas introduzidas. pessoalmente gostei muito do Mac (coitado!) e da Mercy, que é uma mulher de garra, que apesar de não ter a força extraordinária dos restantes, se mantém firme nas suas decisões. Ela é uma protagonista daquelas que dá gosto ler. os restantes personagens não me apelaram por aí além. Os machos eram todos territoriais, e à excepção do Stefan e do Zee, nenhuma outra personagem me parecia interessante o suficiente para recordar (estão à vontade para discordar, mas é a minha opinião).

O que também não gostei muito no livro foi um certo machismo presente em quase toda a história. Poucas mulheres apareceram (para além da Mercy, claro) e as que surgiram ou eram odiosas (porque não gostavam da Mercy), ou loucas. Sinceramente, não gostei disso na história. A única que ainda se safou foi a Jesse.

Em suma, foi um bom início para uma saga que promete. Destaca-se a protagonista, que é muito interessante, assim como o mundo criado no livro. No entanto faltou-lhe algum desenvolvimento das personagens secundárias (que espero seja resolvido nos próximos volumes). Uma boa fantasia urbana, que espero continuar a ler em breve.

Tradução (Manuel Alberto Vieira):
Uma tradução bastante boa, com poucas falhas a apontar e uma fluidez de texto bem conseguida.

Capa (Dan dos Santos), Design e Edição:
Como apreciadora do trabalho do Dan dos Santos, não podia deixar de gostar desta capa (e de todas da saga), embora não seja dos seus melhores trabalhos, e a pose seja um pouco ... exagerada. Até porque, pelas descrições da autora, a Mercy não anda assim vestida. No entanto gostei do conceito dos portões lá atrás, e claro, das tatuagens.

Nota: Ganhei este livro num passatempo promovido no blog BranMorrighan. Obrigada!

Top Ten Tuesday - Mean Girls in Books

Esta semana o tema do Top Ten Tuesday é Mean Girls in Books ou mesmo "the top ten female characters I'd like to bitch slap" (pessoalmente gosto mais deste último título :).
Mas agora que penso nisso, não me lembro de muitas, se calhar porque nunca lhes prestei grande atenção, ou mesmo porque não leio livros com muitas meninas mázinhas (apetecer-me-ia esbofeteá-las).
Vou tentar chegar a um top, e não se espantem se virem aqui umas personagens de manga e BD (afinal também são livros):


 1. Yuno Gasai, "Mirai Nikki (The Future Diary)" de Sakae Esuno [manga] - Em toda a minha vida nunca vi uma rapariga mais maquiavélica do que  Yuno. Ela é o epitomo do mal por amor. É mesmo louca, e absolutamente fenomenal. (leiam este manga que é fabuloso!)

2. Dolores Umbridge, "Harry Potter" de J.K. Rowling - Tecnicamente ela não é uma 'menina', mas que interessa isso? Só de me lembrar da cena de escrever (com a caneta 'especial') e de todas as maldades que esta mulher fez ...

3. President Coin, "Mockingjay" de Suzanne Collins - Quem leu o final desta saga sabe porque odeio esta mulher. É caso para dizer, 'saiu pior a emenda que o soneto'.

4. Belinda, "Grimm Fairy Tales" de Joe Tyler e Ralph Tadesco [BD] - Esta é mesmo 'má como as cobras'. Tudo o que a Sela tenta fazer de bem, ela luta para fazer mal. É uma autêntica vilã que vai contra tudo o que a 'heroína' tenta alcançar.

5. Mitsuko Souma, "Battle Royale" de Koushun Takami and Masayuki Taguchi [manga] - Quem viu o filme sabe um pouco da sua personalidade, mas quem leu o manga é que viu realmente o que esta rapariga era capaz de fazer. A verdadeira mulher bombástica (ou no caso, rapariga). Brutal!

6. Rei Hazama, "Doubt" de Yoshiki Tonogai [manga] - Esta é uma daquelas que nós nem sabemos que é má até quase o final, onde tudo faz *click*. É outra doida.

7. Hannah Bake, "Por Treze Razões" de Jay Asher - Sinto pena da Hannah, a sério que sinto, até porque o que lhe aconteceu foi verdadeiramente horrível, mas o que ela fez ao gravar as cassetes, foi de uma maldade que não tem perdão, especialmente quando ela culpou pessoas que, convenhamos, não lhe fizeram assim tão mal.

8. A princesa, "A princesa e o Sapo" dos Irmãos Grimm - Quando li a versão original dos contos de Grimm, fiquei um pouco chocada com esta princesa. Ela é manipuladora, dissimilada, mimalha e absolutamente insuportável.

9. Riddel, "Orbias" de Fábio Ventura - Uma vilã com estilo e com propósito. Fria como o gelo que a cobre. Ela poderia ter sido ainda mais maquiavélica, mas gostava de levar as coisas devagar, para durarem mais tempo.

10. Steffi, "The Alibi" de Sandra Brown - Esta não posso dizer (spoilers), só mesmo lendo o livro é que se percebe a mente desta mulher.

sábado, 23 de abril de 2011

Dia Mundial do Livro 2011

Hoje é o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, por isso aqui ficam algumas citações:

«Os livros têm os mesmos inimigos que o homem: o fogo, a humidade, os bichos, o tempo; e o seu próprio conteúdo.»
Paul Valéry

«A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo.»
Joseph Addison

«Os livros podem ser divididos em dois grupos: aqueles do momento e aqueles de sempre.»
Jon Ruskin

«Lerás bem quando leres o que não existe entre uma página e outra da mesma folha.»
Agostinho Silva

«Os bons livros que têm o direito de viver, defendem-se e justificam-se por si próprios.»
Júlio Dantas

«Por pouco que tenhas lido, por pouco que saibas, o que és depende da casualidade do lido.»
Elias Canetti

«Fairy tales are more than true; not because they tell us that dragons exist, but because they tell us that dragons can be beaten.»
G.K. Chesterton

«When I have a little money, I buy books; and if I have any left, I buy food and clothes.»
Desiderius Erasmus Roterodamus

«So many books, so little time.»
Frank Zappa

«The person, be it gentleman or lady, who has not pleasure in a good novel, must be intolerably stupid.»
Jane Austen (Northanger Abbey)

«I have always imagined that Paradise will be some kind of library.»
Jorge Luis Borges


Nota: Algumas destas citações foram pesquisadas no Citador e outras no Goodreads.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Zona Fantástica

"Zona Fantástica", fanzine com vários autores

Depois de ler o Zona Negra, fiquei bastante curiosa por ler as restantes publicações deste projecto,e foi assim que acabei por comprar este Zona Fantástica, que aposta ainda mais que os volumes anteriores, tanto em número de participações, como na qualidade da publicação.

