terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ruby

"Ruby (Landry 1)" de V.C. Andrews (Círculo de Leitores)


Sinopse:
No coração do bayou, Ruby Landry vive uma vida simples mas feliz. Mas a inocência não dura para sempre ...
A única família que Ruby conhece, é a Grandmère Catherine, umacurandeira espiritual Cajun, e o bêbedo e isilado Grandpère Jack.
A sua vida está cheia de esperanlça e promessa ... especialmente quando a sua atracção pelo belo Paul Tate floresce num lindo amor, mas os pais de Paul proibem-no de se associar com um dos Landry e a  Grandmère incitiva-a a seguir o seu sonho de se tornar pintora, antevendo um futuro onde Ruby estará rodeada pelos ricos na deslumbrante cidade de New Orleans! Ainda assim, Ruby não faz ideia como o seu futuro é incerto ...

Opinião:
Nunca vos aconteceu ... lerem um livro que acham fantástico, e, passado alguns anos voltarem a lê-lo e não conseguirem entender porque gostaram tanto dele?
Pois foi isso mesmo que me aconteceu com o livro "Ruby" de Virginia C. Andrews (V.C. Andrews).
Eu lembrava-me de o ter adorado, mas já quase me tinha esquecido da história. Só me recordava que falava de Ruby e que ela descobria que tinha uma irmã gémea e um pai rico. Depois também me recordava que ela ficava com o namorado da irmã e que pintava o retrato dele nu (do que eu me lembrava, hem?). Para além disto, tudo era muito vago e difuso.
Tendo a colecção quase completa desta saga, decidi reler o 1º livro: "Ruby", novamente, para depois poder ler os restantes.
Depois das primeiras páginas, e, embora o estilo de escrita fosse cativante (posso dizer que este foi um dos livros que mais influenciou a minha escrita), entendi que não iria adorar a leitura como fizera outrora. Os meus padrões de exigência parecem ter escalado ou então eu simplesmente já não tenho os mesmos gostos de antigamente.

Ruby, conta a história de uma rapariga com o mesmo nome, que nasceu e cresceu no Bayo. Ela vive com a avó, tem um avô que é um bêbado e um namorado chamado Paul Tate.
Ruby é pintora e não tarda muito a ser "pescada" por o dono de uma galeria de arte em Nova Orleães que compra alguns dos seus quadros para lá expor, o que faz a sua avó muito feliz, embora Ruby não perceba porque a sua avó insiste tanto no assunto de Nova Orleães.
Quando o seu relacionamento começa a ficar mais sério, Ruby ouve, pela voz da sua avó, a verdade sobre Paul. Que ele é um filho bastardo de Tate, sendo assim meio-irmão de Ruby.
Devastada, Ruby é obrigada a romper tudo com Paul, sem lhe contar a verdade, com medo que ele passe a odiar o pai.
No entanto, estas não são as únicas duras verdade do passado da mãe de Ruby, Gabrielle, que havia morrido ao dar à luz Ruby.
Mais tarde a sua avó confessa-lhe também que Ruby tem uma irmã gémea, que foi vendida, pelo seu avô, à família Dumas de Nova Orleães, e que estes não sabem da existência de Ruby.
Depois da morte da sua avó, Ruby inicia uma vida conjunta com o seu bêbedo avô, que não só destrói a casa, como planeia, a troco de dinheiro, entregar a virgindade de Ruby e casá-la com um outro bêbedo, amigo deste.
Revoltada com o comportamento do seu avô, que já tinha vendido Paul e Giselle (a irmã gémea de Ruby), Ruby decide manter a promessa que havia feito à avó e parte para Nova Orleães, à procura do pai e da irmã.

Tudo um pouco cliché em termos de história, no entanto não nego que seja um livro bem escrito. Mas, o que mais me irrita é que não consigo interligar-me com Ruby. Ela que é demasiado condescende, e até estúpida, deixando que todos abusem dela até ao extremo. para além disto, é uma rapariga um pouco promíscua. Não só foi muito longe com Paul Tate, mesmo depois de saber que ele era seu irmão, como se entregou demasiado depressa a Beau, o namorado da irmã. Eu sei que ela está nessa idade, mas bem... há limites. Depois é parva o suficiente para ir na conversa dos outros, mesmo depois de ter levado centenas de chapadas na cara. A irmã, que passa a vida a fazer-lhe a vida um inferno, a madrasta que só pensa nas aparências, o avô, etc.
A história tem o seu interesse e vou ler os restantes livros (quanto mais não seja porque os tenho), mas sinto que Ruby não tem suficiente personalidade. Ela parece amadurecer no final do livro, a ver vamos se nas sequelas deixa de ser tão ... insossa.

Tradução de Inês Curado Ribeiro


Primeiramente publicado no Insignificancias Significativas (2007/07/25).

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