terça-feira, 29 de junho de 2010

::Conto:: Dreams

"Dreams" de Keri Arthur, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Quinn é um vampiro antigo que quer possuir Riley não só em sonhos como também na realidade.

Opinião:
O princípio não me cativou, mas o que menos gostei foi mesmo da personagem da Riley. Sinceramente nunca gostei de personagens (quer femininas, quer masculinas) que dormissem com tudo o que tem pernas (independentemente de quantas pernas tem), por isso ela até pode ser uma personagem interessante (que não parece), mas eu pessoalmente não fiquei a gostar. São gostos!
Mesmo o Quinn, que até consegue ser interessante, embora seja demasiado poderoso (perfeito, perfeito), mais do que o desejável mesmo e não tem nada de realmente "único", o que o torna um personagem que não fica na memória.
Pessoalmente este conto fez-me lembrar a Saga Anita Blake, cujo primeiro título eu li e detestei.
O confronto com os inimigos foi interessante e até dinâmico, tendo sido a melhor parte do conto.

A escrita da autora é interessante mas pessoalmente não gostei muito das personagens, por isso possivelmente não voltarei a ler nada desta saga, mas até poderei ler algo mais da autora.

Este conto é baseado no mundo da Saga Riley Jensen, da autora.

::Conto:: Viper's Bite

"Viper's Bite" de Delilah Devlin, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Viper decide, naquela noite, seduzir em vez de caçar, mas Mariah não lhe é totalmente desconhecida.

Opinião:
Com um início muito interessante e um compasso sempre certeiro, com diálogos inteligentes e naturais, este conto foi muito bom de ler.
Tanto o Viper (Danny) como a Mariah são personagens muito interessantes e carismáticas, deixando-me com vontade de ler mais sobre os dois, mas ao mesmo tempo a autora conseguiu dar um nó na história, para não deixar os leitores desapontados.
A escrita da autora foi muito cativante e energética, em todos os momentos, o que ajudou ainda mais a que gostasse da leitura.

E, se não estou em erro, esta curta história faz parte da história da Saga Veiled Alliance (pelo menos fala no Danny na sinopse).

Com certeza irei dar uma oportunidade a um livro mais longo da autora, pois adorei a forma como escreve. É simples, mas muito perspicaz.

Amante de Sonho

"Amante de Sonho (Predador da Noite 0.5)" de Sherrilyn Kenyon (Edições Chá das Cinco (Grupo Saída de Emergência))

Sinopse:

Grace Alexander, uma bonita terapeuta sexual de Nova Orleães, julgava estar destinada a uma vida sem paixão. Até ao dia em que a amiga Selena a convence de que, por artes mágicas, poderá convocar um escravo de amor durante um mês. Certa de que a magia da amiga irá falhar, Grace deixa-se levar pela brincadeira.
Opinião: 
Como amante (*pun intended*) que sou da mitologia (de todo o tipo) não pude deixar de adorar essa parte da história, que me pareceu ter sido bem aproveitada pela autora, especialmente aquando a personificação das divindades. E esta vertente tem, definitivamente, pano para mangas e acredito que a autora o explore nos restantes livros da saga.
Quanto à história em si, a ideia é interessante e foi bem apresentada e explorada. Quem nunca imaginou "o que aconteceria se uma personagem saltasse para fora de um livro"? E melhor, quem nunca quis ver um autêntico "Deus grego"?
Tudo isso está incluído neste livro, e muito bem.
As duas personagens principais são divertidas e ambas têm virtudes e defeitos, o que as torna um pouco mais "amistosas". Achei também que o facto de o Julian ser o amante perfeito, foi bem explorado. Aliás, dir-se-ia mesmo, perfeito demais, mas isso já é outra história.
O amor dos dois não surgiu do nada, o que foi uma mudança agradável já que normalmente neste tipo de romance apaixonam-se mal se vêm. Com a Grace e o Julian, as coisas foram progredindo à medida que se foram conhecendo melhor, o que pareceu muito mais natural.
Só achei um pouco "chata" a parte da história relacionada com a Grace. Tanto o antigo namorado (que miraculosamente encontraram uma noite num bar, e que em seguida levou uma tareia), como o caso do paciente stalker. Simplesmente tudo isso me pareceu estar lá para encher palha, embora nos mostrasse um lado mais protector do Julian, achei que estes dois foram momentos mal aproveitados. O mesmo já não aconteceu com a história dos pais da Grace, que achei um toque bem interessante.
Houve bastante desenvolvimento de personagens, o que permitiu que acabasse por gostar da Grace e do Julian, apesar das coisas que ele fez no passado (e que não têm perdão nem desculpa).

Em suma, foi uma leitura divertida, mas que não me cativou como outras do género. As cenas mais "escaldantes" não estavam "quentes" o suficiente (ver tradução) e algumas pareciam mesmo vindas do nada, o que era algo estranho.
Gostei muito do uso das mitologias e da introdução de vários e diferentes divindades que deram um gostinho subliminar à narrativa.
Gostava de ler o segundo livro, mas possivelmente fá-lo-ei em Inglês (ver tradução), com muita pena minha.