Começamos com um editorial interessante dos dois nomes responsáveis pelo volume, Fil e André Oliveira

Capa, de Carla Rodrigues
Confesso que não sou fã desta capa, pois embora represente várias das histórias incluídas na revista, falta-lhe o dinamismo subjacente ao próprio 'fantástico'. E como apreciadora da arte da Carla Rodrigues, acho que este trabalho ficou aquém do seu potencial.

O Assassino do Martelo, de Carla Rodrigues
Um autêntico mimo, especialmente para quem está 'farto' dos filmes de terror que dizem que vão meter susto e depois é só clichés. Cada vez gosto mais da arte da Carla e, estranhamente, adequa-se bem às histórias.

A Child after the metal, de Eduardo Monteiro
Uma ilustração visualmente apelativa e com uma aura sombria que deu mais valor a um desenho que, doutra forma poderia ser banal.

Lufftwaffe in Distress, de Manuel Morgado
Uma ilustração com um bom enquadramento e até uma certa beleza, no entanto, a gosto pessoal, não gostei muito do design do dragão nem da textura das escamas, que me parecem ter-lhe tirado alguma beleza e naturalidade.

RED, de Quico
Esta ilustração relembra-me um pouco manga, e gostei da 'mensagem', mas o desenho em si está demasiado estático e não tem nada que foque realmente a atenção, apesar de tudo.

Silence, de Bárbara Lourenço
Gostei da ilustração, mas ao mesmo tempo pareceu-me algo incompleta. Um fundo de outra cor talvez lhe tivesse dado mais destaque.

Anda cá florzinha, de Joana Afonso
Uma ilustração que mistura uma dinâmica de traço com algum humor e muita simplicidade. Neste caso o fundo branca foi favorável.

A Anunciação, de André Oliveira / Nuno Frias / Ricardo Reis / Miguel Gabirel / João Vasco Leal / Cristiano Baptista
Um projecto conjunto que funcionou muitíssimo bem. Cada página é distinta e quase se torna independente, mas no todo é que está a fantástica história. Gostei muito e achei que foi um trabalho de equipa muito bem conseguido, especialmente tendo em conta os diferentes estilos de desenho de cada um.

Neutral Zone - At war, de Eduardo Monteiro
Tal como a ilustração anterior (A Child after the metal), esta também é bastante apelativa e tem um certo dinamismo, mas por outro lado nada a faz realmente destacar-se.

Cromo, de Bruno Bispo / Victor Freundt
O estilo, tanto narrativo como artístico, desta BD faz lembrar automaticamente os livros infantis, e as cores também ajudam a que tal mensagem paz. Visualmente este trabalho está impecável, mas vou ser sincera e dizer que não percebi muito bem o porquê da escolha daquele fim (quem leu que me diga se ficou com a mesma sensação) e pareceu-me que a nível de história poderia ter sido um pouco melhor.

Princesa da Ervilha, de Ana Duarte Oliveira
Automaticamente consegue-se perceber o que a ilustração representa, embora seja uma versão mais adulta do 'conto'. No entanto posso dizer que gostei muito, tanto pela composição, como pelo traço da artista, e claro, pela aguarela (sempre adorei trabalhos a aguarela). Embora não seja muito dinâmico nem imaginativo, funciona.

Os Quatro Demónios de Bremen, de André Oliveira / Sónia Carmo / João Ataíde
Brutal e rápido, são certamente palavras que descrevem esta BD. Confesso que nem o estilo, nem a história funcionaram muito bem comigo, mas não foi um mau trabalho, com personagens expressivas e bastante liberdade nas pranchas.

The Dragon Tamer, de João Vasco Leal
Apesar do traço simplista, esta ilustração tem um certo ar harmonioso que realmente capta a atenção e até nos dá um sorriso.

Porteiros, de Filipe Coelho
Adorei o grafismo da BD e o alinhamento das vinhetas. O fim foi bastante bom também, e a história foi interessante o suficiente. Um trabalho bastante interessante, especialmente a nível visual.

The Warrior, de Manuel Morgado
Cheia de belíssimos detalhes e uma composição que funciona, embora seja bastante estática. Não é muito inovadora em termos de alinhamento dos 'elementos', mas as cores e os elementos de fundo dão uma vida quase mágica à imagem.

Sangue Mau e Medusa, de Manuel Alves
A minha opinião do volume anterior mantém-se. Os desenhos são lindos e muito realistas, mas a balonagem intromete-se como um estigma e arruína as ilustrações, especialmente quando é usado o fundo amarelo.

3 Olhos, de Rodolfo Buscaglia / Sebastián Luqué
Arte muito boa e expressiva (com o uso apenas do preto e branco), e uma história interessante e que dá que pensar.Um trabalho muito interessante.

Attic, de Luís Lourenço Lopes
Já no volume anterior tinha gostado da arte deste artista que faz uso de uma técnica muito particular, que se vê poucas vezes. No entanto, desta vez, a história deixou-me confusa (e não no bom sentido).

Ilustração de Joana Afonso
Mais um excelente trabalho desta ilustradora, que funciona extremamente bem com os mínimos detalhes (sem qualquer fundo). Cria um impacto extremo.

Utopia, de Diogo Campos / José Pinto Coelho / Fil
Argumento algo confuso, ou melhor, um pouco mal explicado a meu ver, e que me deixou algo insatisfeita. A arte funciona bem para o tipo de história, mas as cores, demasiado escuras e pouco contrastantes, não ajudaram muito à apreciação das pranchas. Mas ainda assim devo referir que gostei do final, por ser imprevisível mas não inverossímil.