Tradução (Eduardo Fernandes):
Infelizmente acho que muita da razão porque não desfrutei mais deste livro foi pela tradução. Muitas das palavras pareciam-me desadequadas e as cenas de sexo não eram escaldantes, muitas vezes, graças à escolha do vocabulário. E bem sei que o português é traiçoeiro, mas não era só nestas cenas que eu sentia uma certa "irritabilidade" com a tradução.
Em termos gerais está correctamente traduzido, mas talvez esteja demasiado fiel ao original, o que lhe tira um certo "lirismo" e cria um entrave na leitura.
Também achei que fizeram falta umas quantas notas de rodapé, especialmente para esclarecer sobre as várias figuras mitológicas que foram surgindo. Eu por acaso conhecia-os quase todos, mas nem toda a gente é igual e uma notinha de rodapé vinha bem a calhar (pelo menos para os deuses menos conhecidos).

Capa & Design: 
O design interior está simples mas bem conseguido. Já a capa, embora envolvente e cativante, cedo se torna desleal pois não representa em absoluto a personagem que a autora tão bem descreve. Julian, o personagem principal, deveria ter cabelo loiro, olhos azuis celeste e a barba feita; enquanto que o homem na capa tem  cabelos escuros, barba e olhos de um verde azulado. E também não percebi o porquê da mansão. Na história não é referida nenhuma mansão. Já a lua cheia foi um toque interessante.
Gostei muito foi da encadernação que não se deformou nem um bocadinho mesmo depois de eu escancarar o livro (não devia fazê-lo, eu sei).

segunda-feira, 28 de junho de 2010

::Conto:: Knowledge of evil

"Knowledge of evil" de Raven Hart, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Um vampiro milenar, sedento de conhecimento, encontra uma professora universitária com a mesma afinidade que ele e a mesma vontade de aprender.

Opinião:
Este conto traz de volta um pouco da loucura original dos vampiros, pelo menos em alguns momentos, mas noutros tenta ser "politicamente correcta" e isso estraga um pouco o entusiasmo.
O Nick, um vampiro dos tempos da Grécia antiga, sempre odiou os outros vampiros e por isso dedicou-se a dizimá-los até à quase extinção. Infelizmente esta parte da sua história foi pouco aproveitada e para além do que a autora "diz" pouco ficamos a conhecer sobre o "como" ele fez o que fez.
Adorei a ideia de ele não se cansar de aprender e de estar sempre atrás de mais e mais informação. Foi a melhor parte da história.
Depois Nick conhece Victoria e aos poucos ela mostra-se uma lunática com modos e ideais tresloucadas.
Foi divertido, e até diferente, ler a parte em que ambos se confrontavam verbalmente numa luta de ideias e objectivos e posso dizer que os dois faziam um "casal" muito "escaldante".
O final, embora "correcto" e até desejável, deixou-me um certo gosto amargo, porque não houve a prometida "vingança". Uma pena!

Em suma, este conto entretêm, mas não chega a ser verdadeiramente único, como poderia ter sido. A história é única, mas a forma como foi contada (especialmente no fim) limitou-a um pouco.

::Conto:: The righteous

"The righteous" de Jenna Maclaine, na antologia "The Mammoth book of Vampire Romance" (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Narra a história de Justine, uma caçadora de vampiros que se vê com a cabeça a prémio pelo regente dos vampiros, que não está nada contente com a quantidade de mortes que ela tem causado.
Este conto é uma prequela à saga Cin Craven da autora, que inclui os títulos: Wages of Sin, Grave Sins, Bound by Sin.

Opinião:
A história é interessante, mas acho que lhe faltou mais impacto e, certamente, mais incredulidade por parte da personagem principal. Pareceu-me que a Justine se adaptou demasiado depressa, e demasiado bem à presença do Devlin. Mas, mais que isso, fiquei desapontada com a facilidade com que aceitou que ele a mordesse, mesmo depois de nos ser contado que ela havia sido atacada violentamente por vampiros anos antes, e ficado traumatizada.
Também me pareceu que tudo foi tratado muito superficialmente, especialmente a relação entre a Justine e a irmã.
O que mais gostei foi mesmo a interacção entre a Morrigan e o High King (Rei Supremo). Não me importaria de ler mais sobre os dois.

Mostrando vários pontos interessantes sobre o "mundo" que criou, a autora deixa a curiosidade no ar sobre o que a saga Cin Craven pode trazer.

domingo, 27 de junho de 2010

A Princesa e o sapo

A Princesa e o sapo
Este recente filme animado da Disney, que infelizmente parece ter sido mal recebido pelo público (segundo dizem, por incluir a palavra "princesa" no título, o que afastou os meninos da tela), fez-me relembrar porque sempre gostei do género.
Com uma animação fluída, que é a marca da casa, sem grandes aparatos digitais (embora se notem diferenças) e com uma história cheia de pequenas lições, este foi um filme muito divertido de ver.

Depois de ter lido, recentemente, o conto dos Irmãos Grimm no qual este filme se baseia, posso dizer que pouco ou nada tem a ver com o original, o que não é necessariamente mau.
O que manteve do original foi a princesa cheia de mimo (aqui mostrada na forma da melhor amiga da Tiana), que sempre viveu com tudo o que quis, graças ao pai babado. No entanto ela até consegue ser divertida, e solidária, pois no fim está disposta a ajudar a amiga a ficar com o príncipe, além de que durante todo o filme, mesmo sendo mimada, não deixa de ser um doce de rapariga (com as suas muitas excentricidades).