In Memoriam, de Mariana Perry
Adorei! Acho que a sequência da imagem está fenomenal e ri-me com este trabalho.

Descida ao Inferno, de Pedro Nascimento / Nuno Amado
A história central está boa, embora contenha vários clichés. No entanto os diálogos estão demasiado previsíveis e cheios de 'lugares comuns'. A acção não tem a melhor sequência (por vezes estende-se demasiado, outras passa muito depressa. Já a arte está muito boa em partes, e noutras ... nem por isso. O trabalho a aguarela, no entanto, está bastante interessante. O que me intrigou foi o fim.

Ilustração, de Fil
Macabro e visualmente chocante. Foi impossível desviar os olhos e contem pormenores bastante interessantes.

Um Final Feliz, de João Raz / Fil
A arte funcionou bastante bem nesta Bd, mas o argumento estava muito fraco. Carregado de clichés, apressado onde não devia e lento onde poderia ter andado bem mais depressa. Sinceramente acho que perdeu imenso com uma história sem originalidade.

Sedução Carnal, de Diogo Campos / Véte
Certamente algo diferente e completamente inesperado. Mas talvez por isso mesmo não tenha parecido ... natural. No entanto funcionou bem e a arte está bastante interessante.

Catacumba - prólogo, de António Valjean
Este é o tipo de prancha que teria funcionado à mil maravilhas sem uma única palavra no meio. Infelizmente o texto só serviu para me fazer revirar os olhos, pois as vinhetas falavam por si e eram bastante dinâmicas, com uma arte interessante.

A sereia da minha infância, de Vidazinha / Hugo Teixeira
Um argumento bastante original, com um estilo artístico que funcionou muito harmoniosamente com a história, graças à sua simplicidade (tanto nos traços, como nas cores). Um trabalho muito interessante.


Sem Futuro, de Rui Alex
Gostei particularmente desta BD, pois embora o conceito não seja novo, a forma como decidiram ilustrá-la deu-lhe vida.

Dador Universal, de Fil
Bastante chocante, tanto a nível artístico como narrativo. Gostei muito desta BD, epla sua frontalidade e porque ... bem ... acredito que esta realidade não esteja muito longe. A arte funcionou muito bem para a história e vice-versa.


Unrelieved Fairy, de Eduardo Monteiro
Mais uma ilustração muito apelativa do ilustrador. Das três, esta é a minha favorita (embora me pareça que lhe falta ali um pé :)

Uma coisa que notei em várias bd/ilustrações foi o uso de texturas. Bem sei que está em voga, mas há que ter cuidado pois tudo o que é exagerado acaba por aborrecer. Algumas chegavam a ter demasiadas texturas e isso tirava muito aos trabalhos.

No geral esta foi mais uma boa colectânea de BDs e Ilustrações, teve participações muito boas e outras que nem tanto, mas isso é normal acontecer, já que, como é costume dizer-se "não se pode agradar a gregos e a troianos".

Se ficaram interessados, visitem o BLOG do projecto Zona!

Booking Through Thursday - Capa

CAN you judge a book by its cover?


Se a pergunta fosse se alguma vez comprei um livro pela capa, então a resposta seria não, mas a verdadeira pergunta envolve muito mais que isso. Pois uma capa pode tanto induzir-me a ponderar a compra de um livro, como criar repulsa e a não-vontade de sequer dar uma hipótese à sinopse ou a um excerto.

Um exemplo que uso várias vezes é o da antologia Contos de Vampiros (imagem ao lado).  Até hoje esta uma das capas mais horripilantes que já vi. Causa-me repulsa, e só por causa da capa adiei a compra da antologia durante meses, porque não queria ter uma coisa feia destas nas mãos. Neste caso, nem os grandes nomes integrados na antologia conseguiram compensar o mau gosto da capa. Horrível!
Felizmente depois de ganhar coragem, lá comprei o livro, li-o (e gostei), mas sempre que olhava para a capa, arrepiava-me. Haja mau gosto!

Mas o contrário também acontece. Por exemplo, a única razão porque peguei no Romance de Genji (de Murasaki Shikibu) foi pela capa (só depois percebi que era o clássico japonês de que já ouvira falar tantas vezes. Ou mesmo o primeiro Anders (de Wolfgang Hohlbein / Heike Hohlbein), que me chamou primeiramente a atenção pelas capas. Muitos outros livros houve, que me prenderam o olhar antes de prender a curiosidade. Afinal, quando  vamos a uma livraria ou feira do livro, ou sabemos já o que vamos comprar, ou conhecemos já os autores, senão os restantes normalmente apelam-nos primeiramente de forma visual, muitas vezes involuntária.

Felizmente há casos em que tanto o conteúdo como a capa são excelentes, e eu dou valor a uma capa que represente fielmente a história, ao invés de seguir tendências e ficar-se pela mediocridade.
Acho que nunca compraria um livro só pela capa (para isso comprava uma impressão do artista), mas pode acontecer. Quem sabe? Só que o mais provável é que acabe por não gostar, até porque hoje em dia as capas mais 'bonitas' nem sempre calham aos melhores autores ou aos melhores livros. E também me parece que, apesar de tudo, não nos devemos afastar de um bom livro só porque tem uma capa horrível, embora a tentação seja muita.. Convenhamos. Quem quer estar a ler num café com uma capa de meter medo ao susto?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Fénix 0

"Fénix, nº 0", fanzine

Esta é uma fanzine dedicada à divulgação da fantasia, Ficção Científica e do Horror, constituída apenas de contos de variados autores portugueses, com organização de Álvaro de Sousa Holstein.
Começa com um editorial do organizador/coordenador, que relata como tudo começou e como, uma ano depois, a fanzine ganhou forma.

Opinião:
"O satélite de Natal", de João de Mancelos
No início do conto, confesso que fiquei apreensiva, pois a escrita não me cativou (especialmente alguns dos termos usados), no entanto as reviravoltas que o autor subtilmente introduziu na história, foram simplesmente 'deliciosas' (permitam-me o termo). Cheguei ao fim com um sorriso no rosto, pois achei a ideia muito interessante e bem executada, se bem que a nível de escrita poderia ser ainda mais aprimorada (não que esteja mal, mas poderia ser mais intuitiva).