Pessoalmente adorei o facto de a Tiana ser de uma família pobre, e de fazer de tudo para cumprir os seus sonhos. Foi algo muito diferente do que a Disney nos habituou nas heroínas, e garanto que o deviam fazer mais vezes.
O príncipe também estava super-divertido, com a sua excessiva confiança, especialmente depois de se tornar um sapo.
Os restantes personagens também estavam bem, especialmente o crocodilo que toca jazz, e o pirilampo. E falando do pirilampo, palmas para a Disney, pelo desfecho tocante desta personagem tão engraçada.
O vilão infelizmente foi a parte menos bem conseguida deste filme. Não foi desenvolvido o suficiente e chegamos ao fim sem saber muito bem de onde ele veio ou porque se tornou no "vilão". Também o "mordomo" ficou áquem das expectativas, sem nunca nos ser verdadeiramente mostrado porque ele odiava tanto o príncipe. Uma pena!

A música estava muito gira, com um toque de jazz e baladas do Bayou (acho que é assim que se escreve). Muito bom!

Um suma, este foi mais um filme Disney para toda a a família, com uns temas um pouco diferentes do habitual, mas que deveriam ser usados mais vezes pois são actuais e realistas. E mais, o facto de quase todas as personagens não serem "brancas" deu uma riqueza extra ao filme. Repitam e não excluam pois afinal somos todos iguais.

sábado, 26 de junho de 2010

Ciranda de Pedra

"Ciranda de Pedra" de Lygia Fagundes Telles (Editorial Presença)

Sinopse:
Na magnífica casa de Natércio, que Virgínia visita semanalmente, há num recanto frondoso do jardim, uma fonte dentro de uma roda formada por cinco anões de pedra. Ela efabula que essas cinco figuras são as suas irmãs, Bruna e Otávia e os amigos Afonso, Letícia e Conrado. Porém, Virgínia sente o peso da rejeição junto dessa família idealizada. Por isso, ao descobrir quem é o seu verdadeiro pai, após a morte trágica de Laura e Daniel, pede a Natércio que a deixe estudar em regime de internato. Voltará quase adulta para finalmente descobrir o que se oculta por detrás do mito familiar que cristalizou na imagem da ciranda dos anões de pedra.

Opinião: 
Fez-me alguma impressão, especialmente ao início, o facto de o livro não estar adaptado ao português de Portugal. Certas palavras e especialmente certas expressões eu estranhava muito. Talvez por isso não tenha desfrutado mais deste pequeno livro.

Adorei a forma como todo o livro é contado e como é notório o crescimento da personagem principal ao longo da narrativa, fazendo-nos entrar na sua lógica e obscurecendo a verdade, da mesma forma que ela vê as coisas.
A Primeira Parte, contada enquanto Virgínia era ainda uma criança e lutava pela atenção de todos, foi muito genuína. Senti-me mesmo como se estivesse no interior da cabeça de uma menina que queria integrar-se, mas que ao mesmo tempo era incapaz de se erguer e tomar uma posição, sempre limitada pelo que acreditava ser o desprezo e incompreensão de todos.
A Segunda Parte, contada já quando Virgínia era uma mulherzinha, depois de ela ter crescido, sozinha e enclausurada por vontade própria, num colégio de freiras, deixa-nos entrar na pele dela, mais uma vez, com uma veracidade tal que não conseguimos entrar na pele das outras personagens. Vemos tudo pelo prisma dela, um prisma limitado pela solidão e ancorado pela raiva.
Isto foi o que mais gostei no livro, pois consegue mesmo retratar a personagem, fazer-nos senti-la, mas ao mesmo tempo não conseguiu, pelo menos na primeira parte, transmitir convenientemente a dor da perda que ela sentiu. Esse foi o primeiro ponto negativo.

Interessante é ver como a autora jogou com as repetições, ou melhor, com as memórias. Virgínia vive no passado, e ainda assim é assaltada pelos fantasmas do presente. Cresceu mas ao mesmo tempo continuou sendo a mesma menina de sempre, com medo de encarar os outros, incapaz de lhes perguntar de frente aquilo que lhe moí o coração, e isso condiciona e ao mesmo tempo exalta toda a narrativa.

O que menos gostei neste livro foi mesmo o fim, pois depois de ela finalmente conseguir mudar-se e ter aquilo que tanto deseja, vira costas a tudo, como uma covarde e volta a ficar sem nada. Não compreendi a lógica do final e deixou-me um gosto muito amargo.
Também não gostei do facto de todos, mas mesmo todos os personagens serem hipócritas e de poucas virtudes terem. Sou a favor de personagens tridimensionais, com virtudes e defeitos, mas não de personagens que apenas conseguimos odiar.

Uma outra coisa muito interessante nesta obra é que ela se torna intemporal. Não há nada na narrativa que condicione esta obra, nada que nos diga em que "tempo" se passou, e isso joga a seu favor.


Em suma, foi uma leitura muito interessante, forte e extremamente emotiva e realista, sob um prisma diferente do que costumo ler. Custou-me a habituar ao Português do Brasil (a editora falhou neste ponto, limitando-se a publicar sem ao menos umas notas de rodapé que auxiliassem em certas expressões) mas no fim já estava comodamente adaptada, só que no início não gostei da leitura por esta mesma razão.
Recomendo.


Capa & Design: 
A capa tem uma textura fantástica e um esquema de cores harmónico, mas não percebo porque cortaram a cabeça à rapariga (não gosto nada quando fazem isso, mais valia cobrirem-lhe a cara com o cabelo), mas por outro lado a imagem adapta-se muito bem pois representa uma parte fulcral da história, com a flor vermelha e o vestido negro.


Nota: Esta leitura foi feita no âmbito tema do mês de Junho do Desafio Literário 2010.  

terça-feira, 22 de junho de 2010

Na sombra do Dragão

"Na sombra do Dragão (Irmandade da Adaga Negra 2)" de J.R. Ward (Casa das Letras)

Sinopse:
Na irmandade, Rhage é o vampiro com o apetite mais forte. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir aos impulsos e o amante mais voraz - pois dentro dele arde uma maldição feroz imposta pela Virgem Escrivã. Refém do seu lado mais obscuro, Rhage receia as vezes em que o seu dragão interior é libertado, tornando-o um autêntico perigo para todos os que o rodeiam.
Mary Luce, uma sobrevivente das teias mais trágicas da vida, é atirada, sem querer, para o mundo vampírico, ficando dependente da protecção de Rhage. Vítima da sua própria maldição fatal, Mary não está em busca de amor. Perdeu a fé nos milagres há muitos anos. Contudo, quando a intensa atracção animal de Rhage se transforma em algo mais emocional, ele sabe que deve ligar Mary a si próprio. E, enquanto os seus inimigos se aproximam, Mary luta desesperadamente para ganhar a vida eterna junto daquele que ama...

Opinião: 
Depois de ter lido o primeiro e ter gostado, estava algo ansiosa por ler o seguinte, que desta vez se centra no Rhage, um vampiro amaldiçoado.
Primeiro devo dizer que gostei do facto de a autora ter incluído uma personagem com uma doença terminal, o que deu muito mais alento à personalidade forte e intransigente da Mary, que é o modelo de mulher a seguir. Infelizmente também achei que a autora não levou este "dado" até onde o poderia levar, o que tirou alguns pontos à narrativa.
Depois também há que adorar a mais absoluta honestidade do Rhage. Juro que nunca pensei que um homem totalmente honesto fosse uma coisa má, mas depois de ler o livro, já não sei bem o que pensar. XD
Isto claro, seria a fórmula perfeita para um livro bombástico, certo?
Mas o problema é que, para mim, este casal não fez a mesma faísca que o Wrath e a Beth (do primeiro livro). Não sei bem o que foi, mas alguma coisa não caiu totalmente bem ali, o que não quer dizer que não estivesse a torcer por eles. E, o mais engraçado, é que embora ficasse a achar que o relacionamento dos dois aconteceu demasiado depressa (assim como, imagino, aconteça em todos os livros da saga) também fiquei com a sensação que não foi apressado. Estranho, não é?
Bem, numa coisa tenho de dar pontos à autora. Neste livro ela não se focou apenas neste casal, mas deu já muitas luzes sobre o próximo livro (Zsadist e Bella), que eu agora quero ler muito!

Este livro foi uma boa leitura, que me manteve muitas horas acordada porque queria ler mais e mais. Foi um autêntico page-turner, e não fiquei insatisfeita com ele, mas ainda assim pareceu-me que faltou algo crucial. Acho que faltou mais Butch (de longe uma das minhas personagens favoritas).
Ainda assim, adorei a forma como a autora contou a história e o compasso em que o fez,  adorei o amor que floresceu entre os dois, o facto de os outros guerreiros não serem esquecidos, e até as movimentações dos lessers. Fiquei foi com um ódio (de estimação) à Scribe-Virgin que é uma mulherzinha irritante e vingativa. o que ela queria fazer ao Rhage e à Mary não se faz! E ainda o Ómega é suposto ser o mau da fita. Pois ... (ao ler os livros quase nos esquecemos que é tudo ficção).
Infelizmente foi o fim que quebrou um pouco da magia para mim porque eu sou das que gosta de fins mais realistas, mesmo quando são maus. Mas já se sabe que quando lemos este tipo de romances, as coisas não podem acabar mal, pois não?

P.S.: O nome da edição em português, apesar de não ser tradução fiél do original (Lover Eternal) está mais que adequado à história. Pontos para a editora, que já agora fez uma capa linda e apropriada. *Love it*

domingo, 20 de junho de 2010

O Novo Membro - Divulgação

A pedido do autor, e como é sempre bom promover novos autores portugueses, aqui fica a informação relativa ao livro.


Título: O Novo Membro
Autor: Bruno Franco
Editora: Corpos Editora
Edição: Fevereiro de 2010

Sinopse: Nos arredores de Almada dava-se o primeiro passo para uma terrível e surpreendente fase em Portugal. Alex, uma pessoa bastante peculiar, desejava ardentemente ingressar numa determinada e também ela peculiar sociedade secreta, que estava ainda em crescimento, mas que tinha grandes ambições e potencialidades. O líder, Ferro, impôs uma condição: Alex teria de passar por uma missão muito perigosa e sangrenta, para provar a sua lealdade, coragem, inteligência e determinação. Era uma missão assustadoramente bem organizada, e eles sabiam que nem o aclamado detective Rodrigo Tavares seria capaz de os apanhar.
Durante a investigação, Rodrigo Tavares depara-se com um número escrito com impiedosas facadas numa das vítimas que o transporta para algo bem mais perigoso e grandioso do que à partida se supunha.