"A gloriosa raça das ratazanas", de Joel Puga
A história está bastante bem pensada e fez-me recordar o "encantador de ratos" dos irmãos Grimm. Imagino que se tenha baseado na fábula, e nesse aspecto conseguiu utilizá-la bem. No entanto, a prosa não me apaixonou, chegando mesmo a roçar o monótono. Pareceu-me que de início tentou contar coisas que não precisavam realmente ser contadas, e a acção do meio e fim perdeu-se um pouco, não por falta dela, mas por falta de convicção das palavras. Contudo, graças à trama, o conto leu-se bem.

"Os pilares", de José Manuel Morais
A escrita maravilhosa do autor, fez com que o tema passasse para segundo plano, ganhando a prosa uma vida própria. Fiquei rendida desde as primeiras frases, mas felizmente também a história conseguiu manter o interesse, embora as palavras fossem a sua verdadeira força. José Manuel Morais é um autor a manter debaixo de olho.

"O velho das terças-feiras", de José Pedro Cunha
Achei este conto extremamente pitoresco e muito bem contado. Pareceu-me quase uma daquelas histórias que nos contam nas aldeias, e a escrita do autor conseguiu captar muito bem esse ritmo narrativo. Noutra nota, é engraçado notar como este conto é tão tipicamente português, nos cenários que descreve.

"O roubo dos figos", de Marcelina Gama Leandro
Mal se inicia a leitura do conto, sente-se também uma presença Lusa que é estranhamente reconfortante. A história é doce e curta, mas o fim deixou-me pouco satisfeita.

"E agora algo completamente diferente", de Regina Catarino
O conto em si não me surpreendeu tanto quanto o título parecia indicar, mas soltei uma gargalhada com a última frase. (Eu sei. Que crueldade!) Imagino que o estilo da narrativa tenha sido propositado e até funciona bem neste caso, mas pouco mostra do que autora poderá ter para dar enquanto escritora.

Crónica de Roberto Mendes
Embora já conhecesse praticamente tudo o que foi relatado na rubrica, não deixou de ser interessante lê-lo pelas palavras do próprio Roberto. Louvo o esforço tem feito e projectos que ele tem desenvolvido, mas também sei o que correu bem e o que ... nem por isso. Vale a pena ler para os que não conhecem.

Suplemento Pumba!, de Banrion
Ri-me com todas as páginas, sem excepção. Posso não conhecer uma ou duas das caras retratadas nesta sátira em forma de ilustrações, mas ainda assim as piadas não se perderam e forma bem retratadas pelo artista. Há que levar estas coisas pela piada.


No geral penso que foi uma fanzine bem conseguida, bem estruturada, e que publicou uma boa dose de contos interessantes. É certamente um projecto a seguir com interesse.

Top Ten Tuesday - Rewind

Pois é, pois é ... já não me chega estar sempre atrasada para escrever o Booking through Thursday, e agora lembro-me de me meter no Top Ten Tuesday. *le sigh*
Perdoem-me estas coisas.

Enfim, o Top Ten Tuesday é um desafio semanal onde tempos de fazer listas baseadas num tema diferente, dado pelo site The Broke and the Bookish. Esta semana é o Top Ten Tuesday rewind, que consite ir ver a lista de temas anteriores e seleccionar um que não tenhamos feito (como não fiz nenhum, a lista foi grande). Assim sendo, e como quis fazer como , lá me aventuro nestas coisas.

Para ser diferente da Carla, escolhi o nº10: Books I can't believe I never read, e aqui fica a listinha:
1. Drácula, de Bram Stocker - Admite-se eu ter escrito um livro sobre vampiros e não ter lido isto? (é claro que se admite, mas deixem-me bater com a cabeça na parede mais próxima durante uns segundos);
2. Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell - O livro bem que me 'olha' da prateleira, mas ainda não tive coragem de lhe pegar;
3. Um qualquer livro de José Saramago - Porque não se admite que não tenha lido o prémio nobel português. Quanto mais não seja para finalmente descobrir como o senhor escreve;
4. A colecção dos Cinco, de Enid Blyton - Pois acho que sou a única pessoa que conheço que nunca leu mais que um livro;
5. A Filha da Floresta, de Juliet Marillier - A autora é um doce de pessoa, e toda a gente me diz para ler o livro, mas eu fico intimidade pelas minhas próprias expectativas. Será que é este ano?;
6. Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões - Porque apenas li excertos na escola, e tenho em casa os volumes completos mas nunca lhes peguei por mais que alguns minutos;
7. As Aventuras de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe - Lembro-me dos desenhos animados, mas nunca cheguei a ler o livro, por alguma razão desconhecida;
8. O Diário de Anne Frank, de Anne Frank - Pois já estive com o livro na mesinha de cabeceira e não arranjei tempo para o ler. Eu às vezes nem acredito nas coisas que faço (ou não faço, como é o caso);
9. Sandman, de Neil Gaiman - Que todos dizem ser das melhore novelas gráficas de sempre, e como fã do género, é uma lacuna que sinto sempre que oiço o nome;
10. A Origem das Espécies de Charles Darwin - Com a curiosidade que tenho sobre o tema, parece-me impossível ainda não ter tido o 'apelo' pelo livro.

E para a semana há mais.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Golfinho de Júpiter

"Golfinho de Júpiter", de Mary Rosenblum (Antagonista Editora)

Sinopse:
Anton Kraj é um repórter de investigação especializado em documentários dramatizados, o melhor da sua área, cujo filho faleceu vítima de uma epidemia que assolou a Terra há anos. Atormentado pela prematura morte deste, consequência de uma fraude farmacêutica, dedica-se a elaborar docudramas acerca das investigações de fundo que leva a cabo.
Jonah é uma Inteligência Artificial, uma sonda destinada a explorar os oceanos gasosos de Júpiter, em busca de vida inteligente. Concebida na forma de um golfinho mecânico, possui a personalidade de uma criança de 13 anos - precisamente a idade em que faleceu o filho de Anton Kraj.
Da convivência entre os dois surge uma verdadeira cumplicidade, num turbilhão de eventos que ligam na perfeição o estilo da ficção científica com o do romance policial, será Jonah uma máquina ou um individuo? Num futuro, mesmo aqui à porta, como será a nossa relação psicológica com máquinas programadas para terem sentimentos?