.................................-311-.............................

Este número aparentemente inofensivo escondia uma terrível verdade e fê-lo perceber que os assassinatos não eram aleatórios, e que o elo de ligação entre as vítimas, mestriamente escondido, revelava-se ser catastrófico para ele mesmo.
Num policial cheio de acção e emoção, e com a ajuda de dois agentes da PSP e do seu parceiro da PJ, Rodrigo perseguirá Alex até ao fim, e tentará fazer o que eles acreditam ser impossível até para o mais astuto e inteligente dos detectives portugueses.
Podem ler o Prólogo AQUI.

Preço: 23€
Onde é que o livro pode ser adquirido?  No site da Editora, na FNAC, na K de Livro.

Visitem também o blog do autor.

sábado, 19 de junho de 2010

Contos de Vampiros

"Contos de Vampiros" de João Barreiros, Saint-Clair Stockler, Jorge Candeias, Alexandre Heredia, Eric Novello, Sacha Ramos, Luís Filipe Silva, Tibor Moricz, André Carneiro (Editora Draco - Brasil)

Sinopse:
Por favor não me leia o pescoço.
Lembra-se do filme? Agora tem um livro: nove terríveis contos de vampiros, originais e assinados por autores portugueses contemporâneos, directamente para os seus maiores receios de leitor!
A partir do momento que iniciar a leitura, a responsabilidade é inteiramente sua.

Opinião: 
Escrevi uma opinião distinta para cada conto, e podem lê-las aqui:
- "O Mistério da Rua da Missão", de Ana Paula Tavares (6 valores);
- "A Fotografia (a história do vampiro de Belgrado)", de Gonçalo M. Tavares (6 valores);
- "Uma noite em Luddenden", de Hélia Correia (7 valores);
- "Vlad, o empalador", de João Tordo (7 valores);

- "Sangue Azul", de Jorge Reis-Sá (6 valores);
- "M. de Malária", de José Eduardo Agualusa (5 valores);
- "Exangue", de Miguel Esteves Cardoso (7 valores);
- "O Monstro", de Rui Zink (5 valores);
- "Como tocar Violino", de Susana Caldeira Cabaço (6 valores);



Edição: 
Não encontrei nenhum erro durante a leitura, o que é excelente! A antologia também está bem organizada, tanto a nível de conteúdo como de sequência dos contos (embora todos sejam bem distintos dos restantes).
Fora isso, só tenho a dizer que tanto a sinopse como a nota do editor estão um pouco ... (como dizê-lo?), infantis?!? Sinceramente, não fiquei fã de nenhum destes atributos do livro, mas é uma questão pessoal.

Capa & Design: 
Já o disse várias vezes e volto a repeti-lo: ESTA é a capa MAIS PIROSA de sempre!
Quem foi o designer que deixou uma coisa destas ser publicada? Sinceramente, estavam todos cegos? Que coisa mais horrorosa! E foi por causa da capa que eu não comprei isto antes.
Bem, mas fora a capa, o design do livro está muito bom. Adorei o toque único das páginas marginadas a vermelho. Fantástico!

::Conto:: Como tocar Violino

"Como tocar Violino" de Susana Caldeira Cabaço, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Opinião:
Gostei bastante da escrita da autora, fluída e constante, com uma voz bastante única e uma forma de contar a história que cativou mas ao mesmo tempo dispersou um pouco nos momentos de maior intensidade, o que tirou algum mérito ao conto.
Gostei muito da ideia e a história está muito bem conseguida. Adorei a forma como descreveu a música e o uso dos instrumentos musicais, quase como se pudéssemos "sentir" a música e o toque das cordas. Nesse aspecto, foi excelente.

::Conto:: O monstro

"O Monstro" de Rui Zink, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Opinião:
A paranóia constante neste conto foi interessante, assim como as pequenas reviravoltas, mas infelizmente a voz narrativa fracassou, com o seu tom "morto" e alongamento desnecessário em pequenas coisas que não interessaram.
Foi engraçado ver o autor pegar na mítica personagem Van Helsing (ou no caso, o seu descendente), mas as referências perderam-se num emaranhado de detalhes sem interesse.

Compras 22 & Ofertas 09

Eu bem tento me controlar, mas quando entro numa Feira do Livro, saio sempre com sacos cheios de livros, e hoje não foi excepção.
Fui ao Porto porque queria estar na sessão de autógrafos da Madalena Santos, que teve a gentileza de me assinar o livro O décimo Terceito Poder (peço desculpas à autora por não ter ficado mais tempo a dar à língua, mas nestas situações nunca sei que dizer), e tinha também intenções de comprar o Israel Sketchbook do Ricardo Cabral (que me fez um desenho autografado [vejam do lado esquerdo]. Muito obrigada!). Mas depois soube que o Filipe Pina (muito simpático) também estaria na feira para assinar o BRK e lá fui eu comprar os livrinhos de banda desenhada para serem assinados.
Claro que não fiquei por aí e andei umas boas horas às voltas pela feira à procura de uns livros que queria:
- Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles;
- Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell;
- O Deus das Moscas, de William Golding
... e depois a comprar uns que não contava comprar mas que estavam a "chamar" por mim:
- O dia em que a Terra gritou, de (Sir Arthur) Conan Doyle (Colecção Argonauta);
- O Homem Duplo, de Philip K. Dick (Colecção Argonauta);
- Muito depois da meia-noite, de Ray Bradbury (Colecção Argonauta);
- Longe da Terra, de Marion Zimmer Bradley (Colecção Argonauta);
- A cidade das ilusões, de Ursula K. LeGuin (Colecção Argonauta);
- [Malitska:], de Francisco Oliveira & Miguel Rocha;
- Akira vol. 11, de Katsuuhiro Otomo.

No fim ainda trouxe o A noite e o sobressalto, de Pedro Medina Ribeiro, grátis, graças à promoção Leya 4, pague 3.
E por último, mas não menos importante, dei um saltinho à Ésquilo para comprar o O Espião de D.João II, da Deana Barroqueiro, que é uma escritora muito simpática e que assinou o livro para eu oferecer à minha mãe. Fiquei muito curiosa quanto ao outro romance da autora, o O Romance da Biblia, e que possivelmente comprarei muito em breve.

Resumindo, não posso comprar mais livros durante uns bons meses. XD

::Conto:: Exangue

"Exangue" de Miguel Esteves Cardoso, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Opinião:
Curto, mas muito envolvente.
Gostei muito da escrita do autor, quase bélica, sinfónica até. Sem exageros, mas dando ao leitor todas as pequenas pistas que precisa para entender o que se passa. E até as repetições (sempre ponderadas e compreensíveis) conseguem embelezar ainda mais o texto.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O livro fechado sobre José Saramago

Infelizmente sou das poucas pessoas que ainda não leu nada do autor (eu sei ... vergonha!), mas isso não me impede de lhe dar o valor merecido, tanto enquanto escritor português, como vencedor do prémio-nobel, como, melhor ainda, escritor de fantasia (pois sei que muitas das suas histórias contêm pitadas do género).
Realmente foi uma desonra ele ter sido menosprezado, criticado e espezinhado pelo próprio país. Que foi feito da liberdade de expressão? Mesmo que não chegasse a concordar com os pontos de vista do autor, isso não iria significar que denigriria toda a sua obra. Uma coisa é um autor escrever mal, outra é escrever sobre coisas polémicas, mas bem.
Não vou dizer o que já foi dito pelos outros, centenas de vezes hoje, mas subscrevo quando dizem que a obra do autor ficará, em memória do grande autor que foi.

E com isto (que tristeza dizê-lo), vou ver se leio finalmente um livro do autor nos próximos tempos.

Compras 21 & Ofertas 08

Na quinta-feira regressei ao quiosque do costume, e como tinha pedido para me guardarem os livros enquanto estivesse de férias, e trouxe estes dois livros:
- Crónica de uma Travessia, de Luís Cardoso;
- As duas sombras do rio, de João Paulo Borges Coelho;

Nessa mesma noite, dei um saltinho (carro e metro) à Feira do Livro do porto, para tentar apanhar alguns bons livros durante a Hora H (22:30h-23:30h). Infelizmente não encontrei todos os livros que queria, e alguns escaparam-me porque uma hora não dá para tudo, mas entretanto fiz bastantes (demais) aquisições:
- Histórias Extraordinárias I, de Edgar Allan Poe;
- Histórias Extraordinárias II, de Edgar Allan Poe;
- As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain;
- O Caçador de Sonhos, de Stephen King;
- Harry Potter e os talismãs da morte, de J.K. Rowling;
- Voodoo Girl, de Eva Dias Costa;
- O Décimo Terceiro Poder, de Madalena Santos;
- Lisboa Triunfante, de David Soares;
- Prazer de Matar, de Tami Hoag;
- O Highlander Negro, de Karen Marie Moning;
- Akira, vol. 12-17 e 19, de Katsuuhiro Otomo.

E no stand da Saída de Emergência ainda recebi um livro grátis, na compra de outros dois. O livro foi A Guerra dos tronos, de George R.R. Martin.

Fiquei desapontada com a Praça Leya, pois era lá que procurava vários títulos, mas infelizmente não encontrei nenhuns. Só lá estavam praticamente as novidades, não havia nenhum funcionário nos stands (só na mesa central) para dar informações e os livros estavam organizados de uma forma arcaica. Sinceramente fiquei desapontada com eles e por causa disso só comprei o livro da Madalena Santos, quando tinha intenções de adquirir mais uns cinco só lá. Uma pena!
Já agora, alguém sabe se eles têm os livros do Frederico Duarte lá? É que eu bem procurei, mas não vi nada, e queria muito comprar.

E no fim nem cheguei a gastar todo o dinheiro que tinha posto de lado para a feira. XD Talvez no sábado ainda compre mais um ou dois livros.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

::Conto:: M., de Malária

"M. de Malária" de José Eduardo Agualusa, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Sinopse:
Um taxista vê um seu cliente arrastado do carro e ouve disparos. Assutado, foge e encontra depois a mala do cliente, contendo muito dinheiro, que ele então decide usar para mudar radicalmente de vida.

Opinião:
A história e o conceito estavam bons, assim como as personagens estavam interessantes e distintas. No entanto, o tom narrativo pecou pela placidez com que descreveu toda a história, tornando-a aborrecida quando deveria ser empolgante, e mundana quando poderia ter sido fantástica. Já para não falar que o conceito "vampírico" foi pouco explorado e fracamente exposto ao leitor.
Não foi uma má leitura, mas também não me deixou totalmente satisfeita.