Opinião:
Já há muito que não me recordava da história central da história, e, de forma consciente, decidi não ler a sinopse antes de começar, para desta forma a narrativa me poder captar a atenção logo de início.

Confesso, fiquei rendida à voz narrativa desde as primeiras páginas e achei a história uma pequena delícia, de tocar o coração.
As personagens estão muito bem construídas e expostas, a acção decorre de forma bastante regular (não é apressada, nem lenta) e temos momentos descritos que nos levam a sonhar. Há uma excelente caracterização e suspense narrativo em toda a história.

No entanto, há duas coisas de que não gostei particularmente. A cena do 'culminar' da história pareceu não fazer justiça ao resto da narrativa, porque voltou o ritmo para uma prosa de espionagem.
Por outro lado, a não separação das cenas confundiu-me imenso, especialmente porque o texto era todo corrido (nem sequer um parágrafo extra existia) e a história ficava a perder com a momentânea desnorteação do leitor, quando mudava de cena sem pré-aviso (ou seja, sempre).

Em suma, adorei esta noveleta e fiquei com muita curiosidade de ler mais alguns trabalhos da autora. Percebe-se porque foi nomeada para o Prémio Hugo, pois é uma história profunda, cheia de significado, com uma excelente caracterização e uma prosa bela. Recomendo!

Tradução:
Na minha perspectiva a tradução está bastante boa e 'invisível'. Não notei muitas palavras estranhas, nem traduções forçadas, por isso acho que está um muito bom trabalho.
Fica também uma nota à editora: Deviam ter referido o nome do/s tradutor/es, ao invés de colocarem apenas o nome da editora.


Capa (Todd Lockwood), Design e Edição:
Adorei esta capa, não só porque retrata bastante fielmente a imagem transmitida pelas palavras da autora, como pelas cores e simetria. No entanto esta edição peca pela fraca qualidade da imagem (nota-se que a imagem não tinha a resolução necessária para a impressão) e isso tirou alguma beleza à capa.
Em termos de edição, mantenho o que disse quanto ao Pela Sombra Morrerão. Deverão. talvez, nos próximos volumes da colecção, ter mais atenção à colagem das páginas, para que não aconteça de o leitor ser impedido de ler o texto por ter duas páginas coladas nas extremidades interiores.

Nota: Esta história foi publicada num edição conjunta com o Pela Sombra Morrerão da Carla Ribeiro.

Pela Sombra Morrerão

"Pela Sombra Morrerão", de Carla Ribeiro (Antagonista Editora)

Sinopse:
Derek Sherbourne é o último vampiro. É também uma sombra atormentada pelo passado e pela forma cruel como passou de humano influente a criatura das trevas.
Agora, a sua mente conserva uma única determinação: procurar vingança nos descendentes do ser que o transformou. E será, pois, desta forma que Elisa Northwood e a sua filha Christabel serão alvo da tenebrosa vontade do vampiro, caminhando na senda da vingança do imortal, à medida que ele próprio revive o seu passado.
Uma obra que recupera o vampiro como personagem histórico brutal e violento, quase despojado de quaisquer sentimentos e noções de humanidade.

Opinião:
Esta noveleta (permitam-me o termo, à falta de algo melhor) tenta recuperar o terror, a violência e uma certa sensualidade que sempre estiveram ligados ao mito dos vampiros. Com uma atmosfera claramente negra, do início ao fim, não é uma história que tenha, nas suas entrelinhas, qualquer tipo de esperança. Isto é algo amargo de se sentir, especialmente quando no meio está uma criança. Claro que não vou desvendar o final, mas a autora faz o que precisa com a história, sem meias medidas, e com isso a narrativa ganha uma intensidade que se faz sentir em quase todas as cenas.

Contudo, existem momentos que parecem supérfluos, ou melhor, demasiado expostos. No entanto o verdadeiro ponto fraco deste livro, são as várias explicações que os personagens nos vão dando, sobre as suas motivações e decisões que nos aparecem sempre na forma de diálogos, que pouco têm de natural, e que saturam pela sobre-exposição e sobre-explicação. Sou veementemente a favor do "show, don't tell" e aqui sente-se a falta disso.
Outra coisa que não gostei particularmente, prende-se com o início da narrativa, que soou algo estranho e ambíguo em demasia. Felizmente rapidamente o compasso muda.
Em contrapartida o final foi estranhamente surpreendente e está a aberto a variadas interpretações, o que foi uma jogada interessante da parte da autora.

Em suma, foi uma história que entreteve e que trouxe consigo um intrínseco sentimento de desespero (que os antigos mitos vampíricos provocavam), presente em todas as páginas. No entanto parece-me que os diálogos ganhariam em não ser tão 'expositórios', e sim mais fluentes. Por vezes menos palavras funcionam melhor do que o maior dos textos, especialmente se falados.
Foi uma boa noveleta, que se leu bem, embora, pessoalmente tenha gostado mais do conto da autora que li no Conto Fantástico. No entanto este foi, certamente, bastante mais bem conseguido que um outro conto que li da autora na Dagon.

Capa (Miguel Santos), Design e Edição:
A capa está bastante apelativa e em consonância com o estilo da narrativa, trazendo memórias de outros tempos, outras histórias e medos. A predominância do vermelho também lhe dá um ambiente bastante reconhecível.
O design interior está bastante simples, mas funciona. Apenas tenho de apontar que as margens estão muito mal pensadas, e mais que uma vez tive de escancarar o livro para poder ler.
Também tenho de dizer que a encadernação deixou muito a desejar, na medida em que, pelo menos o meu exemplar, apresentou-se com várias folhas coladas no meio, o que fez com que tivesse de usar a imaginação para decifrar certas partes do texto. De resto a grossura da capa estava bastante boa e o volume consistente, são só mesmo estas falhas com as margens e a encadernação que precisam de mais atenção.

Regresso dos Deuses: Rebelião - Divulgação

Título: O Regresso dos Deuses - Rebelião
Autor: Pedro Ventura
Editora: Editorial Presença
Edição: 19 de Abril 2011

Sinopse: Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a intrépida e pragmática guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos e senhora de um passado obscuro, Calédra, outrora conhecida por cognomes como Portadora da Luz ou A Chegada da Morte, está destinada a protagonizar uma missão improvável – tentar salvar um mundo que a rejeitou, e muito em particular os humanos, da crescente ameaça representada pelo domínio Holkan. No entanto, Calédra também terá de lidar com a sua própria essência, com o seu passado e futuro. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos (e improváveis) os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas são também as vezes em que a guerreira enfrenta inimigos terríveis – como Mugar-Abe, o tenebroso regente do reino e aliado dos Holkan – e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito singular e inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, pela sua determinação, levando-nos a ler com insaciável voracidade as páginas deste épico vibrante. No entanto, será ela capaz de conseguir os seus propósitos?
Um livro que revela também a verdadeira face de uma mitologia própria, cuja existência não se justifica por si e cujo propósito está longe de ser insondável...


Preço: (desde) 17,01€
Onde é que o livro pode ser adquirido?  Pré-lançamento na Wook e Fnac.

Visitem também o site oficial do autor e o seu blog.

Abaixo fica o booktrailer:

domingo, 17 de abril de 2011

Classificações - uma decisão

Já quando escrevi, em Janeiro, sobre o meu 'método' de classificação numerária dos livros que leio, tinha pensado seriamente em alterar esta situação.
Pois bem, nas férias decidi-me. Não vou mais dar notas aos livros.

Isto por uma razão muito simples: Cheguei à conclusão de que dar uma nota pode ser tanto menosprezador como bajulador, por mais 'ética' que eu tente ser quando os classifico. E por isto me aconteceu muitas vezes de voltar atrás, mesmo passadas umas semanas de opinar sobre uma obra, e dar por mim a alterar a classificação.
Sinceramente, parece-me que será uma opinião mais justa e direccionada, se eu não estiver a encerrar toda as minhas conclusões com um número que na verdade pouco diz sobre a obra.

Assim sendo, a partir de agora as minhas opiniões continuaram no mesmo 'regime', mas no final já não encontrarão aquele número de 1 a 10.

Mas, tendo sido esta uma decisão que tomei sozinha, gostava também de saber a vossa opinião. Que vos parece? Será que o sistema de classificação é necessário, ou apenas um 'apêndice' que pode facilmente ser descartado?


P.S.: Vou deixar as opiniões anteriores com o sistema de classificação, pelo menos para já, porque não tenho disponibilidade de as alterar uma a uma.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Personalidade

Mais uma semana com o desafio do blog Booking Through Thursday.
In a related question to last week’s–
I was reading the other day a quote from JFK Jr who said on the death of his mother, that she died surrounded by family, friends, and her books. Apparently, Jackie’s books were very much a part of HER, her personality, her sense of self.
Up until recently, people could browse your bookshelves and learn a lot about you–what your interests are, your range of topics, favorite authors, how much you read (or at least buy books).
More and more, though, this is changing. People aren’t buying books so much as borrowing them from the library. Or reading them on their e-readers or computers. There’s nothing PHYSICAL on the shelves to tell strangers in your home, for better or worse, who you ARE.
Do you think this is a good thing? Bad? Discuss!
Esta questão tem vários pontos em comum com a da semana anterior, em que a pergunta era se expúnhamos os nossos livros e os mostrávamos ao 'mundo'.
Não sei bem se as minhas estantes dizem muito de mim, além do facto que compro muitos livros, gosto de fantasia, e que tenho mais livros para ler do que propriamente lidos.
Na verdade, apesar de ler muitos livros em ebook, sempre que gosto mesmo do livro, gosto de o comprar em formato papel. Não perguntem porquê, mas gosto de sentir as estantes cheias e saber que, se quiser, posso emprestar o livro a alguém que o aprecie.
Também não tenho por hábito pedir emprestados livros na biblioteca, por razões que j+a antes mencionei, mas que repito: na biblioteca da minha cidade não há muita variedade de escritores contemporâneos, e menos ainda de fantasia, além de que, os poucos que há, já têm livros em falta, sagas incompletas, etc. Gosto muito de lá ir pesquisar sobre arte, mitologia, e outras coisas que tal, mas para emprestar livros, só mesmo muito raramente.

Isto tudo para dizer que tão cedo ninguém de vai preocupar em não Ver os livros que leio.

Mas voltando à questão central: se acho ou não bem esta tendência para haverem cada vez menos livros em casa (por causa da crise, poupança e dos empréstimos). Bem, na verdade sinto pena, porque sempre adorei entrar numa casa e ficar minutos (senão mesmo horas) a admirara as suas estantes de livros. E sim, acho que na maioria dos casos diz muito sobre os habitantes da casa e isso é um bónus.
No entanto, entendo que o facto de esta 'tendência' estar a desaparecer se deve a factores diferenciados. Uns bons, outros maus. Por exemplo, não acho mal terem agora muitos ebooks, poupam papel e ajudam o planeta (desde que o leitor de ebooks não esteja a poluir mais ainda). Os empréstimos, esses advém da crise. Cada vez mais a sinto e cada vez me posso dar mais ao 'luxo' de comprar livros, especialmente em português.

E acho que já disse tudo o que tinha a dizer.
E vocês, que pensam?

Bang! 9

"Bang!" nº9, revista lançada pela Saída de Emergência e FNAC

Tal como no número anterior, começamos com um editorial (desta feita, não tão interessantes como o seu antecessor, mas ainda assim razoável) e a apresentação das novidades da Colecção Bang (maioritariamente sequelas ou autores já anunciados anteriormente).
Ao longo da revista, também foram colocando pequenas impressões publicadas em vários blogs, de diferentes livros. Foi uma adição interessante.
Já as críticas no final da revista, estavam bastante mais interessantes e menos sumários do que no número anterior. Uma boa mudança, já que para saber sinopses não leio opiniões.