::Conto:: Sangue Azul

"Sangue Azul" de Jorge Reis-Sá, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Sinopse:
Um eclipse que deveria durara apenas cinco minutos, fica parado no tempo, privando todos da luz do sol.

Opinião:
A primeira coisa que pensei quando comecei a ler este conto, foi o quanto me lembrava de "30 days of night" (a banda desenhada e o filme) por causa da escuridão que tudo consome.
Sinceramente, pareceu-me que o autor teve uma ideia muito interessante e que possivelmente daria para ser contada num formato mais longo, o que, neste caso, me parece que iria favorecer e muito a narrativa.
Infelizmente foi a forma como o autor decidiu contar a história que a degradou mais. Pode ser um estilo do autor (não sei porque nunca li nada dele), mas a forma como se dirige às personagens e a forma como descreve as cenas e especialmente como mostra os diálogos, é no mínimo estranha e não me consegui habituar a ela.

O conto foi interessante e a história, se explorada a todo o seu potencial, poderia ser ainda melhor, mas infelizmente é o tom da narrativa que lhe tira algum mérito, sem deixar de ser ainda assim um conto que entretém.

Contos de Grimm - Parte 1

Eu tinha já aqui falado que durante as férias ia tentar ouvir audiobooks. Pois bem, eu tentei ... mas não gostei!
Experimentei vários títulos, em Inglês, mas o problema era que as vozes narrativas me irritavam muito, por isso acabei por desistir de vários.
No entanto a voz dos Contos de Grimm estava muito boa, melodiosa até, e com aquele sotaque britânico que me faz rir, o que me fez conseguir ouvir uns quantos contos, sobre os quais deixo agora a minha opinião:

O Rei Sapo (The Frog King)
Com muitos dos elementos que conhecemos da infância, mas com personagens cheias de defeitos (nada como as que vemos nas adaptações), um pouco mais realistas na sua completa irrealidade.
Gostei do conto mas não gostei do fim que não esteve em sintonia com o resto do conto e, a meu ver, não fez muito sentido, apenas para terminar de forma algo "embelezada".

Rapunzel
Começa por ser um conto sobre a gula e a irresponsabilidade dos pais, e logo depois, sem grande passagem narrativa, muda para se tornar num conto sobre uma "mãe" possessiva e um amor cruel.
Gostei do romance e, maioiritariamente de todo o conto, à excepção do início que pareceu desencaizado do resto da história.

Hansel & Grettel
Um conto cruel que praticamente não foi modificado do original nas adaptações mais modernas. sobre pais irresponsáveis e facilmente manipulados (mas que ainda assim acabam isentos de culpa, o que não faz sentido) e de duas crianças que ainda assim amam o pai e desejam mais que tudo voltar para junto dele.
Foi bonita a relação dos dois meninos, mas irritou-me que apenas a bruxa e a madrasta fossem castigadas, quando o pai pecou tanto como elas.

O Pescador e sua Mulher (The fisherman and his wife)
Um conto demasiado comprido, com repetições desnecessárias.
mostra bem a avareza (da mulher) e a submissão (do marido) mas o fim não faz sentido. Teria mais lógica se a própria mulher se tornasse no "flounder" (peixe-gato?) e ficasse presa eternamente, se bem que me parece que a ideia era que o desejo final dela já estava cumprido pois eles tinham brincado aos deuses com todos aqueles desejos.



E foram estes os contos que ouvi, pois depois do último não tive paciência para ouvir os restantes. É certo que é muito bom ouvir estes contos, crus e originais, sem os floreados que agora são dados pelas adaptações animadas e que, muitas vezes, pouco ou nada têm a ver com os originais, mas ao mesmo tempo os textos, mesmo sendo curtos, conseguem ser tão chatos e repetitivos que não apetece ouvir mais.
Vou ouvir os restantes, mas um de cada vez, para não me fartar da fórmula de fábula que usam.
Uma coisa que não gostei nada em todos os contos, foi a forma como a mulher é retratada: Mesquinha, avarenta, sedenta de poder, egoísta, enfim, sem um único ponto a favor. Enquanto o homem é sempre retratado como submisso (à excepçãao do rei que era justo) mas ainda assim mais mercedor (segundo a própria história) de desculpa que a mulher que é retratada sempre como um ser desprezível (à excepção da Rapunzel).
Pode ser que seja apenas algo característico dos contos que ouvi e que os restantes não o sejam, mas isto irou-me um pouco muito.
No entanto, não posso retirar o mérito devido as estes contadores de histórias que marcaram gerações. As suas fábulas ensinam lições de vida e esse é sempre o propósito de um bom conto de fadas.

Em breve deverei ouvir/ler  mais contos dos Irmãos Grimm para assim poder dar uma opinião mais fundamentada.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Compras 20

Esta quarta-feira recebi três livros da Presença, que comprei durante a promoção 50 anos, 50 livros, 50% desconto. Uma excelente promoção da editora, que assim me deu (e a muitos outros) a oportunidade de comprar títulos que de outra forma não poderia ter comprado tão cedo, embora já estivessem na minha lista-de-desejos há muito tempo.
Os livros desta remessa são:
- Os Pilares da Terra (Volume 1), de Ken Follett;
- A Manopla de Karasthan (Crónicas de Allaryia 1), de Filipe Faria;
- A Mulher do Viajante no Tempo, de Audrey Niffenegger.