Ilustrador (Tiago da Silva)
Foi há cerca de 1/2 anos que descobri este talentoso artista português, mas desde então que se tornou num dos meus favoritos. Com um uso subliminar da cor, e uma estética impecável, as ilustrações de Tiago Silva deixam-nos de boca aberta. Certamente um artista a seguir com interesse.

Os Mundos Imaginários do Fantástico Português - Parte 2 (António de Macedo)
Seguindo o que se passou no volume anterior, esta continuação não desapontou ao mostrar-nos e descrever-nos os nomes e obras de fantasia, um pouco mais recentes. No entanto, e apesar de louvar a imparcialidade quando nomeou os mais recentes autores do panorama nacional, ainda assim sobressaiu alguma 'preferência' (chamemos-lhe assim), o que distou do resto do ensaio, que tinha sido mais distanciado.

O Ano dos Fantasmas e dos Demónios (Safaa Dib)
Apesar de ser fã do cinema oriental, ainda não vi nenhum dos dois filmes mencionados (embora já tenha deles ouvido falar). Gostei de como a Safaa abordou as duas obras, deixando o leitor curioso.

"A Invasão", de Andersen Santos
Apesar de o autor ser brasileiro, é engraçado perceber que não há no texto nenhuma daquelas expressões que denotam a sua origem. A prosa está muito envolvente, a história bem contada, e apesar de não ser o auge da originalidade, consegue divertir, entreter e deixar-nos com uma sensação pesada no final.
Ainda por cima, parece-me que passa uma certa mensagem sobre o excessivo consumismo, que hoje em dia atinge grande parte da população
Noutra nota, não gostei muito da imagem de apresentação do conto (é culturalmente apelativa, mas visualmente repelente), mas a ilustração interior está muito boa (embora, infelizmente, não haja sequer menção do ilustrador ou do fotógrafo, e isso é imperdoável).

"Os Crisântemos Africanos", de Jorge Palinhos
Este conto conseguiu gelar-me o sangue com a sua franqueza e uso extraordinário das palavras e da imaginação. É uma viagem quase arrepiante pelo meandros de uma mente perturbada, contada de uma forma envolvente e expressiva.
Não conhecia o autor, mas vou ficar atenta.


Eu e a fantasia temos uma longa história (George R. R. Martin)
Foi interessante saber como a fantasia era recebida nos anos 40 e 50 e a história sobre as tartarugas fez-me rir, mas o texto de Martin, a partir do meio, tornou-se algo moroso. Penso que se estendeu demasiado.

"Memorial", de Elizabeth Bear
Um conto interessante, com duas personagens bem interessantes e cuja interacção gostei muito de ler. No entanto pareceu-me que a conclusão ficou aquém do potencial da história.

Vida noutros planetas (Stephen Hunt)
Um artigo interessante, sobre algo que os portugueses apenas agora começam a ver acontecer com mais 'propaganda': As convenções.

Os Negros Anos-Luz de Terry James (Pedro Piedade Marques)
Uma excelente continuação do artigo anterior. Com curiosidades interessantes e uma análise às capas de ficção científica que marcaram uma era, e que até eu, que não sou daquele tempo, reconheço hoje em dia (para percebermos a intemporalidade de certos trabalhos). Espero sinceramente que o Pedro Piedade continue a contribuir com artigos interessantes, pois valem bem a pena.

"O Espelho Negro", de R. A. Salvatore
Ao princípio, e até cerca do meio do conto, achei-o algo aborrecido, se bem que escrito de forma interessante. Felizmente a partir do meio ganhou alguma verdadeira substância e interesse narrativo. Gostei do fim, mas no geral o conto ficou bem aquém do que esperava. Parece-me que a voz narrativa não é tão 'aventureira' quanto o protagonista, o que faz com que a acção não pareça tão excepcional como poderia ser.

Os Livros das Minhas Vidas (David Soares)
Diferente do que esperava e bem-humorado, com toques pessoais e curiosos. Muito interessante e leve.

Desenhar o Irrepresentável: Lovecraft na BD (João Lameiras)
No geral gostei do artigo, mas achei que se focou demasiado nos artistas/argumentistas, e pouco na forma como elas abraçaram os contos de Lovecraft na sua arte. Neste ponto o artigo pecou um pouco e perdeu alguma profundidade, mas mostrou-se, ainda assim um artigo de interesse.

A Arquitectura do Futuro e o Futuro da Arquitectura (Pedro Gadanho)
Um artigo interessante, com um tema sobre o qual pouco se ouve falar, apesar da clara evidência de mistura entre a arquitectura e a FC. Apesar de muito interessante, e até certo ponto abrangente, pareceu-me que um pouco mais de profundidade e referências teriam funcionado bem com o tema.

Távola Redonda (Ana Mendes Lopes, Alberto Simões, Cristina Correia, Fernanda Semedo)
Uma visão sobre o 'mundo' da tradução, que apesar de não em ser totalmente desconhecido, me permitiu entender melhor o trabalho destes 'fantasmas' que tanto nos podem maravilhar como desapontar. Uma rubrica muito boa, interessante e com uma interactividade bastante dinâmica. Certamente uma aposta ganha.


De um modo geral, esta revista superou o número anterior, melhorando tanto a nível de artigos, como de contos e ainda nas críticas. Uma aposta ganha! E só espero que continuem, mas já agora, dispensava bem as 'campanhas publicitárias' que só atraem crianças, tais como: "... ao Legolas (dizem que este até anda num psicólogo em Rivendell". Por favor ...

Nota: Podem fazer o download da revista em pdf, AQUI.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bang Bang - Ultimate 1

"Bang Bang - Ultimate 1", de Hugo Teixeira (Pedranocharco)

Sinopse:
A primeira Manga nacional, o primeiro de uma mini-série de três volumes. Este livro é um western futurista pós apocalíptico, uma verdadeira BD de ficção científica portuguesa.

Opinião (argumento):
A história central está interessante e bem exposta. A acção desenrola-se num compasso bem acompanhado, embora por vezes certas coisas parecem desnecessárias. O autor conseguiu também introduzir uma boa dose de exposição das personagens, embora o Tora seja o que mais 'sofre' com falta de exposição.
No entanto senti falta de uma maior explicação sobre o sistema e especialmente sobre a relação entre os protagonistas. Nada nos foi dito ou mostrado, e fica no ar a dúvida de porquê eles estarem a agir em conjunto. Claro que conto que isto seja explicado nos próximos volumes.

Opinião (arte):
Se em momentos a arte espanta, noutras nem tanto. Não há dúvidas que os cenários são lindos de ver e os efeitos deixam-nos de boca aberta, mas em contrapartida, o desenho das personagens parece desfasado do restante. Isto é uma pena, pois com um pouco mais de brilhos nas personagens, o livro estava perto de ser perfeito. Infelizmente é quase impossível ignorar esta diferença. Não é que isso estrague o livro, pois uma BD não deve apenas ser julgada pela beleza dos desenhos, mas também pela história e pela composição (que aqui esta bastante boa), mas quando notamos a diferença entre os cenário e a mestria do artista com os efeitos, parece estranho que o desenho de personagens esteja tão desajustado.

Contudo, uma coisa que nunca apreciei, e que aqui por vezes me irritava um pouco, foi o uso abusivo de tones. Entendo que sendo a arte a perto e branco, lhe queiram dar mais vida com os tones, mas tudo o que é demais é erro. E se, felizmente, em grande parte das pranchas há um equilíbrio, noutras nota-se uma saturação que rasa o abusivo e com isto deve-se ter cuidado.

Pessoalmente não gostei na capa. É difícil distinguir os elementos nela retratos e o uso do vermelho denegriu um pouco a arte. Já para não falar que a cabeça não se assemelha muito com a personagem que pretende retratar. Mas são gostos ...


Por fim, tenho a dizer que este livro é uma leitura agradável e que deixa no ar curiosidade pelos seguintes volumes. No entanto, acho que o artista tem ainda muito que evoluir para chegar a um maior equilíbrio, já que se fascina nuns pontos, com prática certamente fascinará também nos restantes. Mas como não julgo uma BD somente pela arte, recomendo.
Uma nota no entanto para a edição. No geral está agradável, mas não se admite que na capa não exista uma só referência ao nome do autor, e também deveria ter havido um maior cuidado com algumas margens porque numa ou noutra página os diálogos estão cortados pela encadernação.

Compras e Ofertas - Março 2011

No mês de Março tive muita sorte. Isto porque a Slayra, (Livros, Livros e mais Livros) me ofereceu um camião de livros (não literalmente, mas quase). Muito obrigada, Slayra!
- One Dark Night, de Jaid Black
- A Little Mischief, de Amelia Grey
- On My Lady's Honor, de Kate Silver
- Already Dead, de Charlie Huston
- The Eye of the World, de Robert Jordan
- Smoke in Mirrors, de Jayne Ann Krentz
- Nerd in Shining Armor, de Vicki Lewis Thompson
- Dragon Heat, de Allyson James
- The Nymphos of Rocky Flats, de Mario Acevedo
- Blood and Chocolate, de Annette Curtis Klause
- Nightwalker, de Jocelynn Drake
- The Devil You Know, de Mike Carey
- Eve of Darkness, de S.J. Day
- Full Moon Rising, de Keri Arthur
- The Dead Zone , de Stephen King

Livros que eu comprei:
- A Cabeça de Salomé / Dizes-me coisas amargas como os frutos, de Ana Paula Tavares;
- Mean Spirits & Young Blood, de Meg Cabot;
- As Sete Cores de Oníris, de Rita Vilela;

BD / Manga:
- Valérian e Laureline", de Pierre Christin / Jean-Claude Mézières;
- Eternal Sabbath - vol. 2, de Fuyumi Soryo;
- Black God - vol. 3, de Doll-Young Lim / Sung-Woo Park;
- O Gato do Rabino, de Joann Sfar;
- XIII - Mystery, de Xavier Dorison / Eric Corbeyran / Ralph Meyer / Philippe Berthet;
- Adèle Blanc-sec , de Jacques Tardi

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Cereais & Visual

Já regressei de férias, mas como tinha dito, não li nada (nem sequer o código da estrada, por completa falta de tempo).
Entretanto aqui ficam as minhas respostas ao 'desafio' Booking through Thursdays das duas últimas semanas


If you’re like me, you grew up reading everything under the sun, like the cereal boxes while you ate your breakfast, the newspapers held by strangers on the subway, the tabloid headlines at the grocery store.
What’s the oddest thing you’ve ever read? (You know, something NOT a book, magazine, short story, poem or article.)

Pergunta difícil, porque, sinceramente, eu leio tudo o que me aparece à frente. Às vezes até começo a ler em outras línguas (e a recitar em voz alta, para treinar o som), de coisas tão dispares e estranhas como caixas de medicamentos, embalagens de shampoo, mensagens estúpidas (supostamente) românticas escritas ou gravadas num qualquer local que deveria ter sido preservado e/ou casa-de-banho pública, entre outras coisas que tal. :)
A verdade é que dificilmente consigo ter as vistas desocupadas, por isso estou sempre à procura de algo para ler/observar. Por isso é que não consigo descansar as vistas, excepto quando estou a dormir.

So … the books that you own (however many there may be) … do you display them proudly right there in plain sight for all the world to see? (At least the world that comes into your living room.)
Or do you keep them tucked away in your office or bedroom or library or closet or someplace less “public?”

Os meus livros estão quase todos no meu quarto, por uma razão muito simples: sozinha ocupo mais de duas estantes e não há espaço no resto da casa para o meu 'vício'. No entanto estão à vista de todos e até costumo convidar as pessoas para verem a 'exibição'. Afinal as estantes são tão lindas e estão tão recheadinhas que seria um desperdício ser só eu a vê-las.
Infelizmente, por motivos de espaço, tenho é de ter as BDs noutro local menos visível. Gostava de ter uma estante só para elas, mas teria de ser com vidro, e sinceramente já não tenho espaço no quarto. :(

E fico por aqui. Não prometo nenhuma opinião para esta semana, mas em breve devo retomar o meu ritmo de leitura normal.

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