O Anjo mais estúpido

"O Anjo mais estúpido" de Christopher Moore (Bis Leya) 

Sinopse:
Nota do Autor: «Se estás a pensar comprar este livro para ofereceres à tua avó ou a um filho, deverás estar ciente de que contém palavrões, bem como primorosas descrições de canibalismo e de pessoas com mais de 40 anos a praticarem sexo. Depois não me culpes. Eu avisei.» 

Opinião: 
Parti para esta leitura esperando algo que me fizesse rir, e este livro, com a sua história satírica, as suas personagens totalmente alucinantes e o seu estilo caricato, conseguiu fazer-me brotar vários sorrisos e até gargalhadas altas, durante a leitura.
É um livro que não pode, nem deve, ser levado muito a sério, logo desde a primeira página. Nenhuma das personagens está no seu perfeito juízo, mas todas representam um extremismo dos defeitos do ser humano e, assim como toda a história, usa e abusa do que a sociedade tem de melhor, mas especialmente de pior.
Adorei de morte os diálogos dos defuntos, quer quando estavam debaixo da terra, como depois, quando se ergueram das covas. Genial!
O anjo, esse não podia ser mais estúpido, e confesso que tive vontade de o esmurrar, se tal alguma vez fosse possível.
Adorei o Theo e a Molly, que são o casal mais amoroso do livro, mesmo tendo em conta toda a insanidade que os mistura.

A única coisa que não gostei neste livro foi a última parte. Achei-a totalmente desnecessária, e sinceramente não percebi o propósito da mesma. Nada mudou, não mostrou nada de novo e apenas deixou um sabor algo amargo no fim da leitura. É possível que este seja o estilo do autor, mas achei-o dispensável.

Em suma, foi uma leitura rápida (eu demorei porque pouco tempo tive para ler), divertida e, bem, basta dizer que tem zombies à mistura. O que pode ser melhor?


Tradução (Leonor Bizarro Marques): 
A tradução esteve muito bem, com várias notas de rodapé para esclarecer todas as peculiaridades descritas pelo autor ao longo da narrativa. Uma boa tradução sem nada de mau a assinalar.

Capa (Rui Belo) & Design: 
Achei que tanto a capa como a contra-capa estavam de uma simplicidade fabulosa. Adorei! E parece-me que se enquadra perfeitamente no tema do livro.


Nota:  Este livro foi ganho num passatempo da Bis Leya. Podem ver o blog oficial do livro AQUI.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ofertas 07

Voltei!
Desculpem só hoje dizer alguma coisa.
No dia antes de ir de férias, recebi no correio duas prendas fantásticas:
-"The Alibi, de Sandra Brown (que ganhei num passatempo feito pela própria autora através do Goodreads e que veio acompanhado de um marcador assinado, e o próprio livro vinha autografado. *happy*)

- Venom, de Joan Brady (que ganhei automaticamente ao entrar no Thriller & Suspense Challenge 2010, cortesia da editora Simon & Schuster UK. De notar que esta é uma ARC (Advanced Reading Copy) e que é a primeira vez que recebo uma. *lucky*)

Escusado será dizer que ambas cópias estão em Inglês e como pretendo lê-las em breve, cedo terão uma opinião.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Férias

Só para deixar um aviso que vou estar fora do país até ao dia 14, e por isso não deverão haver actualizações até lá.
Quando voltar, no entanto, espero ter algumas opiniões para dar pois pretendo aproveitar as longas horas de viagem para pôr a leitura em dia e vou, pelo primeira vez, experimentar os audio-books. Em breve saberão se gostei da experiência ou se, como temo, os audio-books não sejam para mim.

Até lá, leiam muito!

::Conto:: Vlad o empalador

"Vlad, o empalador" de João Tordo, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Sinopse:
Três crianças, uma visita de estudo, e o vampiro de serviço.

Opinião:
Com uma escrita fluente e simples na sua própria beleza, o autor conta-nos uma história de infância e juventude, de amizade, aventura e especialmente de bullying.
Gostei, pois o conto convidava à leitura, não aborreceu e tinha personagens interessantes. O único ponto fraco foi a pouca originalidade do enredo, pois senti que "já li isto em algum lado". Não literalmente, claro está, mas parece-me que o autor tinha potencialidade para mais.
Isto serviu para me aguçar a curiosidade quanto a outros trabalhos do autor, que certamente voltarei a ler com gosto.

terça-feira, 1 de junho de 2010

::Conto:: Uma noite em Luddenden

"Uma noite em Luddenden" de Hélia Correia, na antologia "Contos de Vampiros" (Porto Editora)

Sinopse:
Um estrangeiro chega à estalagem durante um Inverno rigoroso, depois de ter passado uma noite perdido nas ruínas.

Opinião:
Usando do velho ambiente vampírico, mais medieval, criado e baseado na cultura popular, este conto consegue mesclar o folclore português com o do resto da Europa, fazendo um uso inteligente das diferenças culturais de outros tempo.
O ponto menos a favor foi a introdução demasiado longo, demasiado parada e algo aborrecida, pois assim que a narrativa apanhou o passo, o conto tornou-se muito bom de ler.
Um regresso às origens.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails